HALLEY POTTER

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( ― ❝I thought at the time that I couldn't be horrified anymore, or wounded

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( ― ❝I thought at the time that I couldn't be horrified anymore, or wounded. I suppose that's a common conceit, that you've already been so damaged that damage itself, in its totality, makes you safe.❞
― LIONEL SHRIVER )

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HALLEY POTTER ERA DANIFICADA. Seus pais foram assassinados ainda quando era bebê ― o que aconteceu exatamente em frente aos seus olhos ―; seu irmão gêmeo não sabia de sua existência ― pelo menos, era o que achava, já que não ouviu nada sobre Harry em todos esses treze anos que viveram separados ―, mas isso poderia ser cortado da sua lista, já que descobriu que todo o mundo bruxo tinha a certeza que Halley morreu naquela fatídica noite em que tudo mudou (o que a obrigou usar outra identidade quando estivesse em público durante todos esses anos); foi criada por sua madrinha na Bulgária junto aos seus filhos biológicos e os outros dois órfãos que acolheu ― os quais se ligaram a Halley por algo mais que apenas sentimentos, mas ela não precisava falar disso agora ―, e recentemente pegou o seu namorado ― bem, agora ex-namorado ― beijando outra garota (o que foi um dos principais pivôs para realmente realizar a sua maior pegadinha em Durmstrang, que resultou em sua expulsão após quatro anos de falsas ameaças).

Entretanto, não era apenas em relação ao seu emocional e vida que Halley era denominada assim. Danificados. Havia histórias sobre eles que há muito foram esquecidas, modificadas e transformadas em mitos por bruxos por nunca terem visto alguém dessa condição em séculos. Bem, até que Halley Potter nasceu com runas antigas em seu braço que se traduziam naquela maldita palavra. Sem contar, claro, nas outras marcas que apareciam por seu corpo conforme os anos passavam na sua curta vida.

Conforme as histórias ― basicamente lendas de tão antigas que eram ―, Danificados eram bruxos que, apesar de terem sua própria magia, tinham apenas o mínimo de poder mágico. Tão limitados que muitos nessa condição tinham medo de perder o que os transformava únicos, então resolveram concertar a situação. Com feitiços e poções tão antigos que são quase impossíveis de traduzir das runas para a língua atual, os antigos conseguiram uma solução que capacitava os Danificados a absorverem magia de pessoas, objetos e lugares que tivessem algum tipo de contato ― o que podia levar a pouca magia que tinham para um nível "normal" e até mesmo para algo completamente destruidor. Por conta dessa habilidade, um vínculo era criado entre o Danificado e o absorvido. Tal vínculo que marcava a pele daqueles que eram absorvidos com runas também. Uma identificação sempre marcaria a vida deles até o dia de suas mortes.

Naquele tempo, conforme os anos, apenas linhagens com histórico tinham Danificados e nada mudara em sua história. Entretanto, como qualquer coisa existente, tudo evoluí. De uma infortuna condição, se tornou uma maldição. Lugares e objetos continuavam alvos de absorção, mas em relação as pessoas com o vínculo tudo mudou. Sendo canalizadas, agora, as pessoas compartilhavam parte de sua magia para normalizar a do Danificado. Porém, caso alguém com o vínculo morresse, toda a sua magia era automaticamente transferida para aquele que portava a maldição e apenas piorava, já que se todos do vínculo morressem ― como foi experimentado em nobres sacrifícios naquela época ―, o Danificado ou perdia todo o seu poder, ou era tão sobrecarregado que simplesmente sucumbia em uma grande combustão devastadora de magia. E foi quando resolveram exterminar os Danificados antes mesmo de criarem um vínculo, o que não deu certo, já que após sua morte ― segundos depois ― aqueles que seriam canalizados recebem as runas que os identificariam e, em um feito dominó, morriam.

halley potter | viktor krum [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora