tem um humor bem específico que eu tenho que estar enquanto eu escrevo essa fic e eu não consigo descrever, mas é muito suave e é muito esperançoso e eu acho que é culpa do Scorpius, mas eu realmente amo tudo isso, e eu espero que vocês amem também.
O sol estava queimando no céu, grande e forte. Quando vocês pararam numa loja de conveniência, Albus saiu para ir comprar um café da manhã e você para esticar as suas pernas. A estrada estava tão quente que havia fumaça saindo do asfalto, derretendo a neve em frente à seus olhos, e era como se você pudesse sentir a sola do seu pé queimando através do seu tênis. Vocês eram jovens e era verão e você não conseguia ver o fim da estrada no horizonte – parecia que tudo isso iria continuar por toda a eternidade.
Você piscou, respirando fundo, e Albus tinha voltado, puxando você pelo capuz do seu casaco com uma risada.
"Vem logo," ele disse, e você foi, rindo também, e fechando a porta do carro com força. Você estava do lado do motorista dessa vez, para o deixar dar uma cochilada do lado de trás depois dele ter ficado acordado a noite inteira.
Ele abriu um refrigerante, te dando um gole.
"Para onde você quer ir?" você perguntou, e Albus apoiou o queixo dele no seu assento, pendendo a cabeça para o lado um pouco, um sorrisinho exausto no rosto. O cabelo dele não tinha cachinhos fazia alguns anos já, mas ele estava todo bagunçado e amaçado e suave.
"Só continua dirigindo," ele disse, olhos brilhando, vermelhos de sono. "A gente pode decidir depois."
Enquanto você ligava a picape, Albus pegou um travesseiro que tinha embaixo do assento e se deitou. Você virou a cabeça para sair do estacionamento e, quando olhou para trás, Albus já tinha caído no sono como ele sempre fazia em questão de segundos, a boca um pouco aberta e baba caindo pelo canto de sua bochecha, roncando baixinho.
Ele parecia um anjo.
"A sua música é um lixo," argumentou Albus.
"Ãh, desculpa," você disse, "mas gostos musicais variam de pessoa para pessoa, Al. E além do mais, eu estou dirigindo. Eu escolho a música. Eu não quero as coisas indies estranhas e tristes que você escuta."
"Você ama os meus indies estranhos e tristes," comentou Albus, o que era verdade, porque você amava todas as músicas que Albus te mostrava, porque elas significavam que ele estava pensando em você, e ele queria dividir as coisas que gostava com você. É claro, você não falou isso em voz alta. Albus cutucou seu ombro. "Por favor, Scorp, eu não quero ouvir Katy Perry. Esse é o nosso momento de rebelião. Não tem nada mais sombrio?"
Você, em resposta, aumentou o volume.
Albus continuou reclamando, provavelmente porque reclamar era a resposta de Albus para tudo, mas quando você começou a cantar alto para o fazer calar a boca, ele riu e, não muito depois, ele começou a cantar também, revirando os olhos, mas sorrindo, aquele sorriso que ele nunca ousaria sorrir de volta na casa dele.
Ele uma vez te falou que era muito inseguro para cantar ou dançar perto de outras pessoas – mas não com você.
Albus nunca era inseguro perto de você.
Perto de você, ele apenas se divertia.
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lost boys, SCORBUS ✔️
FanfictionConcluída. O sorriso de Albus é brilhante e selvagem - você são jovens e é verão e parece que aquilo vai durar para sempre. De vez em quando a única coisa que você pode fazer depois de se formar é fugir com o melhor amigo pelo qual você está secreta...