Primeira vez Amor

Capitulo II

Minha quinta foi bem tediosa, como trabalhei pela manhã no lugar do meu amigo, fiquei com a tarde ociosa. Eu não podia sair à noite por que não gosto de sair sozinha e o John estava trabalhando. Sempre gosto de sair com ele por que me divirto muito com ele paquerando os caras, ele sabe paquerar muito mais que eu um dia sequer irei saber. Então fiquei em casa colocando as coisas em ordem, depois li um livro e fui dormir. Não lembro o dia que dormi tão cedo, mas depois da faxina que fiz, fiquei realmente cansada.

Na sexta estava até ansiosa para trabalhar, por mais incrível que pareça.

- Você não vai acreditar no que aconteceu. - diz um John deprimido.

- Meu Deus. Tenho até medo de saber o que aconteceu depois de ver essa sua cara. - falo rindo.

- O que mais temíamos aconteceu. - ele para esperando que eu continue, mas eu não tenho ideia do que é que eu tanto temia que acontecesse, decepcionado ele continua - A Kim conseguiu fisgar um cara lindo, lutador como ela queria.

- O que? Sério? - me surpreendi.

Será que foi o exibido do orfanato? – pensei.

- Sim, ele veio ontem aqui na lanchonete, e apesar dos meus esforços ele acabou chamando-a para sair. Agora nesse exato momento eles devem está curtindo por aí.

- Ah, então por isso ela trocou o turno. Ela deve ter saído com o lutador que vi antes de ontem no orfanato. - falo me recordando do homem de costas largas e corpo definido que tinha visto de longe.

- E você nem me fala que viu aquele deus grego. Ele é lindo ne? Queria eu que ele fosse gay. - fala animado.

- Eu não o vi de frente. Só de longe. Ele estava com as crianças maiores no pátio e eu não fui para perto, achei ridículo ele chamar repórteres para se exibir.

- Ele podia se exibir para mim que eu não me importaria. - começo a rir da tristeza em sua voz.

- Quer saber? Amanhã, eu e você vamos sair para dançar, só assim você se anima um pouco. - o abraço de lado.

- Eu devo está muito triste mesmo, por que você está se oferecendo para ir dançar comigo, e eu sei que isso só ocorre em casos extremos. - disse cabisbaixo.

- Pois é. Eu odeio ver você triste. - o abraço forte.

- Você é minha melhor amiga. Eu te amo. - ele me beija o rosto.

- Oh, John! Eu também te amo, mas realmente você precisa sair, por que a depressão já está em níveis exorbitantes. - ficamos rindo.

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No sábado, levei uma sacola com umas roupas para usar na boate que íamos ao sair do trabalho. Eu estava torcendo para sairmos mais cedo por que não queria virar a noite na boate. Levei mais de uma opção de roupa, por que não tenho um estilo sofisticado para essas saídas e o John sempre me ajuda com a roupa que devo usar.

Kim passou todo o turno falando como o lutador com quem ela saiu era gato e gostoso na cama. Não sei por que eu ainda me surpreendo com a facilidade com que algumas mulheres vão para a cama com os caras. Era a segunda vez que ela o via, a primeira que de fato tinha saído com ele e já transou. E ela estava se achando a gostosona por que tinha certeza que ele ia a procurar novamente.

E eu só pensava que ela mais cedo ou mais tarde aplicaria o golpe da barriga nele, e não pude deixar de sentir pena dele, apesar que ele não merece que eu sinta pena, por que para ele as mulheres não devem passar de objetos que podem ser usados e jogados fora. Mas também a forma da Kim agir não demonstrava está nenhum pouco preocupada com isso e nem que queria ser tratada de forma diferente. Eu sentia pena realmente era do fruto desse golpe, que não tem nada a ver e iria sofrer com uma mãe interesseira e um pai ausente.