Graduation

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KyungSoo sentou-se perto da porta de vidro do saguão do teatro, esticando-se a ponto de quase encostar a cabeça na superfície transparente. Os olhos atentos e carinhosos buscavam encontrar seu amigo no meio da multidão de terno e vestidos azuis que transitavam na entrada. E deveria ser uma tarefa fácil, devido a altura do garoto que procurava, mas com tanta gente nervosa, pareceu impossível.

Apertou os olhos mais uma vez antes de desistir por completo e abaixar a cabeça. Por alguns segundos sentiu-se o pior amigo do mundo por não ter perguntado onde se encontrariam quando chegassem no teatro e ter esquecido o celular em casa no carregador. Entretanto o sentimento durou apenas até JongIn entrelaçar suas mãos apoiando a cabeça em seu ombro. O baixinho não conseguiu ficar sem sorrir.

— Procurando o ChanYeol? Ele já deve chegar.

— Eu sei, só estou nervoso, eu acho.

— E com razão. – KyungSoo olhou indignado para o namorado, que deveria estar o tranquilizando naquele momento e de maneira nenhuma o deixando mais amedrontado. – Não me entenda mal, hyung, mas é que essas roupas são ridículas.

KyungSoo deu uma boa olhada em seu corpo. Estava de terno preto e camisa social branca. Era uma roupa normal, o que estava tão ridículo assim?

— Sabe, se eu fosse você, tirava toda essa roupa.

KyungSoo riu gostoso da piada infame do moreno e apoiou a cabeça na dele, voltando a olhar a entrada. Todos pareciam muito nervosos e empolgados com o grande dia chegando, e boa parte da turma já entrava no teatro. KyungSoo sentia as mãos ficando cada vez mais molhadas.

Ele não era um cara que fica nervoso tão fácil. Mas sentia o coração sair pela boca a cada tilintar do relógio. Só de pensar que teria que ficar na frente de tanta gente fazendo um discurso as mãos tremiam. Estava um tanto seguro com o que escreveu, mas ainda assim o sentimento de nervosismo não o deixava ficar em paz.

JongIn tirou do bolso um pacote dourado de amendoins, fazendo com que o menor o olhasse levemente surpreso.

— Às vezes eu também posso fornecer os amendoins, sabe. – brincou.

— Aí estão vocês! – KyungHee, sua mãe, sorriu ao encontrar o filho e JongIn sentados juntos ainda no saguão.

— Oi, tia! – JongIn sorriu levantando-se para cumprimentar a senhora, que o abraçou apertado.

— Como você está? Devo te chamar de genro agora? – perguntou cutucando com os dedos a barriga do garoto, que ganhou as bochechas coradas e coçou a nuca rindo sem graça.

— Mãe. – KyungSoo a advertiu segurando a risada da reação do Kim.

— O quê? Ah, Kyung, me poupe. – Estalou a língua. – Onde está o resto da trupe?

— SeHun e LuHan no banheiro, - JongIn respondeu, ganhando um olhar de reprovação de KyungSoo, afinal, muito cedo para expor os amiguinhos. – e ChanYeol e BaekHyun ainda não chegaram.

— Entendi. Eu vim tirar uma foto de vocês dois, mas depois quero uma foto dos seis, ouviram?

Os garotos assentiram. KyungHee pegou a câmera na bolsa e se posicionou numa distância razoável para capturar uma boa fotografia dos mais novos. JongIn passou o braço ao redor do ombro do menor e ambos sorriram em direção a mulher, que também sorriu ao ver um sorriso tão genuíno no rosto do filho.

Após tirar a foto aproximou-se dos meninos e passou a mão pelo rosto do filho.

— Vocês dois sempre deixaram tão óbvio que me assustei com a demora de começarem a namorar. – brincou já ouvindo o filho chamar "Mãe." emburrado. – Vou ao banheiro retocar a maquiagem porque acho que já me emocionei um pouquinho aqui.

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