Especial: happy bday

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20 / 04 / 2020

Cansado do dia que acabara de ter, Katsuki voltou ao seu quarto nos dormitórios da UA.

Havia tomado um banho rápido no vestiário após a breve aula de combate que tiveram. Pegou seu celular, afim de visualizar algumas mensagens.

Dentre alguns "feliz aniversário" sem graça, as mensagens de Deku e Mitsuki eram as mais destacadas, com emojis e figurinhas. Katsuki revirou os olhos, respondeu-os da maneira ríspida costumeira.

Não encontrou mensagens de quem mais queria, irritado, suspirou:

— Cabelo de merda inútil. — um leve incômodo percorreu seu peito.

Antes que começasse a lamentar, ouviu batidas na porta, não levantou para abrir, mas viu uma carta ser passada por baixo da mesma ao tempo que a sombra de quem batera afastava-se.

Curioso, levantou e andou até pegar a carta, seu conteúdo era curto, porém cheio dos sentimentos mais puros de um certo ruivo:

"Não sabia o que escrever, desculpe. Feliz aniversário, bro, 'tamo junto pra sempre, só para eu sofrer pensando em que presente o dar nos próximos. Espero que goste dos desse ano. Tenho certeza de que esses você ainda não tem."

O loiro explosivo sorriu de lado, abrindo a porta, dando de cara com uma cesta, pegou e voltou para a cama.

Dentro havia uma caixa contendo seus doces preferidos, a maioria não tão doce assim, sabores cítricos eram seus preferidos, além de alguns confetes e duas pelúcias com tamanho médio de heróis, um de Red Riot e outro dele próprio, Ground Zero, de mãos dadas. Katsuki quis chorar, mas não seria nada másculo, pensou em Eijiro e sorriu:

— Aquele bastardo, — abraçou as películas — deveria ter esperado só um pouco.

Bakugou nunca admitiria à Kirishima o quanto havia gostado do presente. Por mais simples que fosse, quem queria enganar? Qualquer coisa que viesse do ruivo aqueceria seu coração, estaria satisfeito apenas em vê-lo distraído em algum jogo, ou simplesmente aquele maldito sorriso perfeito.

Lembrou-se do toque da mão de Kirishima na sua no dia em que foi resgatado por ele e Deku da Liga dos Vilões, tocou os próprios lábios com os dedos. Não se importava com o que viesse de Eijiro, para ele, tudo sempre seria perfeito.

Caralho, estava fodidamente apaixonado.

Meus dias ao seu ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora