Capítulo 10 - Plano Perfeito

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# Pietro

Ela estava magnífica naquele vestido longo e fino. Parecia saída de uma revista de modelos e eu não parava de me perguntar como alguém tão perfeita foi parar nesse lugar. Eu faria um objetivo de vida: tirá-la desse lugar, nem que para isso eu tivesse que colocá-la em meus ombros e arrastá-la porta a fora.

Caminhei ao seu encontro e posso jurar que vi um sorriso em seus lábios. E que lindos lábios, eu só queria beijá-los, mordê-los, fazer com que fossem apenas meus. Eu não sei o que tem essa mulher, mas ela não sai um único minuto da minha cabeça. Eu preciso parar de pensar nisso, não quero problemas amorosos, foi por isso que aceitei a idéia de encontrar uma prostituta para ser a barriga de aluguel.

_ Está deslumbrante Isabelle. – peguei sua mão e a levei até meus lábios. _ Vamos para seu quarto?

_ Hoje está com pressa de subir? Onde ficou o cavalheiro de noites atrás que queria conversar primeiro? – seu sorriso foi verdadeiro, ela estava flertando comigo.

_ Ele está ansioso por privacidade. Não foi você que disse para pular a parte do blá blá blá?

_ Nisso tem razão, vamos subir, quanto menos suspeitarem melhor para nós dois.

Subimos as escadarias do bordel e como nos dias anteriores podia-se ouvir os gritos de prazer e sons de conversas nas portas dos quartos. O quarto de Isabelle era o único ao qual eu tinha entrado, nunca fui de frenquentar lugares como esse, as mulheres nunca faltaram na minha vida e o fato de fazer sexo por dinheiro me enjoava. Isabelle tranca a porta atrás de nós, se senta na cama e faz sinal para que eu sente na cadeira a sua frente.

_ Como vai ser o nosso acordo? Como vai funcionar tudo, desde a minha saída daqui até a minha saída completa da sua vida. – ela disse isso sustentando um olhar de orgulho. O pouco tempo que havia passado com ela já tinha percebido que aquilo era sua forma de defesa.

_ Não se preocupe quanto a isso, tomei a liberdade de pedir meus advogados que redigissem um contrato, nele você é resguardada de que será protegida e cuidada durante todo o processo da gravidez e do pós parto. Aqui está o contrato, quero que leia, ele não é grande, eu queria algo objetivo e simples para que não perdêssemos tempo. E claro, a parte mais importante é a última cláusula, que você se compromete em, quando terminar o período de amamentação, deixar a minha casa e nunca mais ter contato algum com a criança. – Isabelle pegou o contrato das minhas mãos sei dizer uma única palavra a respeito das coisas que eu disse. Enquanto ela lia o contrato eu fiquei observando o quarto, era um simples mas sofisticado, imagino que para agradar os riquinhos que aqui viam todos os dias.

#Isabelle

Pietro parecia nervoso, acho que tinha medo de que depois de ler o contrato eu desistisse. Mas eu estava decidida a agarrar essa oportunidade com unhas e dentes. A minha vida nesse lugar já atingia o seu limite, se eu continuar aqui provavelmente meu destino seria a morte, eu precisava de outra opção. Peguei o contrato e comecei a lê-lo com muita atenção. Ele começava dizendo que era de acordo de ambas as partes que o bebê seria apenas do Pietro, que ele teria a guarda legítima e que a geradora, no caso eu, não teria nenhum direito de mãe sobre a criança. Continuei lendo, foi quando cheguei na parte sobre gerar o bebê, além dos vários lembretes sobre os exames prévios que deveriam ser feitos afim de garantir a saúde do bebê, havia uma cláusula dizendo que a concepção deveria ser tentada de forma natural e se houvesse qualquer problema, aí sim a inseminação artificial seria uma opção. Eu parei de ler nesse momento, como assim concepção natural? Ele quer se deitar comigo, é isso?

_ Espere um pouco, porque a inseminação não será a primeira forma de concepção? Achei que isso aqui era um negócio. – Um sorriso maroto cruza os lábios de Pietro.

IsabelleOnde histórias criam vida. Descubra agora