A tela brilhava em sua direção enquanto os olhos liam atentos cada requisito descrito no site. Tentou – inutilmente – não deixar que o coração saísse pela boca e que as mãos parassem de soar. Sabia que teria apoio da mãe com qualquer coisa que escolhesse, mas ainda assim a pressão parecia enorme naquele momento em que precisava decidir.
O cursor do mouse pronto para clicar na opção de curso escolhida foi interrompido pelo celular que vibrou descontrolado na bancada exibindo o nome de Byun BaekHyun.
••☽ Alguns minutos antes na residência dos Park ☾••
ChanYeol estava refletindo escondido embaixo dos cobertores fazendo com que estivesse protegido com uma cabana improvisada ao seu redor quando BaekHyun entrou em seu quarto – pela porta, sendo recebido pela cunhada – trazendo um grande pacote de salgadinhos.
— ChanYeollie – chamou jogando-se do lado do namorado que continuou escondido – vamos jogar videogame? Quero apostar que ganho de você, ganhar e aí te fazer de escravo por uma semana. Não disse que tipo de escravo.
Esperou ChanYeol perguntar um icônico "como assim, Baekkie?" mas o grandão só continuou dentro do mundinho da cabana de edredons. BaekHyun franziu o cenho antes de puxar o cobertor desfazendo qualquer proteção que ChanYeol achava que teria dentro dela. Mas o rosto do dono do quarto estava vermelho como um pimentão.
— Tá tudo bem, Channie?
— Sim, sim – respondeu puxando o lençol novamente para cima, escondendo até metade do rosto.
O garoto evitava o olhar no rosto de BaekHyun, que a essa altura já tinha deixado o salgadinho de lado para tentar entender o que estava acontecendo ali. Nunca que havia chegado no quarto do Park com comida e o chamando pra jogar videogame e era recebido dessa forma.
— Você ainda tá com vergonha dos mangás? Já disse que pode ler, é normal.
— N-não, Baekkie. – respondeu olhando para o chão, as bochechas já pegando fogo.
— Então o que foi que aconteceu?
ChanYeol só fechou os olhos, os apertando o máximo que conseguia e balançou a cabeça para tentar tirar alguns pensamentos bem específicos da mente, tentativa em vão, é claro. BaekHyun pareceu não entender aquilo, engatinhou até ChanYeol sentando em seu colo.
— Chan, é sério, pode me dizer o que aconteceu. – pediu depositando beijinhos no rosto do mais alto.
— Baekkie! – exclamou, e como se fosse possível ficar mais vermelho, ChanYeol conseguiu – Sai daqui.
— O quê? Como assim? – BaekHyun até parou de beijar as bochechas de ChanYeol arqueando a sobrancelha – ChanYeol, você não é assim, o que tá acontecendo, bebê?
— Nada, Baekkie, mesmo.
— Tem certeza? – perguntou vendo ChanYeol assentir de um jeito bem mentiroso. BaekHyun maneou a cabeça antes de depositar um selar nos lábios rosados do namorado. O selinho mal tinha evoluído para algo mais intenso quando ChanYeol cortou o beijo. Suspirou – Sério, o que tá acon...
Foi então que BaekHyun sentiu algo que imaginou que nunca teria a oportunidade de sentir, algo que estava na sua cabeça antes mesmo de beijar ChanYeol pela primeira vez. Ali, sentado no colo do ChanYeol, o sentiu enrijecer bem embaixo de suas nádegas.
— ChanYeol? Tem alguma coisa a ver com isso? – O garoto abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra foi escutada – Porque se sim, saiba que eu gostei muito.
— Baekkie!
— Tem alguma coisa que quer me contar, Channie? – O tom que BaekHyun usava chegava a ser pecaminoso – Eu acho que temos um assunto muito duro para conversar, não?
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One and Only
Teen FictionKyungSoo e JongIn são melhores amigos desde que se lembram. Mas no último ano escolar do mais velho algumas brincadeiras acabam pondo em jogo essa amizade.