Olhar de um coração

Ninho de amor

O meu amor
vejo em ti,
reflexo do amar.
‪Desejo tenho de um canto nosso,
‪canto de amor e entrega
‪partilha do desabrochar em descoberta,
experienciar o sublime.

Dez anos em dois meses,
louca seria eu de te querer tão depressa?
Alucinada por querer viver cada momento contigo?
Coração a sofrer quando aqui não estás?
Saudade que não se pode medir,
VIVO O MAIS QUE AMOR.
Vivo o eu,
vivo o você.

Quem foi eu antes de você?
Estranha deve ter sido minha vida
quando perto não estavas.
Estampando um sorriso desorientado
ao andar pelas ruas,
solidão no lugar de paixão,
ilusão camuflada de amor.
Estranha deve ter sido eu, sem você.
Embalada em um emaranhado de pessoas,
música, suor, luxúria.
Corpos frios noite adentro,
estranho beijo, estranho gostar,
ilusório amar aquecido por um cobertor de carência.
Estranha deve ter sido minha vida
quando perto não estavas.
Quem foi eu antes de você?

Agora tenho um coração
que não se faz mais meu,
domínio do mesmo já não mais tenho.
Como poderia eu,
lida com um coração faltante?
Ministrar algo que agora é teu
e que quando vais
me deixa o peito vazio?
Montanha-russa de emoções
entre o estar perto e o não estar,
despedida que afugenta sorriso.
O meu amor se faz ti.

Dez anos em dois meses,
amor antigo espremido do acanhar do teu sorriso.
Meu eu espelhado em ti,
vida vivida e revivida.
Encontrando o significado de paixão
na curva do teu sorriso,
a devoção do amor
no beijar das tuas mãos.

Pela manhã te vejo,
bochechas rosadas a me apaixonar,
ronronadas a embalar meu suspirar.
Vejo em ti,
o amor meu.
Dedos entre teus cabelos
em um acariciar lento,
aloe vera em dominância dos meus sentidos,
fios que se mostram sob os feixes de luz
que passam pelas frestas da cortina.
Exaltação do meu amor em outro alguém,
adoração dos raios de sol
no cintilar do verde mais puro.
Verde como o Monte Pilatus na Suíça.

Meu amor,
sua casa agora sou eu
e a minha, você.
Consolidando o amor,
fazendo planos,
colocando tijolo por tijolo
no nosso ninho de amor,
o reflexo do amar.