Asan

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— E foi assim que BaekHyun me contou tudo essa manhã enquanto você enfiava as coisas na mochila e ele pedia carona a um amigo dele. – ChanYeol abriu a boca perplexo enquanto KyungSoo falava – Ele inclusive fez drama dizendo que não sabe se vai sentar direito esses dias, mas disse que te deixou no mesmo estado.

LuHan gargalhou gostoso apoiando a cabeça no ombro de ChanYeol, que a essa altura, tinha as bochechas tingidas de um vermelho vivo e continuava boquiaberto.

— Acho que o Baek não fez um bom trabalho, o ChanYeol tá sentado certinho aqui. – disse para KyungSoo, não parando de rir.

— Ele fez um ótimo trabalho sim, viu?! – gritou o maior dos três. Foi mais alto do que esperava e conseguiu a atenção de boa parte do ônibus, o que só fez os dois amigos rirem ainda mais alto.

ChanYeol escondeu o rosto com as mãos sem graça. KyungSoo riu bagunçando os cabelos de ChanYeol e puxou com certa dificuldade as mãos dele, permitindo-se enxergar novamente as expressões tímidas do maior.

— Tá tudo bem, Chan. O Baek gostou muito.

— E além do mais, a prática leva a perfeição. – disse LuHan – Olha eu e o SeHun. Não, esquece, sempre foi bom. – suspirou. – Mas se serve de consolo, no começo é difícil se acostumar, às vezes as pessoas reclamam.

— O Baek disse que foi perfeito, tá? – ChanYeol fez bico, mas o peito ficou estufado e passou a mão nas costeletas como se estivesse se gabando.

KyungSoo e LuHan apenas riram do amigo e mudaram de assunto. Ali, espremidinhos no banco, eram as três pessoas mais felizes do mundo. Cada um com seu motivo particular, mas com um grande espaço para agradecer àquele momento ímpar onde podiam desfrutar daquela amizade aconchegante. Por isso, 1h e 30 min no ônibus pareceu um tempo muito curto para os três, principalmente porque ChanYeol se aproveitou do bom humor de KyungSoo para pedir que o baixinho colocasse a película do celular novo que havia ganhado dos país no aniversário, e fazer isso num ônibus em movimento não é uma tarefa muito fácil.

Quando chegaram em Asan, o trio foi logo pegando suas mochilas e saindo do ônibus, dando de cara com um resort que – pasmem – também pertencia à família Oh. O lugar era bem bonito e grande, o inverno não parecia o abalar, pelo contrário, deixava tudo mais bonito. KyungSoo teve certeza disso quando caminharam por todo resort ainda com as mochilas nas costas e avistaram o spa, onde a neve cobria toda a borda das piscinas mas tinha um punhado de gente dentro d'água. Mais tarde descobriu que Asan era uma cidade famosa por ter as mais antigas fontes termais do país, e que as pessoas dentro d'água não estavam loucas, pois a temperatura era alta ali dentro.

Depois seguiram para seus quartos e deixaram seus pertences lá. Foram autorizados a descansar antes de partirem para o primeiro passeio e LuHan foi o primeiro a jogar-se na cama.

— Seu discurso tá pronto, Soo? – perguntou o chinês.

— Da formatura? – LuHan assentiu girando o corpo na cama. – Acho que sim, mas talvez eu ainda mude alguma coisa, não estou lá muito seguro.

— Ensaia aqui com a gente – pediu sentando nos próprios calcanhares, empolgado. – Não é, ChanYeol? – Mas o Park não estava prestando atenção na conversa, pois trocava mensagens com o namorado naquele momento. – Bom, ensaia aqui comigo.

KyungSoo riu sentando-se do lado de LuHan.

— Não, quero que vocês ouçam na hora. Senão perde a graça.

LuHan fez bico, mas assentiu.

— Ouvir o que na hora? – ChanYeol perguntou largando o celular.

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