Deitado no Mármore

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Verteu uma garrafa de água pela testa
Sentiu o cérebro congelar pela epiderme

Debruçado à janela, apreciou o campo desmatado
A mulher chamou-o, ele chamou-a de vaca

O notário fincou o carimbo, a mesa tremeu de dor
Ele olhou pelo estreito da porta, e viu um cão

Lançou as patas ao campo verde e aberto
Até levar uma cornada, em cheio no apêndice

Esfregou-se no chão, para tirar as pulgas
Até alguém pegar nele ao colo, viu o mundo de cima

A taça de comida estava cheia, havia água à farta
Levantou o focinho, e afundou a cabeça no balde

Emoldurar os DefeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora