Capítulo 6

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"I swear to God, everyday
He won't take you away
'Cause without you, babe
I lose my way"

(Eu juro por Deus, todos os dias
Ele não te levará para longe
Porque sem você, querida
Eu perco meu caminho)

(Falling like the stars - James Arthur)

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Meredith PoV

Aquele dia já tinha dado tudo o que tinha que dar. Eu precisava organizar meus pensamentos e emoções e saber como eu faria para me aproximar do Andrew e termos uma boa conversa para esclarecer as coisas. Cece afirmava veementemente, mesmo sem conhecê-lo, que ele sentia algo por mim e confesso que eu também senti o olhar dele sobre mim, por várias vezes, um olhar que demonstrava muito mais que mera admiração. Mas eu tinha medo de estar confundindo as coisas e de estar vendo sinais onde não havia. Pelo menos ainda.

Porém, eu havia tomado uma decisão. Eu sabia que, por eu ter me aproximado dele antes da hora, eu já tinha alterado algumas coisas do nosso passado. Essa foi uma dura lição que aprendi. Então, muitas coisas seriam alteradas e, a partir de agora, eu poderia me surpreender com o que estivesse por vir. Decidi que, já que as coisas não seriam mais as mesmas, eu tinha obrigação de torná-las melhor e eu não iria deixar o Andrew escapar. Dessa vez, eu abriria mais meus sentimentos, abaixaria minha guarda e me deixaria levar, pois eu o conheço já, sei o homem que ele é, e eu não ia perder meu tempo com dúvidas e arriscar a perdê-lo. Só que eu precisava ter certeza do que ele sentia, do que estava acontecendo com ele. Eu não poderia simplesmente avançar o sinal baseado no Andrew DeLuca que eu conhecia do meu futuro/passado. 

Peguei o elevador rumo ao estacionamento. Uma boa noite de sono me faria bem e eu precisava pensar. Precisava analisar meus próximos passos para que eu pudesse garantir o máximo de sucesso na minha missão.

Foi quando que, para a minha surpresa, a porta se abriu em um dos andares e ele entrou. Andrew estava com uma cara de cansaço, mas ainda assim incrivelmente belo. Vestido com uma jaqueta de couro preta que sempre lhe caiu muito bem. Ele olhou para mim, dentro do elevador, e eu percebi sua hesitação momentânea.

- Oi...

- Oi...Andrew - eu respondi.

Por um momento eu achei que tinha desaprendido a respirar. Ele me olhava de um jeito intenso, quase sufocante.

- Você vai descer? Para o estacionamento? - eu perguntei reunindo forças.

- Ahn...sim..sim, eu vou.

E ele entrou.

Eu não conseguia me afastar dele e de olhar para ele. Era como se eu precisasse olhá-lo para gravar para sempre a imagem dele na minha memória. Olhei suas costas, seus braços, aquele porte tão bem definido...Deus, como eu sentia falta de senti-lo me abraçar, de ter aqueles olhos olhando os meus tão de perto. Eu o encarava tão intensamente que eu percebi ele se mover, meio desconfortável.

- Então... - ele disse raspando a garganta e me tirando do meu transe contemplativo - aquela sua paciente...Cece...ela está bem?

- Sim, dentro do possível. Ela precisa fazer alguns exames, tem um problema meio sério no coração. 

- Que pena. Ela parece ser uma boa pessoa.

- E é.

Eu olhei para ele. Andrew parecia meio nervoso, sem saber ao certo o que falar. Olhava para cima a todo momento e evitava me encarar.

- Ela parece ser bem sábia, né? - ele soltou, de repente.

Eu sorri.

- Ela é. Ela também é casamenteira. 

Caindo como as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora