8. Bolo e limonada

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Olá pessoal! 🤠

Tudo beleza?

Ai gente, tô planejando tanta coisa pra essa história! Realmente espero que vocês estejam gostando do enredo.

Enfim, já passaram álcool em gel nas mãos? Se sim, bora lá!

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Estou ligeiramente deitada no sofá da varanda. O sol aquece meu corpo, me deixando confortavelmente aconchegada, os passarinhos cantam em harmonia uma melodia doce e o vento brinca com os meus cabelos. Aprecio tudo com os olhos fechados.

“Senhorita?” uma das criadas me chama. Quebro toda essa magia e a encaro.

“Sim?”

“Deseja alguma coisa?”

“N-” já ia negar, quando tive uma ideia “Bem, o que acha de fazermos um piquenique?” pode parecer idiotice, mas estava entediada, queria conversar com alguém, quem sabe ter uma amiga, e sim, essa foi a primeira ideia que veio em minha cabeça.

“Acho uma boa ideia, mas... com quem?” pareceu surpresa

“Não tenho ninguém em mente. Chame todas as criadas.”

“Madame, não entendo porque deseja desfrutar de nossa companhia, além do mais temos tarefas da casa para fazer” falou baixinho.

“Qual o seu nome?” perguntei, tentando ser o mais amigável possível.

“Carmen” falou quase sem reação, não entendia porque estava conversando com ela.

“Carmen, cheguei aqui a pouco tempo e não conheço praticamente ninguém, então nada melhor do que conversar com as criadas da minha casa, não acha?”

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Demorou para acharmos um assunto, mas quando o achamos, elas se soltaram e não pararam de falar. Conheci um pouco de cada uma, Carmen era tímida, mas muito inteligente, Clarice, era baba ovo de Richard excessivamente, o que me preocupou um pouco de suas intenções (por que Richard chamou especificamente ela naquele dia para jogar fora as flores?), Lilian era neutra em quase todos os assuntos, Ellen era engraçada, tanto que conseguia arrancar uma risada de qualquer um e Megan era rígida, com uma opinião muito forte e a mais velha e experiente de todas.

Não entendo o motivo de que pelo nossos status recebemos tratamentos específicos, e as vezes nem percebemos. Quando trabalhava no bar, ninguém era bondoso comigo, nem me olhavam nos olhos, mas quando fiquei noiva de Richard, todos começaram a ser meigos e me tratarem como uma deusa, como se eu realmente existisse (exceto o próprio Richard).

Para mim, não custa nada ser gentil e tratar as pessoas bem.

Estava me sentindo mil vezes melhor com a companhia delas, sentia que não estava sozinha. Tomávamos limonada, comíamos bolo. Esse clima me lembrava a minha infância. Algo inocente e caloroso. Mas como o velho ditado diz, tudo que é bom demais dura pouco. Ouvimos um barulho de motor se aproximando, Richard havia chegado. Parou o carro e saiu. Edward logo tomou o volante e o levou para a garagem. Ia entrar na casa e fazer o que fazia todos os dias, mas, quando se deparou com o nosso pique nique, era parou bruscamente e olhou para nós, julgando tudo.

As criadas, quando notaram , entraram em disparada voltando para seus afazerem, com medo extremo de Richard e me olhando assustadas. Menos Clarice, que olhava para mim com desprezo.

“Foi tudo ideia dela” falou para Richard e logo acompanhou as outras.
Ele ficou um tempo em silêncio e eu estava imóvel esperando o seu pronunciamento. Ele se aproximou de mim irritado com passos pesados, segurou o meu braço com força, me forçando a levantar e ficar cara a cara com ele.

“O que você pensa que está fazendo?” falou ríspido.

Me livrei de seu aperto.

“Estava fazendo exatamente o que você viu” dei uma pausa “Richard, estou entediada e não conheço ninguém...”

Ele respirou fundo, substituindo sua raiva por um sorriso debochado.

“Então, para a sua felicidade, teremos um baile hoje” e antes que eu pudesse falar qualquer coisa “não pelo nosso matrimônio, e sim pelo aniversário de um parceiro de negócios. Quem sabe você não consegue fazer amizades lá”.

Se nesta festa estivesse o mesmo grupo de pessoas do que a passada, o que era bem provável, eu com certeza teria que aguentar a falsidade e o espirito interesseiro daquelas pessoas a noite toda. E, como o meu gene não bate com o delas, com certeza eu não conseguiria me abrir, e sim, me enrolar cada vez mais naquela bola de neve em que me meti.

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Destinada à perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora