Emboscada

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Semanas depois a carruagem do Mercador e os cavalos de seus soldados continuavam sua expedição rumo à costa marítima, a qual se encontravam muitos comerciantes e a marinha mercante. O Mercador tinha grande prestigio internacionalmente por ter grande influência entre os Reinos. Havia muita espera sobre sua ilustre presença a poucas semanas de onde se encontrava. Dentro de sua carruagem o Mercante comia bem e tomava um bom vinho, incomodado por Gisela não comer oferece uma bebida para iniciar um dialogo:

Mercador: Bela Gisela, você aceita um vinho?

Gisela: Não estou com sede.

Mercador: Então pegue uma coxa de frango ou uma maçã importada. Eu as comprei de um mercante que as trouxe de um império da Ásia Ocidental. Sabia que lá há muitas frutas coloridas?

Gisela: Também não estou com fome.

Mercador: A comida esta muito boa. Você tem sorte de estar comigo aqui, pois poderá se alimentar bem antes dos negócios que farei nos próximos dias.

Gisela: Para aonde esta nos levando?

Mercador: Estou levando para o Porto.

Gisela: Para o Porto? Mas por quê? Você não iria levar-nos para o Reino de Kalingdor?

Mercador: Há! Há! Há! Há! Acha mesmo que iria levá-las para o Reino de Kalingdor?

Gisela: Mas lá não é seu lar?

Mercante: Sim, mas em no Reino de Kalingdor não seria tão lucrativo como no Porto. Lá é a janela para o mundo.

Gisela: Você é um monstro! Enquanto você esbanja de seu luxo, pessoas inocentes sofrem ou morrem em vão.

***

A expedição seguia a estrada contínua rumo à uma via arbórea pouco iluminada, mesmo em dias ensolarados. Sua grande quantidade de soldados entra em alerta, pois sabiam que havia muitos perigos durante as duas horas de percurso, como animais selvagens ou saqueadores.

Gisela: Que lugar escuro! Já anoiteceu?

Mercador: Não, entramos na Floresta do Sussurro. Aqui é um dos lugares pouco iluminados por causa das suas árvores gigantescas.

Gisela: Agora entendo porque tem tantos homens.

Mercador: Sim, há muitos lugares perigosos por aí, mas ninguém ousaria enfrentar meus soldados bem treinados.

Subitamente surge um barulho vindo do lado de fora. Os soldados entram em alerta com a intensão de proteger seu mestre, os últimos soldados foram atingidos por flechas em seus pontos vitais, os e espalharam a procura dos homens que se camuflavam entre os grandes arbustos da floresta. Outros soldados foram atingidos por mais flechas, e os atentos conseguiram se defender com seus escudos, dificilmente sabiam de onde vinham os ataques, pois atingiam combatentes aleatoriamente em direções distintas. Quinze guerreiros já tinham sido mortos em pouco tempo, parecia que havia um exercito de outro reino. Mais outros homens foram mortos com cortes em sua garganta sem perceber de onde vinha. E os aguerridos continuavam a ver seus companheiros em números cada vez menores, e sem ter visto seus inimigos. A floresta parecia ser possuída por fantasmas invisíveis.

Capitão: Quem são vocês? Apareçam seus covardes!

Três jovens se apresentam, os soldados ficam espantados pela pouquíssima quantidade de homens que matou trinta de seus homens.

Capitão: Enfim se mostraram. Agora que te vimos, não tem como escaparem.

Os três jovens possuidores de armaduras negras são cercados pelos escudos da grande quantidade de soldados que restou. Os jovens cavaleiros sacam suas espadas afiadas e correm em direções opostas, saltam por cima dos escudos e os atacam pelas costas simultaneamente desestruturando a estratégia criada pelo capitão. Suas agilidades eram implacáveis, se defendiam com grande reflexo e acometiam com rapidez, parecia que vinte homens eram pouco contra os incansáveis cavaleiros negros. Dimitri usava duas espadas, uma longa e outra curta para ter mais eficiência em seus contra ataques, e lutava contra homens maiores e mais fortes que ele mesmo, mas nada adiantava contra sua rapidez inigualável. Havoc usava suas habilidades com muita crueldade arrasando escudos e capacetes de seus inimigos com sua espada longa e pesada. Davohen, o mais sensato, dificilmente era atingido por causa de sua inteligência e agilidade, imobilizando diretamente nos pontos vitais de seus adversários e depois os tirava a vida habilmente. E assim todos os soldados foram mortos sobrando apenas o Capitão.

Capitão: Vocês não são humanos, são demônios! Como mataram todos meus homens experientes e bem treinados? – Diz irritado.

Havoc: Errado, nós não somos demônios! Somos humanos e cavaleiros negros. E como matamos todos seus homens? Com muita facilidade! – Sorri.

Capitão: Miserável! Vou matá-los e depois cortar seus membros!

O Capitão ataca-o ferozmente, mas Havoc defende-se com sua espada e o contra ataca cortando-o em sua barriga. O Capitão cai enfraquecido e sem vida.

***

Dentro da Carruagem o Mercador parecia assustado aos olhos de Gisela, pois tremia muito e rangia seus dentes.

Mercador: Mas os que esta acontecendo lá fora? Por que a carruagem parou?

Gisela, calma, observava a apreensividade do homem cruel que se gabava de sua luxuosidade e influência. E estava prestes a ser perder o que conquistou.

Quando o Mercador ousou abrir a porta, um jovem vestido com armadura negra entra pela outra.

Mercador: Quem é você? O que esta fazendo aqui em minha carruagem?

Dimitri: Estou aqui para tirar tudo o que você conquistou. Inclusive a sua vida.

Mercador: Quem você pensa que é para entrar aqui e dizer esta asneira?

Dimitri: Já disse, não falarei de novo.

Mercador: Ora seu...

O Mercador saca um punhal para golpear Dimitri, mas é facilmente desarmado, e é surpreendido com um soco em seu estômago lançando-o contra a parede; assim desembainha sua espada menor encostando sua lamina em seu pescoço. O Mercador tenta negociar:

Mercador: Espera! Não sei quem te pagou para me matar, mas eu pagarei o triplo para poupar minha vida.

Dimitri: Nós não negociamos, apenas agimos.

Friamente Dimitri corta a garganta do Mercador. Gisela testemunhando aquela cena, não sabia se ficava aliviada ou assustada pela frieza do jovem.

Dimitri: Agora você esta livre.

Gisela desse da carruagem e vê todos os cem soldados que foram mortos pelos três espadachins negros.

Dimitri: Pegue os cavalos e siga para o oeste, e vai encontrar seu lar.

Gisela: Quem são vocês?

Dimitri: Nós não somos ninguém.

Gisela distrai-se com um pequeno barulho vindo dos cavalos, e quando retorna seus olhos aos três para agradecer. Misteriosamente haviam desaparecido pelas sombras da Floresta do Sussurro. 

The Dark KnightOnde histórias criam vida. Descubra agora