Contamos?

277 32 71
                                    

POV Jack

Eu estava muito feliz. Me peguei rindo sozinho só de pensar que agora eu teria o Hic só pra mim. Eu finalmente teria ele ali comigo, mas dessa vez não era apenas como amigos

— Já vai sair? — perguntou Norte quando desci as escadas

— Ainda tenho um tempo, as meninas demoram para se arrumar — falei negando com a cabeça — Porque? — ele parecia querer dizer algo

— Podemos conversar rapidinho? — disse ele se sentando no sofá deixando um espaço para eu me sentar ao seu lado

— Claro — acho que fiquei nervoso, mas tentei não demonstrar

— Sei que gosta do Hiccup — soltou ele me deixando mais branco do que já sou, mas tentei contornar a situação

— Claro que gosto. Ele é meu melhor amigo — ele deu um suspiro. Sabia que era esperto de mais para cair nessa

— Olha, você me entendeu bem. Só quero que saiba que não tenho nada contra isso. Se você ama ele e quiser que ele seja seu namorado, então eu apoio vocês dois — ele falou me deixando sem palavras

— Quando percebeu? — perguntei com vergonha. Não acredito que estava tendo aquela conversa com ele

— Quando vocês eram crianças. Era difícil não notar — diz com um sorriso acolhedor

— Obrigado — respondo

— Se quiser me agradecer por alguma coisa, pode ser pela carona que vou te dar — disse rindo enquanto se levantava

No caminho até a tal lanchonete eu fiquei pensando no que o Norte tinha me dito. Eu realmente amo o Hiccup, mas nunca pensei em nós dois namorando. Não sei bem como seria

POV Hiccup

— Pai — chamei ele para me levar até a lanchonete. Eu estava no andar de baixo esperando ele terminar de se trocar, pois iria sair depois que me levasse

— Viu as chaves do carro? — perguntou descendo as escadas apressadamente

— Não tá no porta controle? Você vive colocando lá — falei revirando os olhos parado em frente a porta

— Tá aqui! — disse confirmando o que eu suspeitava — Podemos ir agora

Fomos para o carro e Stoico começou a dirigir em direção a lanchonete e por incrível que pareça ele puxou assunto. Não que seja estranho ou desconfortável, mas costumávamos a só ouvir música

— Então... — ele começou — você e o Jack... — um frio tomou minha barriga. Consegui ver que meu pai não estava confortável pelo modo que agia e não parava de mexer em sua barba ou tentar se distrair com algo na estrada

— O que tem a gente? — não era possível que ele saberia né?!

— É... — meu pai caçava palavras enquanto puxava o colarinho de sua camisa em busca de mais ar — Como andam vocês dois? — acho que ele agradecia por estar dirigindo, pois assim não precisaria tirar o olho da estrada e manter contato visual

✧Amor inocente✧Onde histórias criam vida. Descubra agora