Meus dias ao seu lado

go out with me

Sem nenhuma cerimônia, Katsuki entrou no quarto de Eijiro como um furacão que surge do nada, assustando o mais novo que deu um pequeno salto na cama, quase derrubando alguns livros que lia.

— Ei, ruivo tingido. — o esquentadinho estava totalmente corado, com os braços rentes ao corpo e os pulmões cheios de ar — Saia comigo.

Ordenou, ríspido e Kirishima começou a rir de sua postura nada convencional - nada Bakugou.

— Claro, bro. Quer ir ao fliperama ou assistir alguma competição? — inclinou a cabeça — Não me diga que quer treinar mais.

— Não, tapado! — fez careta — Quero dizer em... Eu quero... Aquela coisa... — as palavras recusavam-se a estar numa frase que expressasse o desejo de Katsuki.

— Tá me deixando curioso, Blasty, apenas fale de uma vez! — jogou os braços acima da cabeça.

— Argh! — Katsuki se aproximou de Eijiro, o olhou, querendo que o outro fosse um pouco menos lento, reunindo toda calma para não explodi-lo — Estou dizendo que quero que saia comigo!

— E eu estou te perguntando se você quer treinar, assistir ou jogar. — cruzou os braços.

— Vou acabar matando você aqui e agora, praga maldita! — mesmo que morrendo de vergonha, as palavras duras escapavam dele, como de costume — Eu. Você. Saindo.

— Eu já entendi essa parte e quero saber o que você quer saindo comigo? — arqueou uma sobrancelha.

— Eu quero te levar pra sair, porra! — exaltou-se.

— Mas a gente normalmente já faz isso. Não entendo essa sua reação, só quero saber aonde vamos.

"Como Kirishima podia ser tão lerdo para algumas coisas?" pensou o loiro, lançando um olhar afiado para o menor que sentiu todos os pêlos de seu corpo eriçando.

Num rápido movimento, Katsuki segurou as bochechas de Eijiro, aproximando seu rosto do dele e selando seus lábios, um tanto bruto, do jeito que o ruivo adorava.

— Quero um encontro — boquiaberto, Kirishima suspirou — Quero a porra de um encontro com você, Eijiro. Como seu namorado.

— Mas nós não... — calou-se quando Bakugou o soltou devagar — Você não quer mais manter só entre a gente?

Balançou a cabeça, negando. Já não aguentava mais ouvir os comentários de como Eijiro estava cada dia mais bonito: — Como se eu fosse deixar que se aproximassem.

Ainda tinha Mina que aparecia com uma pretendente nova para o amigo todos os dias: — Quem aquela alien rosa pensa que é 'pra se envolver na vida amorosa dos outros?

Quando percebeu que estava falando em voz alta coçou a garganta, o rosto ainda vermelho, acompanhando um olhar felino.

— Vamos fazer coisas de casal, quero que todos saibam que você é meu, e que eu sou seu. E vou matar qualquer um que vier com gracinhas. — segurou as mãos de Eijiro, rezando para que seu suor não as explodisse — Eu quero que todos vejam que eu te amo, Baby Shark. Quero as coisas do jeito certo, como já deviam ser desde o começo.

— Então é isso... — o coração de Kirishima saltava no peito, forte e desritmado, queria pular de alegria — Se você tem certeza que está tudo bem...

— É claro que tenho certeza absoluta, tá pensando o quê? Tsc. — roubou dele mais um beijo, dessa vez mais profundo e demorado — Eu tava pensando que podíamos ir naquela sorveteria que você gosta tanto e ta-talvez ao parque.

Repreendeu-se pela breve falha na voz, sentimento que logo passou ao mirar o olhar encantado e bobo de Eijiro, ele brilhava.

— Você é o melhor, Kats. — o abraçou, tendo seus cabelos afagados, sentia que era uma criança novamente, ganhando o melhor presente de todos e ia se gabar dele por aí. Ah, e como ia!

— É claro que sou. — sorriu largo, por fim, vitorioso.