Capítulo 5 - O motorista

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Eu só queria dormi um pouco mais, estava muito cansada, ontem a noite foi muito tensa.

- Acorda flor, você tem que se arrumar.- falou Rosa que estava puxando meu lençol.

- Uhm, eu queria dormir mais um pouco.- disse com a cara no travesseiro.

- Não dá, seu avô inventou de vocês irem para a casa de veraneio em Búzios.- disse ela abrindo as cortinas.

- Ahh droga, o vovô não tem que trabalhar não?!- perguntei me levantando devagar.

- Tem, é por isso que você vai na frente com o Rafael, e o próprio disse que tudo bem ir na frente ja que ele tem carteira de motorista.- disse Rosa animada, mas o que??? Eu e ele dentro de um carro sozinhos? Depois do que aconteceu ontem eu acho que o clima ia ficar tenso demais.

- Ah merda, eu não vou.- disse me levantando e indo pro banheiro.

- Vai sim mocinha, é melhor você ir logo arrumando suas coisas.- disso Rosa.

Fui para o banheiro tomei um banho vesti um short, uma regata branca e meus chinelos, arrumei minha mochila e coloquei meus óculos de sol, era sábado, 8:30 e graças ao meu avô eu ia passar duas horas em um carro sozinha com o Rafael. Desci as escadas ja pronta e avistei Rafael e meu avô conversando e tomando café, assim que ele me viu eu corei e sorri, tive vontade de socar minha cara pelo sorriso idiota que estava estampado nela, o que estava acontecendo comigo?

- Bom dia flor.- disse meu avô.

- Bom dia Kath.- disse Rafael retribuindo meu sorriso carinhoso, sentei na mesa, peguei uma torrada e mordi.

- Eu estava dizendo ao Rafael, que eu so irei para Búsios segunda-feira.-disse meu avô.

- E eu estava dizendo que por mim tudo bem eu ir sozinho com você, tenho muita experiência com crianças.- falou Rafael abrindo um sorriso presunçoso.

- Hahaha muito engraçado.- disse revirando os olhos e abrindo um sorriso logo em seguida.

- Tudo bem vovô, tenho certeza que o "adulto" vai cuidar bem de mim.- disse apontando pro Rafa com a faca na mão, vovô riu.

- Tudo bem então, tenho que ir trabalhar, boa viagem crianças.- disse meu avô se retirando.

Ficamos sozinhos e eu continuo a comer passando manteiga na torrada enquanto ele me encara.

- O que?- pergunto.

- Nada, vamos?- pergunta.

- Ta, claro, vou pegar meu celular e podemos ir.- digo

Pego meu celular e meu carregado, me despeço da Rosa e vamos para o carro, entro no SUV preto do meu avô no lado no motorista e Rafael liga o carro. Dirigimos em silêncio ate a ponte Rio Niterói, quando eu ja estava entediada demais, comecei a trocar as estações de rádios que variavam de ritmos pop do tipo músicas chicletes, à debates políticos então resolvi deixar nas músicas chicletes, e eu cantava com a Taylor Swift.

- "...Shake, Shake,Shake, Shake it off, Shake it off..."- eu cantava pulando no banco, ate o Rafael desligar o rádio rindo.

- Meu deus, você canta muito mal.- O filho da mãe gargalhava.

- Eiii cortou o meu barato.- disse rindo

- Fui obrigado a cortar, a sua voz me da vontade de jogar o carro no mar.- disse ele ainda gargalhando, e mais uma vez com facilidade me perdi naqueles olhos de novo, ele estava lindo sorrindo.

- O que foi?- me perguntou.

- Seu corte.- disse tocando no curativo.

- Ata, melhorou, obrigado.- disse com um sorriso agradecido.

E então... Um silêncio super desconfortável pairou sobre nós, meu telefone começou a tocar.

- Alo.- atendo

- Eai gata, não te vejo desde o jantar, e o tal Rafael, como ele é?!- perguntou Anitta.

- Oi Anitta, não da pra falar agora, eu to indo pra Búzios, quando chegar eu te ligo ok?!- perguntei.

- Claro, não esquece, beijo miga.- disse e desligou.

- Quem era?- perguntou Rafael, assim que joguei meu telefone de volta na bolsa.

- Minha amiga.- disse

- Bom... Ja estamos chegando.- ele falou.

- Ok...-disse

O infame histórico de KaterinaOnde histórias criam vida. Descubra agora