come together - short story

six

Any Gabrielly P.O.V

  Realmente o lago estava muito cheio, Josh sempre tinha razão e isso me fazia questionar porque eu sempre tendia a questiona-lo. Desço do carro depois dele checando minha aparência pela milésima vez, mesmo que não tivesse problemas sobre minha aparência, queria estar bonita para ele.

Logo Josh foi rodeado pelos amigos mais velhos que ele tinha, normalmente os recém formados também vinham para o lago antes de irem para a faculdade e tomarem vida adulta.

— Galera essa é a Any, minha melhor amiga. -ele sorri me olhando e sinto meu coração acelerar pelas breves palavras.

— Opa Any -um deles diz- Sou John, esses são Henry e Harry, sim são irmãos -ele ri.

— É um prazer conhecê-los -dou um sorriso simpático.

— Vamos encontrar com os outros, converso com vocês mais tarde. -ele bate no ombro do amigo e então segura minha mão, começando a andar comigo.

Chegando na parte onde grande maioria estava reunidos, minhas amigas logo que me veem vem em minha direção, e sou tomada em um abraço por Sina.

— Pensamos que não viria -Sabina diz irritada nos fazendo rir- Ei Josh, Bailey e Noah precisam de ajuda, não quer ir ajudar eles? -Sabina propõe.

Sem dizer nada Josh solta minha mão e vai atrás dos meninos, o acompanho com o olhar até ver ele parando na caminhonete que os dois garotos estavam.

— Bailey pediu para ficar com a Shivani! -Sina fala rápido, ela era péssima com segredos.

— Sina! -Shivani bate no braço dela- Ele não pediu, só perguntou se eu queria entrar na água com ele.

— Sabe que quando um garoto pede para entrar na água é quase um pedido de "enfia sua língua dentro da minha boca por favor" -Sabina ri alto como eu.

— Só relaxa Shiv, vocês dois se gostam e seria um ótimo primeiro beijo -digo sorrindo.

— E você? Vai ser boca virgem  até quando? Poucos meses vamos ser seniors e temos uma fama para manter! -Sina resmunga- O Josh podia fazer as honras né? -ela e Sabina se entreolham rindo, eu abro a boca para mandarem elas pararem mas era tarde demais, antes que pudesse elas saem correndo de mãos dadas em direção a caminhonete.

  Oh céus. Sabia o que aquelas doidas iam fazer, onde eu ia enfiar minha cara? Olho para elas e as vejo conversando com Josh, ele me olha e sorri balançando a cabeça. Aquele sorriso dele me deixava de certa forma constrangida, não era o tipo de sorriso de brincadeira ou de admiração, era algo que me deixava assustada Senhor. Any se acalma, se acalma.

— Minha vida acaba aqui -abraço Shivani escondendo meu rosto e ouço ela rir mas me abraçar.

— O pior que pode ouvir dele é um não -olho para a indiana que sorri mas só reviro os olhos.

A ideia de que Josh finalmente soubesse que eu queria ser beijada por ele era constrangedor. Conversávamos sobre tudo, mas namoros e beijos, não era um tópico comum entre nós, nunca o disse que nunca tinha sido beijada, mas ele provavelmente sabia porque ele sabia de tudo no final.

Quando o loiro vem em minha direção, sinto como se meu coração fosse pular para fora de meu corpo, queria sair correndo dali, mas meus pés estavam paralisados. Minha amiga, não disfarça quando ri e se afasta, me deixando sozinha com meu melhor amigo.

— Você está pálida, está tudo bem? -ele franze as sobrancelhas, levando a palma da mão até minha bochecha, checando a temperatura.

— Estou ótima, pare com isso. -dou um tapinha de leve em sua mão e ele ri.

— As meninas me falaram que você queria entrar no lago, mas eu não trouxe nenhuma roupa hoje, me desculpa. -ele explica, e dava para notar que estava sendo cuidadoso com suas palavras.

Parte de mim se entristeceu, o fato dele não ter vindo com roupa de banho, significava que ele não tinha nenhuma intenção de ficar com alguém ali, oque era bom, mas também significava que eu entrava nessa situação também. Josh não tinha intenções de me beijar naquele dia e sabe lá quando.

— Ei eu tô falando com você! -ele estala os dedos em minha frente, me tirando do transe.

— Eu... eu acho que vou no carro pegar um remédio para dor de cabeça. -minto- Me espera aqui?

Ele olha desconfiado, mas não questiona. Aquela ideia me atingiu com tudo, talvez Josh nunca fosse me beijar, talvez nem ao menos pensasse nessa possibilidade. O fato de ter sentimentos por ele todo o meu ensino médio as vezes chegava a ser sufocante e eu odiava esse sentimento.

Caminho até seu carro, estava aberto porque ele nunca trancava, ninguém pensava em roubar aquela lata velha de carro. Me sento no banco traseiro, tirando alguns minutos para respirar e colocar a mente no lugar, não queria me afetar com isso, mas meus olhos vão até a pilha de papéis no chão, Josh sempre tinha o carro bem limpo, pois podia ser velho mas não sujo. Minha curiosidade é alta, pego os papéis e começo a folhe-a-los, Josh andava estranho nos últimos dias e talvez ali houvesse uma pista do que fosse.

Preferia não ter olhado.

— Carta de aceitação aeronáutica Pearl Harbor. -leio em voz alta, sentindo o meu mundo parar.

Josh ia embora.