I Choose you, Because you saw me when I was Invisible

Me Amo (Parte 01)

Capítulo 08
Narração: Hyuga Hinata

Sinto meu corpo doer e minha cintura latejar quando tento me mover. Abro meus olhos, mas demoro um tempo para me acostumar com a claridade.

Assim que consigo enxergar totalmente, vejo a Sakura sorrir para mim.

— O que aconteceu? — Ela me ajuda a sentar.

Sakura– Nós concluimos a missão e estamos em Konoha... Você, bem, se feriu e está a trouxemos para o hospital — Ela hesita por um momento — Você se lembra do que aconteceu?

Semicerro os olhos tentando entender do que ela está falando. Minha lembrança vem flashs. Me lembro do momento em que houve a explosão, do Naruto machucado, do tal homem me carregando nas costas e me prendendo em um cômodo selado de uma casa. Me lembro dele tocando o meu corpo, dizendo palavras sujas e...

Sinto minha bochecha molhar com as lágrimas que eu sequer percebi que estavam caindo. O choro vem logo em seguida, coloco a cabeça entre as pernas e deixo todo o sofrimento escapar. A Sakura acaricia minha cabeça, me consolando.

Pelos últimos minutos, tudo que faço é chorar pelo acontecido e me lamentar.

Encaro o lado de fora do hospital e reflito sobre tudo que aconteceu desse tempo para cá. Eu e o Naruto-kun estamos namorando, mas meu coração sabe que ele não quer isso. Eu deveria apenas terminar tudo? Mas eu o amo. Eu sou tão egoísta.

Xx– Sobre o que está pensando? — Ouço sua voz, mas não me viro.

— Sobre... Tudo.

Naruto– Hina, eu sinto muito. Eu deveria ter protegido você — Sua voz amargurada faz meu coração doer.

Me viro para ele e sorrio. O chamo até mim e o abraço. Ele me aperta com força. Eu estou prendendo e preocupando ele, eu deveria simpesmente, deixá-lo ir.

— Naruto-kun... - Ele coloca o dedo sobre minha boca.

Naruto– Não fala nada, você precisa descansar. Eu vou vir te visitar à noite — Ele me dá um beijo na testa e sai.

Logo depois dele sair, o Neji-niisan entra desesperado.

Neji– Eu só cheguei agora, soube o que aconteceu. Hinata-sama, eu sinto muito. Era para eu estar com você.

— Você é a segunda pessoa que fala isso para mim hoje, sabia? A culpa não foi sua, e eu estou bem.

Neji– Tem certeza? — Afirmo — Tudo bem, então eu vou ali matar o Naruto por ter deixado aquele desgraçado fazer isso com você.

— A culpa também não foi do Naruto, Neji-niisan, se existe algum culpado por tudo isso, esse alguém sou eu. Eu não fui forte o suficiente para me proteger dele.

Neji– Não diga isso, Hinata-sama. Aquele desgraçado é o único culpado de tudo isso.

Tento não desabar na frente do niisan, mas falho e choro outra vez.

Xx– Hinata-sama, eu me chamo Siri e vou te oferecer apoio psicológico. A Sakura-sama me falou sobre você.

— Ah... Eu não preciso disso.

Siri– Você passou por um grande trauma recentemente, conversar com alguém pode te ajudar a passar por isso sem sofrer muitos danos emocionais — Sinto minhas orelhas arderem de vergonha.

— Eu... eu não sei por onde começar.

Siri– Que tal me falando um pouco sobre sua vida? — Afirmo.

— Meu nome é Hyuga Hinata, tenho 16 anos, sou uma kunoichi de Konoha. Eu tenho uma irmã mais nova, um pai e um primo que é como um irmão para mim, minha mãe morreu há muito tempo. Eu tenho muitos amigos, o Kiba e o Shino-kun e a Kurenai-sensei. Eu também tenho um namorado, na verdade eu não sei bem em que pé estamos.

Siri– Como assim? Por mais que seus olhos brilhem quando fala dele, sua voz parece frustrada.

— Eu sinto como se estivesse prendendo ele. Quando começamos a namorar, ele me disse que ainda não tinha certeza do que sentia por mim, mas ainda acho que ele não sente nada por mim.

Siri– E o que você pretende fazer sobre isso?

— Eu não sei... Eu amo ele! Mas eu não quero ser egoísta e mantê-lo comigo. Quero que ele seja feliz.

Siri– E você acha que ele vai ser feliz contigo?

— Não. Ele só vai ser feliz com alguém que ele ama de verdade. Eu preciso terminar com ele, não é?

Siri– Essa decisão é somente sua. Hinata-sama, você se abriu bastante agora, acha que consegue me falar sobre o que te trouxe aqui? Eu não quero apressar as coisas, mas precisamos tratar do pior primeiro.

— Tudo bem.