2.My heart is on fire, torn and broken, but I will always love you

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A moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a humanidade.

Moral e ética indicam um comportamento propriamente humano que não é natural, não nascemos com nenhum dos dois como se fosse instinto, mas é adquirido ou conquistado com o hábito.

Filósofos como Aristóteles e Thomas Morus afirmavam que a moral tem um papel social, afinal, é o cunjunto de regras que determinam como deve ser o comportamento da pessoa em grupo.

Cada um tem sua ética e moral, e vive de acordo com elas. Mas obviamente existe pontos de nossa vida que vamos além de nossa moral, ou atravessamos a linha da nossa ética, nos sentindo otarios e até mesmo culpados por estar fazendo algo que nunca se imaginou fazendo.

E Lisa estava se sentindo exatamente assim.

Já fazia 1 hora desde que ela havia chegado na biblioteca, e 30 minutos esperando ouvir o doce "boa noite" da garota loira.

E ela estava se sentindo uma idiota, pelo simples fato de nunca ter se imaginado esperando anciosamente a presença de uma garota que nem conhece, principalmente por ser uma garota.

E tecnicamente, ela nem precisava atravessar a cidade só para poder ir na biblioteca, já que tem uma enorme na Universidade em que ela faz faculdade de engenharia. Ou seja ela só vai para aquela biblioteca apenas para poder observar a garota loira das flores azuis.

Mas ela nao estava lá, pelo segundo dia seguido.

No primeiro dia Lisa não ficou tão preocupada, ja no segundo dia ela já estava anciosa e pensando em como a garota deveria estar. Já no terceiro dia Lisa decidiu ir de manhã, para ver se a garota tinha mudado de horário suas visitas a biblioteca, mas novamente a garota não estava lá. No quarto dia Lisa foi de tarde mas a garota não estava.

E a semana se passou, e Lalisa não conseguia se concentrar em nada, e sua mente nao parava um segundo sequer, tentando imaginar aonde a garota estava.

Mas memso assim, ela fazia exatamente tudo que fazia quando a garota loira aparecia; Acordava, comia, ia para as aulas, depois para a cafeteria, e logo em seguida para a biblioteca.

Mas agora ela não ia mais a pé, agora ela ia de ônibus, talvez esperando que podesse encontrar a garota lá. Mas nada, nenhum sinal dela.

— Com...Com licença. — falou mais alto do que de costume. No tempo que passou naquela biblioteca ela sabia como a bibliotecária era surda. — Senhora... —

—Fala logo garota. — a velha rabugenta deixou de lado seu livro, se ajeitando melhor na cadeira em frente ao balcão de madeira. — Veio devolver algum livro? — a voz da mulher era estridente e chata de se ouvir.

Lisa negou com a cabeça, ajeitando seu óculos redondo melhor no rosto.

— Eu só... — puxou o ar de seus pulmões, odiava o fato de ser tímida. — Queria saber se a senhora não viu uma garota loira vir aqui esses dias... Ela é mais ou menos do meu tamanho, sempre vem com uma mochila amarela e sempre te cumprimenta. —

A velha cerrou os olhos, seus óculos feios e fora de moda desceu um pouco pelo seu nariz, ela parecia pensar.

— É loura? — Lisa rapidamente assentiu. — Usa mochila amarela? — a tailandêsa novamente assentiu esperançosa. — Não, não vi. —

A mulher voltou a ler seu livro. Lisa a olhava desacreditada. Como a mulher não notou que a garota que sempre lhe desejava boa noite não estava mais indo a biblioteca?

— A senhora tem certeza?

—  Se não for ler algum livro saia daqui garota. — falou sem ao menos olhar para a jovem.

Lisa bufou, saindo da biblioteca decepcionada.

Por um minuto ela se sentiu perdida, se sentiu sozinha. Se perguntava se aquela linda garota estava bem, ou se simplesmente não teve mais tempo de ir a biblioteca.

Lisa não sabia, e isso a deixava angustiada demais.

Blue flowers | ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora