Umbrella °•°ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ°•°

2-The girl in my umbrella

Pov's Cole

Hoje é terça-feira e fazem exatos 3 dias que eu não consigo dormir, porque como sempre, a minha vida está uma bagunça.
O meu pai está internado desde sábado com um problema no fígado ocasionado por ingerir muito álcool.

Meu pai sempre foi uma pessoa alcoólatra desde que se entende por gente, e eu não o suporto de jeito nenhum, principalmente quando ele está bêbado, pois o mesmo fala muita besteira e me agride apenas com palavras como "Você é um inútil que não presta pra nada" e "Não sei onde eu estava com a cabeça quando engravidei sua mãe" e ainda tem essa (a que mais me machuca) "Era pra eu ter abandonado vocês assim que soube que ela estava grávida, ainda bem que ela morreu".

Ele é um verdadeiro babaca alcoólatra sem noção, e eu sempre sou obrigado a sair de casa quando ele está bêbado.

Minha mãe faleceu a 4 anos atrás, pois ela tinha muitos problemas de saúde e desenvolveu depressão por conta dos maus tratos do meu pai.
Ele agredia ela verbalmente, porém, nunca chegou a bater, e mesmo assim eu cresci traumatizado com tudo aquilo.
Ver minha mãe chorando e não poder fazer nada era de partir o coração.

Vocês devem estar se perguntando por quê eu ainda vivo com meu pai. Porque apesar de tudo o que ele fez, ele continua sendo MEU PAI e eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com ele e eu não tivesse feito nada pra ajudar.

Meu dia estava terrível, além de ter que conviver com o peso de meu pai internado, meu chefe me chamou para uma conversa e disse que a empresa estava prestes a falir, e que ele teria que demitir alguns funcionários e eu seria um deles. Sorte a minha, não?!

Eu estava na rua a caminho de casa quando uma moça invadiu o meu guarda-chuva me assustando e me tirando dos meus desvaneios.

—Desculpa invadir seu guarda-chuva assim, é que eu... –ela disparou —Oh, você está chorando? Desculpa atrapalhar você.

—Não tem problema –Respondi.

—Você precisa de ajuda? –ela perguntou e... MEU DEUS, QUE MENINA INSUPORTÁVEL.

—EU NÃO PRECISO DE AJUDA, TÁ LEGAL?! –Gritei e me arrependi no mesmo segundo ao ver que os olhos dela estavam marejando.

—Me desculpa, não era minha intenção gritar com você. –falei tentando me defender —É que eu não estou em um bom dia.

—Está tudo bem. –ela disse enxugando uma lágrimas que ameaçava cair e deu um sorriso fraco sem mostrar os dentes.

Ela ia saindo do meu lado mas eu a interrompi.

—Ei!! Não precisa sair, pode ficar. –ela apenas assentiu me agradecendo.

Eu estava chorando e estressado a poucos minutos atrás, e agora cá estou eu, rindo feito um idiota com as histórias de uma garota cujo eu nem conhecia.

—Ai ai, aquele dia foi incrível. –ela disse rindo se referindo a história que me contava. —Vou ficar por aqui, obrigada pela carona!

—Você tem certeza? Eu posso te levar até seu apartamento –Por que eu estava oferecendo ajuda pra ela? Tenho mais o que fazer. Mas agora já era tarde.

Ela aceitou a ajuda e no meio do caminho eu a vesti com meu blazer, pois ela tremia de frio e estava toda encharcada.

—Adeus!! Até algum dia, e mais uma vez, obrigada. –disse ela.

—Não precisa agradecer. –Respondi e quando estava me afastando, ela me gritou.

—Ei!!! Eu não perguntei seu nome!!!

—Cole Sprouse!! –Respondi no mesmo tom por causa da distância.

—Prazer, o meu é Lili Reinhart!! –Completou ela acenando pra mim.