Capítulo 4 - A Festa

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Ele é lindo, muito lindo, mas é claro que é um babaca, depois da pergunta idiota "Katerina, que nome é esse" eu fui pro meu quarto e me tranquei nele, não que me importasse a opinião dele mas eu também sempre achei meu nome ridículo, não podia ser um nome normal? Tipo Ana ou Isabella? Mas não, tinha que ser Katerina. Resolvi não pensar mais nisso, peguei meu livro favorito (uma versão surrada de Game of Thrones) deitei na cama e comecei a ler, meia hora havia passado quando meu telefone tocou.

- Alô.- disse

- Esquece o cinema, meu amigo Marcos vai da uma festa e você vem comigo!- disse Lucas animado.

- Tudo bem- disse.- Que horas vai ser?

- Te pego às 22:00, ok?- peguntou.

- Claro.- respondi.

Fiquei bem mais animada, desci na hora do almoço e o meu avô e o Rafael haviam saído para almoçar juntos, comi em paz no meu quarto e passei a tarde assistindo filmes, assim que deu 20:00 comecei a me arrumar, tomei um banho, fiz escova, minha maquiagem, vesti um vestido branco e um salto preto, quando estava toda pronta desci para esperar o Lucas.

- Haha, essa foi boa Alfonso.- Alfonso? Meu avô odiava quando chamavam ele pelo primeiro nome, ou era Dr. Magalhães ou Sr. Magalhães.

Rafael e o meu avô estavam rindo que nem dois adolescente que acabaram que roubar uísque escondido dos pais, quando Rafael me viu parou de rir, e ficou me encarando como se quisesse me engolir.

- Vai sair querida?- perguntou meu avô.

- Sim, o Lucas vai me pegar.- disse pegando meu celular na minha bolsa, o Lucas tinha acabado de confirmar que tinha chegado.

- Não quero que você vá, não sozinha, ainda mais com aquele seu amigo Lucas.- disse meu avô, revirei meus olhos e o Rafael continuava a mapear meu corpo.

- Eu posso ir, só para garantir a segurança da Kath.- disse Rafael, eu e meu avô olhamos para ele.

- Seria ótimo.- disse meu avô

- Não preciso de babá, obrigado Rafael.- disse abrindo a porta.

- Não é uma opção Katerina, ele vai!- praticamente gritou meu avô.

- Ah que saco, tudo bem vem logo.- disse batendo o pé, Rafael deu um largo sorriso e veio atras de mim.

- Tchau vô- disse.

- Tchau Alfonso.- disse Rafael ao meu avô.

Assim que a porta fechou lancei meu olhar metralhadora para ele, ele sorrio e levantou um sobracelha.

- Qual é o seu problema garoto, me deixa em paz, nem sair sozinha eu posso mais!- lancei essa pra ele.

- Relaxa marrentinha, eu não vou por você, eu so quero me divertir.- disse ele cruzando os braços e me dando aquele sorriso presunçoso que dava vontade de socar a cara dele, andei ate ficar tão perto dele que os nossos narizes quase se tocaram.

- Ótimo, então fica fora do meu caminho.- disse, e seu sorriso presunçoso foi embora, me virei e fui andando ate o carro do Lucas sem olhar para trás. Entrei no carro do Lucas e Rafael entro no banco de trás.

- Eai princesa.- disse Lucas beijando minha bochecha.- Quem é esse cara?.- perguntou.

- Esse cara, é o Rafael, o convidado do meu avô.- respondi revirando os olhos.

- Bom... Prazer cara.- disse Lucas.

- Eai.- disse Rafael, que estava bufando de raiva, sorri em ver isso.

- Bom... Vamos?- perguntei.

- Claro.- disse Lucas.

Percorremos o caminho todo sem dar uma palavra, ao chegarmos saltei do carro assim como Lucas e Rafael, avistamos a casa do Marcos que estava lotada de adolescentes bêbados, entramos na casa e Rafael agarrou o meu braço.

- Fica por perto, ok?!- perguntou.

- Ok, agora me larga e vai "se divertir".- falei, ele revirou os olhos e me largou.

Fui ate a cozinha e peguei um cerveja, quando me virei avistei o Rafael praticamente comendo uma garota contra a parede, dei um gole na cerveja.

- Seu ex-namorado?- perguntou um total estranho, que era lindo alto cabelos castanhos, olhos escuros, lindo.

- Não.- respondi sorrindo, os olhos dele brilharam.

- Prazer, Samuel.- disse abrindo um sorriso arranca-calcinha.

- Katerina.- disse.

- Que nome lindo.- disse chegando mais perto... Bem mais perto, dei uma risada.

- É o que todos dizem.- disse sendo bem irônica, ele chegou mais perto e agarrou minha nuca, MEU DEUS, ele estava tentando enfiar a língua na minha boca eu tentava empurrar ele, mas ele era forte demais, mas por um milagre ele se afastou, não, ele não se afastou, ele foi empurrado e caiu no chão enquanto o Rafael acertava inúmeros socos na cara do desgraçado.

- Ah meu deus!- eu estava com medo do Rafael matar o cara, as pessoas ja tinham formado um circulo ao redor, e o Rafael continuava a bater no cara, corri ate o Rafael e comecei a puxa-lo.

- PARA, RAFA.- gritei, e ele parou, puxei ele ate fora da casa.

- Meu deus Rafael, você ta bem?- perguntei limpando o sangue que escorria do seu supercílio, ele me olhou e passou a mão no meu rosto, paralisei, ele ficou acariciando meu rosto.

- Você esta bem?- Me perguntou com uma voz macia e aveludada.

- Sim.- respondi quase em um susurro.

- Desculpa, eu perdi o controle, quando eu vi aquele filho de uma puta com a língua na sua boca, eu ia matar o cara.- disse ainda acariciando minha bochecha e com a voz extremamente macia, que estava dando arrepio na minha espinha, eu estava completamente perdida naqueles olhos azuis.

- Ei galera, é melhor a gente ir.- falou Lucas quebrando totalmente o clima.

- É, ele tem razão.- disse me afastando, aquilo estava indo longe demais, e a culpa era minha.

- Então vamos.- disse Lucas, mas o Rafael permanecia com os olhos pregados em mim, sai andando atras do Lucas e entrei no carro.

- Eu atrapalhei alguma coisa?- perguntou Lucas.

- Não.- menti, mas nem eu estava entendendo o que estava acontecendo em mim e o filhinho de papai.

Rafael entrou um tempo depois com uma garrafa de cerveja gelada no corte do supercílio, a trajetória foi toda em silêncio Lucas tentava fazer algumas piadas em referência a briga, mas ninguém riu.

Ao chegar em casa, eu desci do carro e o Rafael também, nós nos despedimos do Lucas, entramos e fomos para cozinha, mandei ele sentar em um cadeira da mesa da cozinha e fui pegar a maleta onde tinha curativos e essa coisa.

- Que saco Rafael, o vovô vai me martar- disse ficando de frente pra ele para limpar o corte, ele riu.

- Fica queito.- disse chegando mais perto pra fazer o curativo

- Se não fosse eu, eu nem queria saber o que teria acontecido.- ele disse ficando com cara mais séria quanto mais eu me aproximava.

- Obrigada.- disse em um sussurro assim que terminei e fui correndo pro meu quarto.

O infame histórico de KaterinaOnde histórias criam vida. Descubra agora