Capítulo 28

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Estava aflita com o coração na mão, a cada segundo que se passava tudo que vinha em minha mente era somente o pior.

Cerca de trinta minutos depois pude ouvir a voz de Morgan me chamando, não poderia crer que ele realmente veio aqui mesmo com tudo que havia acontecido entre nós. Tentei gritar, porém foi algo em vão, já que estava amordaçada e presa totalmente.

—Ele não vai te ouvir vadia. -Damon sorriu cínico.

Se eu estivesse solta mostraria quem é a vadiazinha!

Focalizei meu olhar na porta do barracão, podendo ver Morgan parado com uma afeição nervosa e punhos fechados. Seu peitoral subia e descia rapidamente, provavelmente pela tensão diante daquilo tudo.

—Por favor, Damon vamos resolver isso amigavelmente, eu termino com ela agora mesmo. -O moreno proferiu com as mãos para cima.

Damon apontava uma arma em direção à ele, eu sabia que oque ele estava dizendo era por conta do medo e de estar rendido, porém não deixou de tocar meu coração como uma pontada.

—Ela irá comigo para Miami seu babaca! Chame sua equipe fajuta de advogados para o divórcio, ela não precisa ficar com nada, oque for dela será meu. -Damon disse um tanto rude apertando a arma mais forte.

—Como quiser.. como quiser, faremos isso, apenas não a machuque... -Morgan respondeu com a voz um tanto trêmula.

Saltei arregalando os olhos com o estrondo vindo da parte de trás do barracão, Damon virou-se rapidamente tão assustado quanto eu. Policiais invadiram o local com armas em mãos adentrando pelos fundos.

—Solte a arma agora! -Ordenou um deles.

—Jamais! Se derem um passo ela e ele morrem! -Damon ameaçou mirando em Morgan fazendo meu coração disparar.

—Agora rapaz! Você não possui saída! Se você não se render iremos atirar! -O policial ameaçou novamente.

Damon fez oque eu mais temia, em seu impulso apertou o gatilho em direção a Morgan, gritei mesmo amordaçada me contorcendo sob o solo.

Mesmo com os acontecidos eu ainda amava Morgan e não podia o deixar morrer daquela maneira! Ele merecia uma vida digna ao lado de uma boa mulher, mesmo que não seja a minha pessoa.

Os policias não ficaram parados, atiraram em Damon logo em seguida, em sua mão esquerda o fazendo soltar a arma e cair agonizando no solo, assim como Morgan estava.

Um dos bons policiais caminhou até mim soltando-me das amarras me dando a liberdade de correr até Morgan aos gritos para ver onde havia sido o tiro. Para minha sorte Damon era ruim de mira e acertou apenas a perna do moreno.

—Coloque esse pano ao redor da perna dele, a ambulância já está chegando, sabíamos que acontecia algo do gênero então resolvemos chamar antes mesmo de invadir. -O policial de cabelos loiros estendeu o palmar direito me entregando o pano que estava me amordaçando.

—Muito obrigada..  -Agarrei ao pedaço de pano o enrolando na perna que sangrava de Morgan.

[...]

A ambulância havia chego, Morgan e Damon foram colocados dentro dela pelos médicos, não me deixaram entrar porém afirmaram que eu poderia visitar Morgan posteriormente. Ve-lo partir daquela maneira agonizando de dor era traumatizante e doloroso..

—Senhorita Miller, iremos esperar Damon se recuperar do ferimento e iniciaremos o julgamento no tribunal assim que ele tomar alta, você e todos aqueles que presenciaram isso deverão ir como testemunha, mesmo que seja algo difícil pra você. -O mesmo policial de antes se aproximou de mim me informando.

—Sim.. eu irei com toda certeza e levarei o máximo de testemunhas possíveis.

—Ele não irá mais incomodar, certamente ficará um bom tempo na cadeia. Venha vamos senhorita, há um carro a sua espera lá fora.

O acompanhei um tanto confusa, assim que sai do barracão pude dar de cara com Valérie que chorava apavorada, a morena correu em minha direção me abraçando como uma criança.

—Amiga! Céus! Você está bem? Morgan foi levado na ambulância.. Eu ouvi os disparos. -Diria ela apavorada.

—Eu estou bem, nada que gelo e pomada não tire esses roxos e cortes, minha preocupação é com Morgan, ele levou um tiro na perna.

—Ele vai ficar bem? -Valérie me olhou assustada.

—Não sei bem, porém Damon levou um tiro na mão e depois ser a designado ao julgamento para sua sentença.

—Bom, ao menos uma parte boa, você jamais verá esse idiota.

Afirmei com a cabeça a puxando levemente para o carro, Taylor me olhou dando um sorriso de consolo  girando a chave em seguida. Os policias foram embora assim como eu e Valérie.

No caminho eu só conseguia sentir o meu corpo dolorido e minha mente avoada em Morgan, eu jamais me perdoaria se ele morresse brigado comigo daquela maneira, eu precisava dizer o quanto ele era incrível e mágico para mim...

Valérie me acompanhou quando chegamos a mansão, me sentia culpada por estar lá já que eu quem havia pedido o divórcio com ele.. iria o visitar logo após o banho e amanhã veria oque fazer quanto ao encontro com  advogado.

Tomei uma longa ducha a fim de tirar as dores musculares, ficar ajoelhada tanto tempo amarrada tinha seus males. Fiz alguns curativos improvisados nos cortes e desci após estar pronta indo ao encontro de Valérie.

—Podemos ir.. -Informei soltando um suspiro.

—Eu tenho certeza que ele irá querer ve-la. Me deixe te contar algo, eu quem contei a ele sobre você e ele surtou na mesma hora quando soube, chamou todos os seguranças e me pediu auxílio, ele sabia que a mensagem era falsa e mesmo assim resolveu ir. -A morena sorriu para mim dando uma piscadinha me fazendo ficar aliviada.

—Ele não deveria ter se arriscado assim enfiando a cara no barracão daquele jeito.

—Ele precisava de tempo, Crys, a polícia precisava dar a volta no barracão para invadir.

A morena me puxou pelo pulso antes mesmo que eu pudesse responder, Taylor já estava do lado de fora à espera com o carro ligado.

[...]

—Senhorita Miller? -A recepcionista me questionou.

—Sim, agora posso ve-lo? -Me debrucei no balcão impaciente.

—Como você é esposa pode subir, sua amiga deve esperar aqui na recepção. -Afirmei com a cabeça para ela pegando o crachá de visitante, dando um sinal de "okay" para Valérie.

Toquei o botão do elevador milhares de vezes, eu e minha impaciência com as coisas.

Ao chegar finalmente no quarto abri a porta lentamente analisando se ele estava acordado.

—Cabelos de fogo. -Pude ouvir sua voz me fazendo soltar um sorriso.

Adentrei ao quarto fechando a porta em seguida. Me aproximei até o lado direito da cama me sentando em uma poltrona vermelha de couro que havia ali.

—Oi.. -Respondi um tanto culpada.

—Eu fico feliz de te ver aqui e bem, consegui finalmente te livrar daquele maníaco perseguidor. -Ele deu um sorriso colocando a mão no peito em seguida pela dor.

—Não deveria ter feito isso, foi perigoso e você quase morreu, eu ficaria louca se você tivesse morrido. -Assumi.

—Então você assume que ama ficar ao meu lado? Eu deveria quase morrer mais vezes pra ouvir isso.

—Não diga isso, idiota. -Acabei dando risada estendendo a mão a puxar a dele entrelaçando nossos dedos.

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Quanta adrenalina, não? Oque será que teremos por vir agora que Damon está fora de linha ? Quanto ao advogado amanhã...

~Beijos beijos ♡

Esposa por contrato | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora