❍⃕⃟᎒⃟̀🥀 𝕴𝖒𝖕𝖊𝖗𝖎𝖔 I •

61 25 10
                                    


❍⃕⃟᎒⃟̀🥀

Com certeza já ouviram falar que com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Mas já pararam para pensar o quanto isso pode custar ao seu portador?

Desde o seu nascimento, Yurior emanava poder por todo tecido, célula ou partícula em seu corpo, desde os fios de cabelo até as pontas dos seus pés. Estes, saindo completamente do controle ao sentir seus pais, ambos mortos durante "o dia das trevas", o dia em que o sol se banhou de sangue virando noite, causando uma completa tragédia e um imenso dano ainda presente nos dias atuais de sua era.

Sabendo dos perigos que aquilo poderia ser para todos, a Velha Anciã fez com que Yurior fosse submetido a rigorosos treinamentos; sendo estes previamente estudados e adaptados especialmente para que ele pudesse os liberar ao máximo, preservando seu corpo sem que o mesmo entrasse em colapso e assim uma tragédia maior ocorresse sem a chance de se reverter.

[•••]

Mil e quinhentos anos se passaram e Yurior agora possuía a forma de um belo rapaz.

E com o tempo também vinha ganhando cada vez mais espaço entre os reis, já que os mesmos procuravam socorro em seu nome.

Ao cobrar um antigo favor com um de seus pactuantes, Yurior agora comandava as terras de Gward ao Sul, terras afastadas dos olhares gananciosos já que seu solo era infértil e o clima menos favorável ainda não permitia com que muitos seres sobrevivessem as baixas temperaturas de sua região.

Isso, para os demais seres. Já Yurior contemplava á sua frente um magnifico lugar, mais do que perfeito tendo em vista que já sentia as energias em atrito dentro de si.

[•••]

Não muito longe das terras gélidas de Gward ─ há uns três dias de caminhada nos passos de um humano comum ─ ficava o reino de Fluxhar, em especial Flyan. Uma pequena aldeia com casas simples e uma vasta terra fértil onde haviam moradores pacíficos e humildes, mas com um soberano ganancioso e de coração "podre". Sendo estes os que chamavam a atenção de vários viajantes, já que sua mão de obra e cultivo de vária ervas medicinais davam ao reino grande lucro com os impostos recolhidos semanalmente. Mais precisamente ás sextas-feiras antes do por do sol.

Bem ali, no meio dos aldeões, um ser com vestes brancas e encapuzado, vagava entre eles sem nem ao menos ser notado ali. Até sentir um aroma familiar, o fazendo parar no meio de uma feira a observar uma breve discussão.

─ Senhora, já disse que não posso mais lhe dar créditos nessa banca, os impostos estão altos de mais. ─ Pronunciava um homem calvo de estatura baixa e obesa, que vendia ervas no meio da feira a uma senhora de pele enrugada com os cabelos desgrenhados e meio corcunda que segurava em sua canhota um mói de ervas-daninhas.

─ Mas estou a levar quase toda a banca, poderia dar mais desconto. ─ Insistia com a pechincha sem notar que o ser se aproximava cautelosamente observando toda aquela situação.

─ Senhora, eu... ─ O homem levou a destra até a testa onde se preparava novamente pra negar o pedido da senhora, mas foi interrompido antes mesmo de prosseguir.

─ Não sabia que pedir esmolas era seu novo passa-tempo, Ghalata. ─ Uma voz mansa e aveludada soava perto dos ouvidos da senhora, que logo arregalou os olhos se virando para o ser a quem aquela voz marcante pertencia.

ᴅᴀʀᴋ ʟᴏʀᴅOnde histórias criam vida. Descubra agora