Capítulo 17

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[MORGAN MILLER]

Crystalis havia ido com minha mãe para a escolha do vestido, eu realmente mataria para ser uma mosca e poder ouvir tudo que elas fossem conversar, a curiosidade estava me matando e só de pensar que poderiam falar de mim meu corpo tremia por inteiro.

Elas saíram sem ao menos comerem algo, meu pai havia ido ao banheiro se arrumar para o nosso passeio estilo família, oque eu não estava mais tão animado, já que minha cabeça agora só pensava naquela ruiva incrivelmente linda e irritante.

Não havíamos conversado sobre o beijo da noite passada ainda e sabia que aquilo havia mexido com ela assim como comigo também. Um beijo sem teatros ou rodeios, algo mais real e cheio de vontade, para ser sincero meu desejo naquele dia era de tê-la, porém não o fiz, afinal não sei oque se passa na cabeça daquela riova maluquinha.

Meu pai finalmente saiu do banheiro e me levantei do sofá saindo de meus pensamentos sobre Crys.

—Vamos filho?

—Claro, pai. -Falei firme arrumando minha roupa e cabelo o seguindo para o carro.

—As meninas irão ter o dia delas e nós o nosso. -Ele riu adentrando ao motorista colocando o cinto em seguida. —E aí filhão, como você  está com isso tudo? Esse casamento de mentira é pro seu bem sabe disso né?

—Está indo tudo bem, pai. Creio que Crystalis vai ficar feliz quando tudo acabar e ter seu dinheiro para seguir a vida. -Exasperei colocando o cinto.

Mal ele sabia que de bem não havia nada, eu estava criando afetos pela bendita ruiva e não sabia mais como controlar isso e a sensação de ter algo fora de controle me consumia por dentro. Acabei fazendo várias coisas imprudentes por causa disso e o beijo fora uma delas, não sabia nem como explicar para ela o motivo disso tudo.

—Sua mãe está toda receosa, ela me disse que nunca viu você tanto tempo com a mesma garota. -Meu pai sorriu sem jeito dando uma risadinha. —Eu disse a ela que é apenas uma fase sua, uma hora você encontra quem faça seu coração bater mais rápido.

Eu encontrei...

—Quem sabe, pai. Meu foco agora é neste casório e nisso tudo da empresa.

O caminho se tornou silencioso após certo momento, minha vista estava focada na janela e nas coisas que iriam passando a cada metro percorrido. Meus pensamentos estavam em conflito juntamente com o meu coração, eu não queria perde-la após os dois meses, queria tê-la para todo o sempre e sequer sabia como expressar isso, merda.

—Chegamos filho.

A fala de meu pai me fez despertar afirmando com a cabeça em resposta, sai do carro com as mãos no bolso. Ao adentrar ao restaurante recebi típicos olhares curiosos, afinal não era visto muitas vezes ao lado de meu pai, jovens mulheres me encaravam com aquelas afeições de desejo me fazendo seguir meu rumo eencarando pelas mesas.

—Deixe que eu peço hoje, filho. —O mesmo sorriu pegando o cardápio  enquanto me sentava a cadeira apenas o fitando sem emoção alguma. —Hm? Oque aconteceu?

—Ah? Nada eu acho, pai, porque? -Meu coração acelerou ao notar que não estava fingindo tão bem.

—Sabe que pode me contar tudo, não é? Eu sou o seu pai afinal.

Esposa por contrato | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora