Borboletas talvez?

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Era esta a pessoa que os meus pais queriam que eu viesse a ser ? Talvez eu mereça tudo isto, talvez tudo isto seja devido a pessoa em que me tornei, alguém que se entrega a qualquer um/a que lhe possa proporcionar prazer, alguém que lhe leve a loucura por um noite e que depois simplesmente é deitada fora assim como lixo simplesmente.

Se eu tivesse uma oportunidade de falar com os meus pais.. eu diria o quanto me sinto culpada, eu pediria desculpa por não ser a filha que eles sempre sonharam ter, alguém que chegava a casa com boas notas, alguém que valorizava aquilo que tinha mesmo sendo pouco, alguém que cuidasse e desse valor as pequenas coisas significantes da vida, pediria desculpa por não ser essa pessoa.

A verdade é mesmo essa eu entrego me a qualquer homem é isto que eu quero mas não é disto que eu preciso, e se for mesmo verdade e eu tiver SIDA ? o que é que vai ser de mim ? Eu queria uma segunda oportunidade para tentar recompor as coisas... eu só preciso de um sinal.

As lágrimas surgiram e a folha onde eu estava a escrever, ficou molhado.

Justin: Barbara está tudo bem ?

- sim.. sim está – disse atrapalhada tentando esconder o caderno -

Justin: Isso é um diário ? – perguntou desconfiado aproximando se de mim-

- Han ? um diário ? que coisa tão gay justin menos -revirei os olhos-

Justin: Ai sim ? isso a mim parece me bastante um diário -riu-

Cerrei os olhos e disse :

- e se por acaso tivesse um diário?

Justin: então estás mesmo a admitir que tens um diário?- cerrou os olhos-

- Isso é jogo psicologico. Estou sem paciência! -Ri -

O rapaz aproximou se e de repente inúmeras gargalhadas instalaram se no quarto das cocegas que ele me fizera ,

- Para não aguento mais – disse perante uma gargalhada enorme-

Justin: Queres mais ? então .. – foi interrompido-

A porta do quarto abriu se muito rapidamente mostrando assim a figura da kyle

Kyle: Chegaram ... os exames chegaram –disse num tom aflito-

Um enorme silêncio instalou se no quarto e para ser sincera assim foi durante poucos segundos , fiquei sem reacção por momentos parecia que a minha vida era mesmo aquilo.... uma enorme piada . Senti alguém a tocar na minha mão.

Kyle: Vai correr bem , estamos aqui para ti. Somos dois, mas independentemente da resposta do exame, não te vamos abandonar.

A rapariga passou o exame para as minhas mãos e eu olhei de seguida para ambas as pessoas que estavam naquela sala comigo

Abri a carta e comecei por lêr " A Paciente n°28 do sexo feminino com o nome de Barbara Palvin de (...) " Passei à frente até ler " Esta, encontra-se neste momento apenas com uma gripe comum e sem outro tipo de doenças (...) "

 Eu sinto me bastante sortuda... imensos/as homens/mulheres têm doenças que provavelmente não conseguem obter cura, como a SIDA e eu tive uma segunda oportunidade. Eu não acredito no destino ou nesse tipo de tretas mas ...terá sido este o sinal dos meus pais? 

Não obtive reação nenhuma. Eles estavam a chamar por mim mas eu não me sentia presente.

A kyle pegou no exame enquanto o Justin permanecia aflito e sorriu com umas pequenas lágrimas nos olhos.

Kyle: Ela está livre! - sorriu - ela esta livre! 

Senti um abraço a dobrar, pois encontrava-me a ser agarrada pelo Rapaz e pela Rapariga.

Kyle: Sabes o que significa certo? - olhou par a mim com um ar misterioso -

- O quê?

Kyle: Temos de celebrar! Temos de ir sair e nos divertir, dançar....(foi interrompida )

- Acho que não será boa ideia.. vou ficar por casa... estás livre de ir se quiseres - Sorri-

Kyle: não te vou deixar sozinha.

Justin: Bem obrigado pela parte em que me toca - Coçou a cabeça- 

- Eu fico bem, prometo. 

Ela afirmou com a cabeça e saiu de casa, onde me encontrei sozinha com o Justin.

Justin: Terá isto servido de lição para ti? 

- Não sei... só o tempo dirá. Há coisas que não podem ser vencidas.

Justin: Só se a tua força de vontade não for maior que essas 'coisas' que mencionas .

-Não sabes do que falas . - Afirmei 

Justin: Ouve miúda eu não estou para ter um susto destes novamente. - Agarrou-me no braço e os nossos rostos ficaram a milímetros de distancia-

- Não sou nada para ti, nem sei porque estives-te comigo este tempo todo. - Disse com a respiração acelerada -

Justin:  Não sabes do que falas - Afirmou

Soltei uma gargalhada, porque eu sabia que ele me estava a imitar .

Aquela pequena distância que nos separava, já não existia. Foi quebrada por um beijo suave mas desejado ao mesmo tempo. 

Sentia algo no meu estômago e não, não era fome. 

Era... era como tivesse algo dentro da minha barriga... como se diz? Borboletas talvez?

FOI PEQUENINO DESTA VEZ !!!!!! GOSTARAM? VOTEM BABES E COMENTEM

I LOVE U GUYS SO MUCH

O Diário De Uma NinfomaníacaOnde histórias criam vida. Descubra agora