Pássaros

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Faixa 08: Birds
Imagine Dragons


“Two hearts, one valve
(Dois corações, uma válvula)
Pumpin' the blood, we were the flood
(Bombeando o sangue, nós fomos a inundação)
We were the body and
(Nós éramos o corpo e)
Two lives, one life
(Duas vidas, uma vida)
Stickin' it out, lettin' you down
(Colocando pra fora, te deixando pra baixo)
Makin' it right
(Fazendo o certo)
Seasons, they will change
(Estações, elas vão mudar)
Life will make you grow
(A vida vai fazer você crescer)
Dreams will make you cry, cry, cry
(Os sonhos vão fazer você chorar, chorar, chorar)
Everything is temporary
(Tudo é temporário)
Everything will slide
(Tudo vai passar)
Love will never die, die, die
(O amor nunca morrerá, morrerá, morrerá)
I know that
(Eu sei que)
Birds fly in different directions
(Pássaros voam em direções diferentes)
I hope to see you again
(Eu espero te ver novamente)”
 


Fazia exatamente dois meses, cinco dias, quinze horas e vinte e cinco minutos desde que Adrien havia se declarado para Marinette e deixado bem claro para a mestiça que ela se sentia da mesma forma que ele e que ele iria fazer ela admitir aquilo em voz alta. Ela, a partir daquele momento, se lembraria muito bem de sempre levar as promessas de Adrien a sério. Ela podia não admitir que de certa forma ele deixava ela balançada de um jeito que ela não entendia, e, por esse mesmo motivo, ela não queria se precipitar falando que se tratava de amor, afinal ela nunca havia experimentado esse sentimento antes, pelo menos não no sentido romântico. Mas ela admitia, e até podia falar em voz alta, que tinha atração por Adrien, uma atração que jamais sentiu por outra pessoa e isso melhorava com o fato dele ser um ex-modelo bom de cama.

Faltava um pouco menos de um mês para que Alya e Nino voltassem de viajem e ela tinha mais uns quatro meses para terminar seu livro, tudo parecia ir bem. Afinal, logo não haveria mais nenhum motivo para Adrien estar na sua casa e ela teria paz para terminar o seu livro, sendo que, ela sabia muito bem que o que ela estava escrevendo não fazia sentido, afinal o que ela pretendia fazer com todos aqueles relatos de sua rotina com Adrien? Não era como se do nada tudo isso virasse uma bela história de amor com um final feliz clichê. Mas, mesmo que a sua cabeça insistisse que aquilo era algo sem nexo, seus dedos se mexiam freneticamente em frente à tela do notebook escrevendo todos os seus pensamentos a respeito de sua temporada com Adrien.

Uma das coisas que não podia negar, era que o infeliz era ótimo em tomar atitude e ele ainda fazia o favor de sempre pegar Marinette desprevenida. Sempre quando ela se distraia com algo ele a abraçava por trás e lhe dava algum beijo, semana passada ele havia levado café na cama para ela, mês passado eles foram em uma festa de negócios na editora de Marinette e quando Félix tentou novamente falar com Marinette, Adrien pegou a mão da mestiça e dirigiu em uma propriedade privada abandonada e eles fizeram sexo até sentirem dores por todo corpo. Marinette não entendia os motivos dela não resistir a sedução barata de Adrien, uma parte dela chegava até gostar de todas aquelas atitudes bregas, isso era o que mais a assustava. Ela não tinha medo de muitas coisas, mas uma coisa que fazia ela tremer era a idéia de algum dia se apaixonar por alguém.

Talvez fosse uma idéia idiota. Uma parte dela tinha medo de ficar sofrendo igual a sua mãe, por uma pessoa que não pode mais voltar. Ela sabia também que não podia deixar esse medo controlar a sua vida senão ela ficaria em uma situação ainda pior. Mas não era como se ela pudesse evitar.

Suspirou derrotada ao ouvir o barulho da campainha. Ela não estava com humor para receber visitas, mas se forçou a andar até a porta, o que foi em vão já que Adrien havia se apressado para atender a porta e estava conversando com a visita. Pelo que ela pode ver, do cabelo vermelho tomate cobrindo boa parte dos olhos verdes do ser humano parado na porta, se tratava de Nathaniel. Um ex-colega de escola que uma vez falou que ela era a crush dele e que ela ainda mantinha contato.

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