Capítulo 2

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"I swear to God, everyday
He won't take you away
'Cause without you, babe
I lose my way"

"Eu juro por Deus, todos os dias
Ele não te levará para longe
Porque sem você, querida
Eu perco meu caminho"

(Falling like the stars - James Arthur)

Meredith PoV

Eu subi para o quarto sem saber o que fazer. Minha cabeça doía muito e ficar na presença do Andrew, daquele jeito na sala, era algo torturante. Eu precisava saber o que estava acontecendo, por que fui mandada de volta ao passado e por que não acordei no quarto de um hospital, por exemplo. Eu não aceitava que minha vida tivesse regredido; tinha sido tão difícil chegar até ali, transpor tantas barreiras e aceitar que eu estava pronta para ser feliz novamente...eu não queria voltar à estaca zero, passar por tantos desafios de novo, não mesmo. Logo agora que Andrew estava ficando bom e que estávamos voltando a ser um casal novamente, eu não poderia simplesmente voltar ao início, a vida não seria tão cruel a esse ponto. Ou seria?

De repente, lembrei de algo: Alex. Se voltar no tempo me trouxe algo bom, esse "algo" era Alex. Eu o tinha de volta, poderia contar com ele em qualquer situação, eu sabia disso. Meu coração se aqueceu. Peguei meu celular e liguei.

- Alex? Onde você está?

- No hospital, Mer. Que foi? Bailey disse que você não vem hoje. Eu já ia te ligar.

- Preciso que você venha aqui. Por favor e rápido.

- Tô indo.

Não dava para adiantar nada pelo telefone. Eu precisava relatar tudo olhando para a cara do Alex.

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O Alex chegou em dez minutos. Quando desci para abrir a porta, eu não vi o Andrew, mas não me preocupei. Peguei Alex pela mão e levei-o ao meu quarto. Eu precisava conversar com alguém senão eu iria explodir.

- Mer, o que houve? Você me preocupou agora! O que aconteceu?

- Senta aí, é melhor.

- Você matou alguém? Alguém morreu?

- Não! Claro que não, Alex! Mas eu vou morrer se você não me ajudar.

E então ele se sentou e escutou atentamente tudo o que eu contei.

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Eu não sei onde eu estava com a cabeça de chamar o Alex aqui. Já fazia alguns minutos que ele tinha tido um ataque de riso com a minha história e rolava na minha cama com a mão na barriga. Eu só fiquei olhando para ele, coloquei as mãos no meu rosto e tentava entender em que ponto da minha vida eu achei que pedir ajuda para ele naquele momento poderia ser uma boa ideia.

- Já acabou? - eu perguntei brava, revirando os olhos.

- Mer, meu Deus - ele disse com a mão na barriga e ainda rindo muito - eu quero um pouco dessa erva que você está usando.

- Isso não tem graça, Alex! - eu disse atirando uma almofada nele.

Ele viu que eu estava realmente irritada. Foi diminuindo a risada gradualmente.

- Tá, parei - disse ele respirando fundo e cortando o riso - OK. 

Ele então olhou para mim pensativo.

- Eu não sei nem por onde começar...eu até agora não consigo acreditar que isso seja possível, Mer. Isso nem é científico!

- Nem eu, Alex, nem eu! Droga, eu sei que é absurdo, talvez eu esteja presa dentro de um filme de mal gosto, só pode!

Caindo como as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora