O Veredito

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Os espectadores se calaram mantendo suas atenções ao veredito final. O Bispo o observara com aprovação e o Rei confiava em sua justiça que representava seu próprio Reino. O Juiz finalmente diz sua sentença:

O Juiz: Devido aos fatos ocorridos nesta corte na presença da Vossa Majestade, o Rei e a Vossa Rainha; e o olhar da Vossa Santidade, o Bispo, representante direto de Deus e as testemunhas populares deste Reino de Equídea. Eu a condeno, sem exceção, a execução pela Fogueira Divina por cometer crimes de bruxaria, e para que sua alma seja purificada de todos os males que causou neste Reinado.

As pessoas se agitam satisfeitas comemorando a sentença da bruxa, e se espremem ainda mais para conseguir o melhor lugar para a vista das chamas ardentes, os que estavam à frente se seguram para não serem jogadas mais adiante. Os dois Chacais preparam-se para acender a fogueira. A jovem se desespera. As pessoas maldosas e ignorantes riem e insultam-na. Um dos executores a puxa com violência e a amarra no pedestal que foi preparado para ela.

- Queimem a bruxa!

A Jovem: Mais uma vez lhe peço perdão! Eu não sou uma bruxa.

Os Chacais dão o sinal de positivo e ateiam fogo nas lenhas abaixo da pilastra que a segurava. A jovem grita por socorro, mas ninguém pensa em ajudá-la. O Bispo sente o contentamento a purificação divina. O Juiz e as Majestades somente observavam os tecidos da jovem que começarem a pegar fogo.

Subitamente uma bomba de pó químico é jogada na fogueira, apagando o fogo, e criando uma grandiosa fumaça. Todos ficam assustados. Um punhal atinge o pescoço do Juiz, não dando a chance de sobrevivência, pois era um ponto vital onde não pararia de sangrar. Enquanto isso alguém lança mais duas lâminas ponte agudas onde a jovem estava amarrada, antes dela cair alguém a pega agilmente e a cobre com uma capa cinzenta para se camuflar dentre as pessoas e a neblina. Os guardas entram em alerta respectivamente, primeiro para proteger Vosso Rei e Vossa Rainha, depois o Bispo e tiveram dificuldades para encontrar o Juiz que estava caído atrás púlpito. E quando o acharam já era tarde. As pessoas correram desesperadas pensando que era um feitiço poderoso da bruxa. E aproveitaram o fluxo das pessoas para saírem do Feudo. O grupo teatral já havia desaparecido, pois o espetáculo terminara antes de começar.

Horas depois a jovem é deixada em um lugar seguro, próximo à ponte que ligava a outro território, e os cavaleiros negros saem sem identificar-se. A mais ou menos 400 metros de distância, uma voz fala de dentro da mente de Dimitri:

- Sou muito grata por terem me salvado, Dimitri.

Dimitri: Uh! Quem esta falando em minha mente? E como sabe meu nome?

-Sou eu, Agnes. Quem vocês salvaram.

Dimitri: Então você era realmente uma bruxa?

Agnes: Só por que tenho alguns dons não significa que sou. Posso fazer remédios com plantas, ler pensamentos e prever o futuro.

Dimitri: Agora siga o seu caminho. Você esta livre.

Agnes: Tive uma previsão de seu futuro. Você não pertence a este grupo, e um dia ira conquistar algo maior e imaginável.

Dimitri: Não fale asneiras! Esta é minha família.

Agnes: Tudo que você pensa ou aprendeu será uma preparação para um destino inevitável. Agora recomeçarei minha vida. Igual a você que terá que fazer um dia.

A voz desaparece, e os cavaleiros negros atravessam a paisagem campestre em seus cavalos velozes rumo à floresta.   

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