A pergunta não é recente na minha cabeça. Talvez eu já tenha escrito algo a respeito. Ou ao menos ensaiei na minha imaginação.
Enfim, o que vem depois do fim?
Talvez a calma ou a dor, quem sabe a alegria ou o amor?
Talvez haja tudo isso junto, e também separado.
O tempo e o acontecimento não caminham lado a lado, e não, não era pra ser engraçado.
O fim de alguma forma nos encerra, uma parte de nós se acaba.
Mas o que resta então?
De forma grosseira tudo.
Você ainda pode reiniciar. Não se perde a vida ao perder uma batalha. É possível tentar quantas vezes quiser.
O fim não é o fim.
Enfim, tudo depende da infinidade singular que encerra esse texto: a intenção de quem escreve e a capacidade de interpretação do leitor. Só depende de nós mesmos, e da força com que escrevemos nossas histórias. Ou talvez não. Quem sabe a ação só alargue as dúvidas no coração, mas aonde estaria a humanidade em nós se não questionássemos?
O fim não é o fim, e eu termino esse texto e esse "livro" nessa tentativa de ir além deste pequeno eu que já fui.
Ir além do que já fomos, é essa a única maneira de seguir. Encontrar depois do fim alguém melhor, antes de mais nada, para nós mesmos.
O fim nunca é o fim.
FIM
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Cacofonia Sentimental
PoesíaCacofonia é um som desagradável, dissonante. Algo que causa aversão num primeiro contato. Foi assim que me senti ao escrevê-los, não senti que me pertenciam. Reuni todos esses que saíram de mim. Não por desejo, mas sim por fuga. Capa: Acervo pesso...
