Capítulo X - O Tornado

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Antes desse belo e animador capítulo começar, quero dizer que estou feliz da fic ter chegado as 400 views ainda no capítulo 10. Muito obrigado, mesmo :)
Aproveitem o capítulo de DUAS MIL palavras ♡

Nayeon chamou Jeongyeon para sua casa no intervalo da mesma, contou tudo que sabia. Fazia quase vinte minutos que ela falava nada.

— Jeong? — Nayeon falou, em tentativa de contato. — Você está bem?

— Ela é minha irmãzinha, Nayeon. Eu trato ela como irmã. Cuidei dela quando estava sozinha, deixei ela ficar na minha casa quando terminou com a Mina. Eu cresci junto com ela. — Jeongyeon soltava enquanto olhava para o vazio. — Ela nunca bateu em alguém, sempre respeitou as pessoas o máximo que pode. Eu confio na Tzuyu, ela não fez isso!

— A Sana tem provas físicas disso. Ela está com a boca machucada por conta do soco, ela tem prints de conversas, uma ela xinga a Mina e em outra menciona uma menina que estava bêbada e bom... ela ficou. — Nayeon falava lentamente, como se isso fosse melhorar algo.

— Por que está me contando essas coisas? A doida traficante aqui é a porra da sua amiga! Quem fez a Tzuyu ficar assim foi ela! — Jeongyeon aumentou seu tom de voz

— Tentar culpar a Sana pelos erros que a Tzuyu comete drogada ou bêbada é irracional. Não por ela ser minha amiga, mas pelo lado dela estar mais coerente. Sana nunca assediou, abusou, ou bateu em alguém. — Nayeon falou, percebendo logo depois o peso do que havia falado. — Ah Jeong... desculpa, sinto muito.

— A Tzuyu não fez isso, porra! Ela... não fez. — Jeongyeon parou, parou de falar, até mesmo de respirar por alguns segundos. Parou, e só voltou quando sentiu seu corpo estremecer com o impulso do choro.

— Você sabe que é possível. — Nayeon se aproximou de Jeongyeon, abraçando ela com toda força. Ainda não ia ter a oportunidade de perguntar o que tanto queria saber. — Tzuyu pode ser alguém incrível, mas tendo esses vícios... não. Acho melhor se afastar dela, só até ela melhorar.

— Deixar ela? Ela acabou de chegar na fase adulta, não trabalha, não estuda... — E se Nayeon falou a verdade e tivesse razão? Não conseguia pensar no que fazer. — Eu acho que você tem razão. Preciso voltar a trabalhar, licença.

Jeongyeon se levantou do sofá, não se despediu de Nayeon, não olhou para trás, disse nenhuma palavra.

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Tzuyu estranhou quando recebeu uma ligação de Jeongyeon às nove da noite. Sabia que Mina estava bem e Chaeyoung sempre via ela pra verificar e Sana não a conhecia. Então não tinha com o que se preocupar, certo?

— É bom você me pagar pelo menos uma cerveja por me fazer vim aqui de noite. — Disse para Jeongyeon que estava no caixa. Pegou a garrafa sem saber se ela tinha deixado ou não. — Me chamou por quê?

— Você assediou alguém, Tzuyu? — Jeong foi direta, Tzuyu quase perdeu sua postura com aquilo. A mais nova sorriu fraco, tentando disfarçar o surto.

— Melhor ir procurar um psiquiatra, está ficando louca. Deve ser esse trabalho, quem não ia ficar com sanidade baixa nesse lugar. — Falou, bebendo um gole grande de sua cerveja.

— Quando você mente fica rindo e bebe pra disfarçar. Eu te conheço, muito. — Jeongyeon saiu de trás do balcão, pegando a garrafa de Tzuyu e colocando na mesa. — Seria ótimo me falar a verdade pelo menos uma vez na sua vida.

— É... verdade. Eu fiz isso. Me arrependo, pedi desculpas para aquela menina trezentas vezes! Eu me sinto um lixo até hoje e isso foi quando eu terminei com a Mina... — Tzuyu encostou em uma das prateleiras, respirando fundo. — O que eu fiz não tem justificativa, nem perdão, nem desculpas, nada. Mas não é do jeito que falaram pra você! A menina não estava bêbada, a gente estava no trem e eu olhei para ela, fiquei encarando muito e ela se sentiu desconfortável, eu soube disso e não parei mesmo assim. Foi isso.

Eu prometo, Nayeon - 2YEONOnde histórias criam vida. Descubra agora