Fernanda acaba de ser libertada da prisão por um crime que não se lembra de ter cometido, se puniu e deixou seus amigos e familiares para pagar sua sentença, agora ela volta à sua cidade para reparar os danos que causou.
Ao entrar no carro, Fernanda não parava de pensar nos gostos do filho, o que significava que tinha gostos semelhantes aos seus.
-Rubinho, podemos ir para Puerto del Cielo-
Rubinho não sabia o que responder, por um lado, havia o desejo de Fernanda de ir ver o filho, por outro lado, o de Miguel que se tornara seu grande amigo depois do que aconteceu com Fernanda.
-Que tal pararmos naquele parque por um momento e conversarmos antes de irmos-
-Algo acontece-
-É melhor conversarmos-
Rubinho estacionou o carro ao lado do parque, os dois saíram do carro e Rubinho caminhou rapidamente para um banco, enquanto Fernanda caminhava lentamente atrás dele, os dois sentavam-se e como se fosse o mesmo que Fernanda sempre falava.
-O que está acontecendo Rubinho, quero a verdade, não mais evasivo-
Ele sorriu, essa era a Fernanda que ele lembrava, forte de caráter, não aquela mulher dócil com quem ele estivera o dia inteiro.
-Fernanda, não podemos voltar hoje a Puerto del Cielo-
-Por que não, eu preciso ver meu filho-
-Esse é o problema Fernanda-
-Algo aconteceu com Pedro - ele perguntou algo desesperada
-Não está bem-
-Então qual é o problema-
-Fernanda não há uma boa maneira de dizer isso, mas para Pedro você está morta-
Fernanda se levantou andando em círculos pensando nessas palavras, estava confusa, nem o pai nem o amiga lhe disseram que nas cartas ou nas ligações ela estava morta para o filho, naquele momento sentiu uma pontada aguda na cabeça, a última meses ele sentiu aquela dor mais do que o habitual e com uma notícia como essa não poderia ser menor, Rubinho percebeu que Fernanda estava tocando sua cabeça com força, ele se aproximou dela e um momento depois desapareceu em seus braços.
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... Em Puerto del Cielo ...
Miguel não dormiu a noite toda pensando em como conversar com Pedro, pois o fez acreditar que sua mãe estava morta, foi uma decisão que ele tomou em um momento de raiva, se arrependeu todos os dias, mas agora era tarde demais, ele chegara o momento de assumir as consequências.
Levantou-se e tomou um banho, entrou no armário onde as roupas de Fernanda ainda estavam de um lado, ele olhou para ela e saiu, indo para o quarto de seu filho, bateu à porta e Pedro, que estava pronto para ir à escola, abriu a porta
-Bom dia pai- ele disse dando-lhe um beijo na bochecha
Pedro estava andando pela sala preparando tudo para o Colégio, quando seu pai pediu que ele se sentasse
