Capítulo 1

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Aquela festa não foi uma das melhores, a Anitta sabia dar uma boa festa mas pelo visto ela não se esforçou. Andei serpenteando pelo meio da pessoas bêbadas tentando ir ate o banheiro quando eu senti algo me puxar.

- Hey , kat onde vai?- O idiota do meu ex-namorado Alan segurou o meu braço com força.

- Me larga Alan!- Eu disse.

- Você ta tão linda, eu adoro os seus olhos me lembram o céu.- Revirei os olhos, esse garoto passou dois meses me enchendo o saco, empurrei ele e sai andando.

Cheguei no banheiro, e olhei o meu reflexo no espelho, eu estava um desastre, meu cabelo loiro que antes estava bem escovado agora estava um ninho de ratos, e a minha maquiagem que antes realçava meu olhos azuis acinzentados estava toda borrada, eu estava com muita dor de cabeça, nem era para eu estar aqui, eu podia estar dormindo agora, mas minha amiga insistiu para eu ficar, tentei dar um jeito no cabelo e retoquei a maquiagem e fui procurar a Anitta. Eu andava pelos corredoras da mansão da família Lima, aquelas luzes piscando que favoreciam minha dor de cabeça, ate encontrar lindos cabelos ruivos balançando no ritmo da música eletrônica que tocava, minha amiga estava dançando encima da mesa caríssima que eu ja tinha decorado o preço de tantas vezes que a sua mãe havia falado "Cuidado com a mesa ela é muito cara, uma raridade", andei ate ela e a puxei pelo braço ate ela descer.

- Katerina, minha linda dança comigo?- Eu e Anitta sempre fomos amigas pelo fato de ela ser minha vizinha, e estudar no mesmo colégio que eu, e ela praticamente morava na minha casa.

- Foi mal, Anitta, meu avô vai me matar e já são duas da manhã, tenho que ir pra casa.- Eu disse na esperança de que ela me esquecesse. Não preciso nem dizer como ela era linda, com os seus cabelos ruivos, pele clara, sardas espalhadas pelo rosto, que ela odiava e olhos verdes.

- Tudo bem gata, a gente se vê hoje a noite?- Ela perguntou se referindo ao jantar hoje a noite na grande mansão do meu avô.

- Claro.- Eu disse, beijei a bochecha dela e fui embora.

Jesus, meu avô ia me matar, não que ele não estivesse acostumado com as minhas escapadas a noite e idas a festas ,posso culpar meus dezessete anos de teimosia pelo fato de todas as broncas que ele me deu, mas eu não posso culpa-lo, tenho certeza que criar uma garota como eu não foi fácil ainda mais sozinho, depois que meus pais morreram, ele passou a cuidar de mim, e sempre me deu tudo o que eu queria, teneladas de brinquedos, roupas, doces etc. Enquanto eu andava pela rua observando as milhares de mansões com condomínio com as luzes deligadas, ate avistar a casa do meu avô, a maior casa que tinha na rua, meu avô era um grande CEO, dono de uma das maiores editoras do Brasil. Andei devagar ate chegar na casa, entrei e subi as escadas na ponta dos pés com medo do meus avô acorda, passei pelo quarto dele, mas é claro que todo o meu esforço para não fazes barulho foi em vão, quando ia pegar na maçaneta meu avô me chama.

- Katerina, minha querida entre- sua voz estava dura mais do que o comum, entrei no quarto devagar e fechei a porta.

- Oi vô, eu realmente não queria perturbar o seu sono, eu estou indo dormir agora.- ele estava sentado na ponta da cama, com o seu olhar mais duro, que me fazia tremer.

- Onde você estava?- perguntou, ele estava irritado, toda vez que ficava irritado a sua voz ficava ligeiramente macia e calma.

- Na casa da Anitta, ela estava dando uma festa e insistiu para que eu fosse, me desculpa.- Continuei parada no lado da porta esperando que isso fosse algum tipo de boa-noite e eu pudesse ir dormi.

- Tem que parar de sair ás escondidas, mas não foi por isso que eu chamei você, o neto de um grande amigo meu que morar em Curitiba esta vindo visitar o Rio, e ele vai passar um mês aqui em casa.- Nossa que bacana agora eu ia ter que ser babá que moleque.

- Olha vô eu realmente não vou tomar conta de pirralho.- falei sem esconder a raiva.

- Ele não é um pirralho, tem dezoito anos, so um mês Katerina, um mês, seja legal por um mês.-

- Tudo bem, com tanto que ele não se meta no meu caminho.- eu disse, doida para terminar aquela conversa.

- Boa-noite querida.- Meu avô disse.

- Boa noite vovô.- sai do quarto, e caminhei a o meu, tomei um banho, vesti o pijama e deitei na cama, quem quer que fosse esse garoto, eu não estava nem um pouco animada para conhecer-lo.

O infame histórico de KaterinaOnde histórias criam vida. Descubra agora