INTERNATO(yaoi) Parte 2

e agora?

Yuki***
Nessa noite eu dormi bem, estava pensando nas coisas que aconteceram ontem, mas deixei pra lá isso.
Fui acordado pelo takiro jogando o travesseiro na minha cara.
- o que foi dessa vez?.- disse eu esfregando os olhos.
- hoje tem aula, você esqueceu?.- disse takiro colocando a blusa.
- é verdade, vou me arrumar, se eu não for hoje, meus pais vão me matar.
- time cuidado então, use o despertador.
Levantei da cama e fui logo me arrumando, takiro estava sentando na cama enquanto eu colocava meus sapatos.
- porque ainda está aqui? Você se arrumou pra ficar aqui?.- disse eu querendo uma explicação.
- estou esperando você, não conheço nada aqui, e você acho que também não faz idéia qual é a nossa sala.
- a minha eu sei, a sua eu já não sei, mas eu vou te ajudar.
- valeu.
Saímos do dormitório e fomos onde estava a moça.
- o que posso ajuda-los?.- disse a moça sorrindo e olhando para nós dois.
- bom...meu amigo não sabe a sala dele, pode por favor ver isso pra mim?
- mas é claro, só um instante.- a moça saiu dali e foi para o computador.
- qual é seu nome?
- takiro.
- hum...deixe me ver... vocês estão na mesma sala, isso é ótimo, você é o aluno novo não é?
- sim.- disse takiro.
- que bom que conheceu o Yuki, ele é fofo, e muito inteligente.
- ok.
- até mais garotos.
Nós despedimos dela e fomos pra sala, takiro se sentiu ao meu lado, bom...nunca pensei que ele estaria do meu lado porque ele é um pouco sério, e seu rosto faz com que eu fique desconfortável.
- que bom que estão todo mundo aqui, no ano passado eram poucas pessoas, na verdade eram os que repetiram.- disse o professor logo que entrou na sala.
- bom dia pessoal, sou professor de vocês, meu nome é Shiroki, tenho trinta e sete anos, e sou professor de química, matemática, inglês e sociologia, mas também dou aula de arte mais ou menos.
O professor é legal, contava algumas coisas estranhas mais eram engraçadas, sua personalidade como professor é bem bonita.
Passou algum tempo, o professor disse que iria voltar, e todos os alunos gritavam de alegria por causa disso, logo no primeiro dia.
Takiro está a guardando suas coisas,assim que terminou, nós íamos sair dali, mas damos de encontro com os amigos do Zen.
- oi, você não é o Yuki?.- disse o loiro.
(Acho que é o tashima).
- v-você é o tashima não é?
- claro que não, sou o tashiro, é difícil guardar todos os nomes, onde estão indo?
- para o intervalo.
- galera, alguém viu o Zen?.- disse o de cabelo azul.
- eu não sei.- dissemos juntos.
- vamos com a gente Kiro, eu compro pra você por minha conta.- disse tashiro olhando para o Kiro meio que sorrindo e levantando a sombrancelha.
- eu vou, mas não toque em mim.
- claro que não vou.
Parece uma briguinha de Namorados, mas não quis dizer nada porque eu nem mesmo conheço eles direito.
Fomos andando até onde estavam muitas pessoas juntas em grupos e etc.
Eu e o takiro ficamos sozinhos, porque ele queria, então tive que o acompanhar.
- sério que você quer ficar aqui?.- disse eu confuso.
- porque?
- as pessoas daqui ficam me encarando, isso não é estranho pra você?
- na verdade não, deixa eles pra lá, não podem fazer nada, eu acho.
- ajudou muito com essa palavra.
- você tem um monte de amigos, pra quê se preocupar?
- eu não tenho Monte de amigos, esses garotos eu nem conheço, só sei o nome deles, meus amigos de verdade são a kira, o Zen e você também, se quiser.
- hum... Já vai bater o sinal.
- posso te perguntar uma coisa?
- sim...se for interessante.
- bom... Você já deu um sorriso uma vez?
- sim, porque?
- é que eu fico com medo quando você faz aquela cara de que quer matar uma pessoa.
- eu vou melhorar nisso, mas também fale para o seu amigo Zen parar de me encarar.- disse takiro olhando para frente, e lá estava Zen, olhando pra ele estranhamente.
- vamos sair daqui então.
Levantamos e fomos andando pelo corredor já que vai acabar o intervalo.
- você tem irmãos?.- disse takiro.
- não, sou filho único, mas queria um irmão, porque meus pais né disseram que eu era sozinho, e ninguém brincava comigo, os que eu fiz amizade quando eu era criança se mudaram assim que eu cresci, mas eu não me lembro deles.
- isso é estranho, eu tenho amigos, mas eles estudam em outro lugar, e não temos tempo para conversar ou sair juntos.
- interessante.
Quando o sinal bateu, nós já estávamos na sala, as pessoas foram chegando e depois o professor.
- cheguei galera, sentiram saudades de mim?
Todas gritaram que sim, eu não disse nada e nem o takiro que estava quase dormindo.
- pois bem, agora é aula de arte, a professora não veio porque está com a perna quebrada em dois anos.- disse o professor revirando os olhos.
- ela está com perna quebrada mesmo?.- disse uma garota dos fundos.
- diz que está, ou porque não quer dar aula mesmo por preguiça, vi ela com o marido no shopping, mas como ela tem dinheiro se nem trabalha!?.
- isso é verdade...faz sentido...que loucura.- disseram todos.
- desculpe não informar antes, Mas tem dois alunos novos, vocês eu já conheço do ano passado, podem vir aqui vocês dois?
eu e o takiro levantamos e fomos na frente da sala onde estava o professor.
- quem começa primeiro?.- disse o professor.
- eu.- disse takiro.- meu nome é takiro, tenho dezesseis anos.- ele com a sua cara de sempre.
Acho isso assusta as pessoas que estavam lá e o professor também.
- agora é a sua vez.- disse o professor.
- b-bem... Meu nome é Yuki... T-tenho dezesseis anos.- falava baixo mais acho que eles ouviram.
- que fofo, nunca tivemos um garoto tímido por aqui, porque antes os alunos eram demônios.
Nos sentamos e o professor começou a falar sobre a arte e tudo.
Tivemos duas aulas com ele depois do intervalo, agora faltam mais duas, uma que seria dele e outra de outro professor.
- bom gente, agora eu temos mais uma aula com vocês de matemática.
Todos gritaram de desânimo que não gostavam de matemática.
- eu vou ajudar vocês galerinha, vamos começar pelo fácil, amanhã continuaremos, sem desânimo nessa sala hein.
Começou indo tudo bem, eu sou bom em matemática, takiro pedia alguma ajuda e eu ajudava, o professor chegou até nós e ficou nós encarando do nada, e a uma coisa que vinha na minha cabeça era o takiro, o garoto já é bravo, agora... imagina o professor encarando ele!?.
- vocês são ótimos em matemática.
- na verdade é ele, só peço ajuda quando eu preciso.- disse takiro olhando para o professor o encarando.
- interessante, vocês são tão diferentes dos colegas que estão nos fundos.
- deve ser porque não somos como eles, temos coisas mais importantes pra fazer.
- calma, tu é bravo demais, controle seu amigo hein Yuki.
- t-tá bom.
A aula de matemática acabou, a última professora era de educação física, ele nós levou até a quadra, mais ela tinha algo para fazer, então ficamos de boa.
Eu e o Yuki ficamos sentados no meio da quadra, e outros ficavam andando por aí, as garotas falando dos meninos bonitos e os meninos só pensando em futebol.
- vocês são alunos novos não é?.- assim que viramos, era uma garota e dois garotos que vieram até nós.
Um tinha olhos verdes e cabelo loiro, o outro tinha olhos castanhos claros e usava óculos, o outro parecia morto, a garota era animada.
- o que querem aqui?.- disse takiro olhando para eles do mesmo jeito que fez para o professor.
- tenha calma, só queríamos conhecer vocês.- disse o de óculos.
- é verdade.- falou o morto levantando um dedo.
- meu nome é Keiko, esse é o Yasu e a Yumi.
Que do se apresentaram, se sentaram ao nossos lado e começaram a falar um monte de coisas, e takiro só ficava olhando para o nada o tempo todo, e eu só dava atenção a eles.
Até que são legais, acho que vou apresentar eles pra Kira, ela vai gostar.- pensei.
Muito tempo se passaram, bateu o sinal para voltarmos ao nossos dormitórios.
Nossos dormitórios não era tão longe deles, cada um morava perto de nós, a garota da direita e os dois garotos no fundo a esquerda.
- porque colocaram eles aqui perto?.- takiro reclamando outra vez.
- qual é o problema, é bom conhecer nossos colegas daqui, você só tem a mim, você sempre reclama de tudo.
- isso é verdade, mas deixa pra lá isso, vou é dormir que estou morrendo de sono.
- ok, acho que eu vou fazer nada.
Sentei na cama e fiquei mexendo no celular, e uma mensagem do Zen me distraiu do desânimo.