Umbrella °•°ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ°•°

Capítulo 13

Pov's Lili

Acordei às 06 da manhã com o som do despertador. Eu não havia conseguido dormir direito por conta da ansiedade que me consumia. Era hoje, o dia que eu iria pedir demissão na minha empresa pra traçar outro rumo para minha vida, um rumo melhor fazendo algo que eu realmente sentia prazer em fazer. Cozinhar.

Aquilo sim era uma paixão pra mim. Eu esquecia todos os problemas quando entrava na cozinha e colocava um avental. Esquecia que tinha um mundo horrível lá fora, esquecia das minhas mágoas, das inseguranças e me sentia em um paraíso.

Me arrumei e Camila me ofereceu uma carona até a empresa. Minhas mãos suavam e eu não conseguia parar quieta.

—Ei amiga, calma! Vai dar tudo certo. –Camila tentou me acalmar ao perceber minha inquietação.

—Eu estou me arriscando Camila. E se não der certo e eu não conseguir abrir o restaurante? Vai ser em vão ter jogado a oportunidade de trabalhar aqui no lixo. –falei ao perceber que já estávamos na frente do prédio.

—Lili, eu já falei que você precisa ser mais confiante. Vai dar tudo certo, relaxa.

—Ok, ok. Agora tchau, obrigada pela carona. Te amo! –me despedi de Camila.

—Arrasa amiga, amo você.

Entrei no prédio e senti meu coração pulsar nos ouvidos, eu não sabia o que fazer.

—Liliana, e aí querida. Bom dia! –Casey interrompeu meus devaneios. Eu amava quando ele me chamava assim, era engraçado.

—Credo amiga, que cara é essa? Melhora esse rostinho que amanhã tem!! Mads vai dar uma festa na casa dela e pediu para eu te avisar assim que você chegasse porque ela está ocupadérrima hoje.

—Ai amigo, minha mente está a mil agora, posso te responder depois? –tentei me esquivar. Festas não era uma coisa que eu gostava.

—Lili querida, eu nunca vejo você se divertindo. Faz um esforcinho vai?

—Está bem, vou pensar no caso. Agora eu preciso ir, tenho uma coisa importante pra resolver e depois te conto tudinho. –respondi e vi Casey dar pulinhos de animação.

Entrei no elevador e ao sair dei alguns passos até a porta do meu chefe com as mãos prestes a agarrar a maçaneta.

—Vai Lili, você consegue. –disse pra mim mesma e bati na porta.

—Licença senhor George, posso conversar com o senhor um instante?

—Claro Lili, pode entrar! –respondeu meu chefe.

Entrei e sentei em uma das cadeiras que haviam alí.

—Houve algum problema? Precisa de algo? –perguntou meu chefe em um tom simpático.

—Não, está tudo bem. É que o assunto que eu tenho é meio delicado.

—Ah sim, pode falar, sou todo ouvidos. –meu chefe tem uma idade um pouco avançada, mas é uma pessoa muito gente boa e simpático também.

—Bom senhor George, eu vim pedir demissão. Não é nenhum problema com a empresa, as pessoas ou o senhor. Sou eu mesma, acho que acabou-se o tempo em que eu tinha que insistir em fazer algo que eu não gosto tanto, sabe? Eu preciso resolver algumas coisas na minha vida. –disparei.

—Poxa senhorita Reinhart, é uma pena. Eu gosto do seu trabalho acho que foi uma das melhores pessoas que já passaram por aqui, mas eu também não posso te prender, não é?! –disse George. Ele parecia um pouco decepcionado.