Spilled Blood- Finnick Odair● +18

Desfile dos Tributos

Acordo no meio da noite e não consigo mais dormir, me reviro de um lado para o outro da cama macia mais acabo me levantando, tomo um banho morno e me visto com uma jardineira preta de tecido Grosso e blusa branca, nunca havia usado uma jardineira antes, mamãe sempre disse que costumava costurar para as pessoas mais ricas da cidade algumas que já haviam rasgado mais que as pessoas não queriam se desfazer, calço meus sapatos rosa e saio do quarto, não há ninguém nos vagões a não ser alguns passificadores, cumprimento eles que só abaixam cabeça para mim de volta e me sento no sofá verde limão que Kenzzie estava sentada mais cedo, observo as sombras das árvores passando pela janela, é tarde, e fico esperando ansiosamente pela madrugada,onde o sol começa espalhar seus raios preguiçosos pelo céu, é lindo de se ver, particularmente gosto muito da madrugada, acho que pelo fato de acordar muito cedo em casa. Alguém estende uma caneca grande com algo quente e cheiroso a minha frente,não me surpreendo ao ver Finnick vestindo um roupão de seda azul, em pé ao meu lado.

- Problemas para dormir senhorita Griffin?- Assinto pegando da sua mão a caneca- Um chocolate quente pode te ajudar- Ele se senta ao meu lado com uma caneca igual na mão.

- Obrigada- Agradeço tomando um gole do líquido quente, sinto meu corpo relaxar e sorrio para Finnick- É uma delícia.

- É sim, foi a primeira coisa que provei quando entrei no trem, imaginei que fosse gostar- Pela primeira vez percebo que ele não está falando com maldade e sim com toda a gentileza do mundo.

- Eu assisti aos seus jogos- Sua feição muda para tristeza e medo- Me desculpe, eu não quis te chatear.

- Tudo bem, é que - Ele parece recear terminar de falar, deve ser horrível sair daquela arena vivo, depois de tudo.

- Tudo bem, não precisa falar. Imagino o quão horrível deve ser- Finnick parece agradecido.- Eu estou com medo Finnick - As palavras pulam da minha boca tão automáticamente que me assusto, mais não paro- Tanto medo que não consigo raciocinar, não sei o que é pior, sair viva ou morta daquela arena.- Não percebo mais lágrimas árduas escorrem pelos meus olhos.

- Escute, olhe para mim- Desvio meus olhos para o belo resto de Finnick- Uma coisa de cada vez certo? Não sofra com antecedência. É dez vezes mais demorado se recuperar da crise do que entrar nela, relaxa toma seu chocolate quente e... aprecie a vista- As palavras de Finnick associada ao seu tom de voz calmo me trás paz, respiro fundo tomando uma quantidade boa do chocolate quente, coloco a cabeça no ombro de Finnick que parece surpreso pela ação mais mesmo assim não me afasta, pelo contrário, passa o braço esquerdo por trás do meu pescoço e desliza sua mão para cima e para baixo em meu braço, em algum momento sinto Finnick retirar a caneca da minha mão e a colocar em cima da mesa ao nosso lado, e então envolve o outro braço em mim, o cheiro de Finnick é delicioso, um aroma doce que tenho certeza pertencer só a ele, e com o calor de seu corpo adormeço. Abro os olhos levemente, alguém está me colocando na cama, o cheiro marcante denúncia Finnick. Não me mexo apenas sinto os lençóis macios em contato com o meu corpo, meus sapatos são retirados e abro os olhos vendo Finncik indo em direção a porta - Não vai para o seu quarto, fica aqui comigo - Ele para e se vira para mim.- Não quero ficar sozinha Finnick, por favor- O desespero na minha voz é eminente, sem dizer uma palavra ele retira o roupão, está sem camisa e sinto meu coração parar por alguns segundos, ele se deita ao meu lado me puxando para seu peito, nesse momento sinto que o rapaz bonito do Distrito 4 é o meu porto seguro.
Acordamos com o uma voz feminina nos alto falantes anunciando que chegaremos na capital em uma hora, levanto a cabeça para olhar Finnick que sorri docemente para mim.

- Bom dia senhorita Griffin- Sorrio para ele que corresponde.- Dormiu bem?- Assinto, só então reparo que ele não parece ter dormido. Deus será que ele ficou a noite toda acordado para se certificar que eu não iria assassina-lo? Talvez a arena deixe as pessoas na defensiva o resto da vida.