complicado

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Yuri***

- MAX!!.- gritei da cozinha.
- pra quê gritar? Está agitado?.- disse Max vindo em direção a mim.
- não é isso, as minhas coisas estão sumindo, e eu quero explicação pra isso.- disse eu cruzando os braços.
- não fui eu, pergunta para o Yuki, ele não sai daquele quarto.
- vou lá agora mesmo.- disse eu andando em direção as escadas.
Quando abri a porta do quarto, lá estava Yuki sentado no chão lendo um livro.
- oi filho.- disse eu entrando andando até ele.
- precisa de alguma coisa mãe?.- disse ele olhando para os lados sem dar uma olhada em mim.
- então foi você né?.- disse eu chegando mais perto.
- desculpa mãe, mas do que você está falando?
- você pegou algumas coisas minhas?
- porque eu pegaria?
- talvez porque quando eu e seu pai vamos sair, você esconde para que a gente procure e nos atrasar pra sair.
- tá bom, eu confesso que foi eu.
- porque?
- eu não quero ficar sozinho em casa, eu não gosto de ficar sozinho em casa, é assustador.
- entendo, da próxima vez você pode ir comigo.
- ufa, teve um dia que o vizinho bateu na porta procurando você.
- pra quê?
- ele queria um pouco de pó de café.
- e você deu pra ele o pó de café?
- sim, mas aí ele perguntou se eu estava sozinho.
- e depois disso? Ele tocou em você? O que ele fez?
- eu disse que sim, mas aí ele falou que eu não podia ficar em casa sozinho porque aqui tem pessoas estranhas, então ele me convidou pra ir pra casa dele, eu conheci a esposa dele.
- ele tem esposa?
- tem, você não sabia mãe?
- não, eu pensei que ele fosse sozinho, e as roupas de mulheres que estavam no varal fosse das mulheres que ele chamava na casa dele.
- não pensa assim mãe, a esposa dele é legal, ele tem uma filha.
- qual é o nome dela?
- acho que é Kira, eu gostei um pouco dela, ele só queria falar sobre atrizes e modelo.
- estranha, mas é bom que você conheceu uma pessoa, geralmente eu te acho sozinho, só lendo um dos seus livros de aventura e ficção.
- verdade, mãe!.
- sim.
- posso te perguntar uma coisa?
- claro que pode filho, qualquer coisa.
- bom, sobre onde eu vou estudar, já que eu estou no segundo ano, vou estudar no internato?
- quem te contou sobre o internato?
- foi a Kira, ela disse que vai estudar lá, e disse que eu deveria também.
- bom...eu e seus pai estávamos pensando sobre isso, mas vamos decidir assim que acabar as férias, tá bom?
- tá bom, lá deve ser legal, você já estudou lá mãe?
- sim, mas eu conheci seu pai antes do internato, nós mandava mensagens um para o outro, seu pai e filho da amiga da minha mãe.
- isso é legal, você tem amigos que estudou no internato e teve filhos?
- sim, tem a Gaby e a Carla, o Ren e o Jimmy, bons e velhos tempos.- disse eu olhando para o teto.
- eles estão velhos mãe?
- não foi o que eu quis dizer filho, que na época da escola nós sempre ficávamos juntos, tem alguns que trabalham comigo, a Gaby e o Ren.
- e o Jimmy e a Carla?
- eles trabalham juntos com seu pai, em seus escritórios.
- e você mãe? Do que você trabalha?
- eu trabalho numa empresa de moda, bom... Não era o que eu queria.
- queria trabalhar de quê mãe?
- queria ser policial.
- sério?
- sim, pra poder prender seu pai.
- o que o papai fez?
- ele está roubando minhas coisas pra levar para o trabalho, e disse que foi a Carla que pediu.
- isso explica porque o seu olhar queria me matar.- assim que eu olhei para trás e era Max com os braços cruzados.
- eu queria mesmo, e você não me devolveu as minhas coisas.
- eu prometo que vou devolver pra você meu amor.- disse ele me abraçando.
- eu espero que sim, ela não tem dinheiro pra comprar as coisas dela?
- não sei, mas eu vou pegar de volta, eu prometo.
- hum...
- será que podem ficar assim em outro lugar?.- disse Yuki fechando os olhos.
- um dia você vai namorar alguém quando for para o internato.
- eu não, o papai disse que eu sou novo pra namorar.
- falei aquilo quando?.- disse Max.
- poxa pai, nem pra me defender da mamãe.
- você pode namorar, só que tem saber se o seu amor por essa pessoa seja feliz, e que a pessoa possa sentir o mesmo por você.
- entendo, onde vocês vão agora?
- pra nenhum lugar, hoje eu quero ficar com o meu filho.- disse eu.
- obrigado mãe.
- de nada, vou descer pra fazer o almoço, depois eu te chamo tá bom?
- tá bom.
Desci as escadas e Max veio comigo.
- amor, você falou pra ele sobre o internato?
- sim, disse a ele que vamos resolver isso assim que ele acabar as férias.
- entendi, tomará que ele fique bem por lá, mudando de assunto...o que vamos comer hoje no almoço?
- eu acho que vou preparar os favoritos.
- do Yuki? De novo?
- não foi isso o que eu quis dizer meu bem, o seu favorito e a do nosso filho, o meu também.
- vai ser uma delícia.
- vai sim.
- não...eu estava falando de outra coisa.- disse Max olhando pra mim de cima a baixo.
- para com isso Max, o nosso filho pode ouvir essas suas palavras pervertidas que você fala.
- ta bom, eu vou parar.
- você não trabalha hoje?
- não, estou de folga hoje com a minha família.
- mas eu vou ter que trabalhar essa tarde depois do almoço.
- sério? Mas e o Yuki? Você disse que ia ficar.
- vocês podem vir comigo.
- não seria uma má ideia, eu acho que vou comprar um terno.
- ótimo, agora para de me atrapalhar que eu quero fazer comida.
- posso ajudar?
- se não for pra ficar me agarrando.
- não foi.
- ok.

INTERNATO(yaoi) Parte 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora