Capítulo 8

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Pov's Lili

Me virei para ver o rosto do Sprouse, eu estava sem reação. Ele aparentemente não ia com minha cara e agora estava pedindo que eu ficasse alí, COM ELE. Talvez fosse o efeito da bebida, pois ele tinha uma voz arrastada de bêbado, ou sei lá.

Tudo bem, vou ficar... Vai já para o banho.  Falei ainda incrédula.

Eu não podia olhar pra ele por mais 1 segundo. Aquele garoto me fazia sentir alguma coisa que eu não sei explicar.

Enquanto Cole estava no banho, resolvi fazer uma tour pelo apartamento que não era grande — mas, também não era pequeno — e ver se encontraria algo interessante, ou algo que falasse sobre o Sprouse, ou de quem ele era.

Já que eu estava na sala, aproveitei pra começar por alí.
As paredes do lugar eram pintadas de branco, e tinha um tapete cinza no chão, cujo estava cheio de cacos de vidro. A televisão era suspensa e tinha um pequeno raque alí. O sofá era da mesma cor do tapete e havia também uma mesa de centro de vidro com duas garrafas de cerveja em cima.

Fui para a cozinha apreciando o lugar com as mãos na cintura. Era uma cozinha americana com uma pia, geladeira branca e um fogão de mesa com quatro bocas e um armário médio embutido na parede.

Depois fui andando pela casa em direção ao corredor e me deparei com três portar, uma na minha frente, outra na minha direita e mais uma na minha esquerda. Escutei um barulho de água vindo da porta da frente e presumi que seria o banheiro onde Cole estava.
Resolvi abrir a porta da minha direita e me deparei com um quarto completamente bagunçado, com garrafas de cerveja por todo canto, uma cama de casal e um guarda roupa de 3 portas. A parede seria branca se não fosse pelas marcas e sujeiras.

Saí e fechei a porta, em seguida abri a outra a minha esquerda e me deparei com um cenário totalmente diferente do anterior. Outro quarto, dessa vez limpo e cheirava a perfume —o perfume do Cole— as paredes eram cinzas e havia um tapete azul marinho no chão, uma cômoda com uma foto do Cole e uma mulher que parecia bastante com ele e presumi que fosse sua mãe e uma cama de solteiro. Na cômoda haviam algumas papeladas de currículo, tudo indica que o Cole está desempregado.
Ouvi o barulho de água que vinha do banheiro cessar e saí do quarto do Cole.

Eu fechava a porta com cuidado pra não fazer zuada quando ouvi uma voz atrás de mim.

Fuçando minha vida, Reinhart? –Fiz uma careta ao reconhecer a voz e me virei. O Cole tinha uma toalha enrolada na cintura e os cabelos molhados, SENHOR.

D-desculpa, e-eu já estava saindo. –Falei gaguejando.

Relaxa Reinhart, sem problemas. –Disse ele dando uma risada e percebi que ele ainda estava bêbado, de fato, o efeito do álcool não iria embora assim tão rápido.

Voltei para sala e fiquei sentada no sofá esperando o Cole voltar para que eu pudesse fazer um curativo na sua testa, mas como ele estava demorando muito, eu resolvi ir até seu quarto e me deparei com o Sprouse jogado com uma perna na cama e a outra quase saindo dela. Me aproximei para fazer os curativos e fui pra sala novamente para limpar aquela bagunça que ele tinha feito. Varri, passei pano e organizei as coisas em seus devidos lugares, chequei as horas e já se passavam das 4hrs da manhã. Me deitei e dormi no sofá.

Acordei com a claridade que vinha da janela e peguei meu celular para ver as horas. Eram 9hrs da manhã, levantei, tirei meu moletom ficando com a blusa preta de alça que estava por baixo e fui preparar o café da manhã.
Resolvi fazer panquecas de banana já que haviam todos os ingredientes necessários: ovos, leite, farinha de trigo, óleo e é claro, banana. Preparei também uma jarra de suco de maracujá e fiz café. A única dificuldade que eu tive, foi para encontrar uma frigideira.

Pov's Cole

Acordei sentindo um cheiro muito bom de panqueca, mas não eram "apenas panquecas", eram panquecas de banana, a minha preferida. Eu estava com uma fome de mostro e sentindo cheiro de panquecas na minha casa, como isso é possível se eu estou sozinho?

Será que eu estou grávido? –Ri do meu próprio comentário.

Ai ai Cole, você só fala merda. –Falei comigo mesmo ainda rindo e levantei da cama.

Ao tentar levantar, percebi que meu pé doía muito e estava inchado.

? Fui em direção ao banheiro e vi um curativo na minha testa. —Osh, o que está acontecendo... ou melhor... O que aconteceu aqui?

Fui até a sala e vi um casaco estilo moletom rosa fraco jogado no sofá, olhei para a cozinha e vi uma mulher loira de costas preparando algo na cozinha.

Que por... –ia falar mas a loira me cortou. Ei, calma lá, era a Lili?

... Está acontecendo aqui? Você ia perguntar isso, não é? Disse ela me encarando e eu me perguntava como ela tem essa capacidade de ser linda até quando acabou de acordar? Sacudi a cabeça tentando me desfazer dos meus pensamentos.

Lili? O que você está fazendo aqui? –Perguntei. Ela usava uma blusa preta de alça e...meu Deus. Para com isso Cole, concentra.

Bom dia pra você também Sprouse. Está melhor da dor de cabeça?

Era isso que eu ia falar, por que eu estou com uma dor de cabeça do caralho, e meu pé está inchado, e eu tenho um curativo na cabeça? perguntei

Você deveria ser mais agradecido sabia? Mas vou te explicar... Você sofreu um acidente "do caralho" –começou ela fazendo aspas com o dedo e continuando logo em seguida —...Bateu a cabeça com uma violência "do caralho", entortou o pé com uma lerdeza "do caralho" e me ligou de madrugada para te socorrer, interrompendo meu sono bom "do caralho". Tá bom assim? Ou você quer que eu te explique com mais detalhes?

Imediatamente vi flashs da madrugada passar pela minha mente.

Calma Lili, foi mal, mas você não precisava falar assim feito ridícula. –Falei para provocar, prendendo o riso ao ver a cara dela de estressadinha.

Você interrompe meu sono, eu saio na madrugada desesperada atrás de você, trago você até sua casa, cuido de você, durmo no sofá me causando uma dor insuportável no pescoço e na coluna, preparo seu café e EU QUE SOU A RIDÍCULA? Disse ela e eu ainda me prendia para não rir.

—Sério que você quer dar risada? Quando ela falou isso eu não pude me conter e explodir em gargalhadas.

Você fica tão bonitinha brava. –Falei e ela me olhou com uma sombrancelha erguida e os braços cruzados.

Ai, essa gargalhada fez minha dor de cabeça piorar. –Comentei.

Bem pouco. Vai tomar seu café porque eu tenho que te levar na emergência pra colocar um gesso nesse seu pé de bolo. –Disse ela.

Grossa. –Falei, ela mostrou a língua e eu ri.

Sprouse, onde tem remédio para dor de cabeça? Ela me perguntou após alguns minutos de silêncio.

Você é tão linda sabia? –falei e ela me olhou de canto. Balancei a cabeça, eu estava com vergonha. Acho que ela entendeu errado —Quer dizer... Seu modo de agir, eu estava sendo insuportável com você agora a pouco e mesmo assim você quer cuidar de mim perguntando onde tem remédio.

Eu percebi que ela ficou com vergonha por conta do meu comentário, suas bochechas estavam vermelhas. Eu queria cavar um buraco e me esconder alí.

No guarda-roupa tem uma caixinha de primeiros socorros, lá tem remédio. Completei e vi ela ir em direção ao corredor.

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Umbrella °•°ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ°•°Onde histórias criam vida. Descubra agora