Capítulo XI - Lindas mentiras

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- Que estranho, a Chaeyoung não está me respondendo... - Nayeon disse frustada. Era a décima mensagem que havia mandado pra Chae, ela via e não respondia.

- Ela pode estar ocupada. Relaxa... - Jeongyeon não podia falar algo sobre amizades, já que estava se mostrando a pior de todas. Havia bloqueado Tzuyu em praticamente tudo e, pelo que sabia, Mina teria feito o mesmo. Momo e Dahyun não estavam falando com nenhuma das duas. Tanto que as três tinham saído do grupo do Whatsapp.

- Jeong... será que fomos exageradas demais? Tipo... por confiar tanto na Sana. - Nayeon nunca duvidou de suas amigas, mas era uma situação tão complexa que pensou se deveria ter ouvido o lado de Tzuyu.

- Se a Sana mentiu a gente se fodeu muito. Tzuyu, algumas vezes, guarda um rancor inacreditável - Até demais, poderia dizer. Ela podia desculpar, mas a relação nunca mais era a mesma. Não sabia como tinha Mina conseguiu se reaproximar dela.

Pensou em ligar, em mandar alguma mensagem ou até mesmo ir na casa da mesma. Mas algo a segurava. Algo que não sabia o que era, mas era o orgulho manipulado.

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Tzuyu tinha um plano, ou dava completamente certo ou completamente errado. Não tinha falado para alguém sobre ele, porque não estava claro nem pra ela mesmo sobre isso.

Pegou seu celular, ligando para Sana que, ironicamente, não tinha bloqueado.

- Resolveu me falar que vai se matar logo? - A japonesa atendeu com sua voz mais cínica. - Me diga, o que quer?

- Precisamos conversar, não acha? - Falou, olhando pela janela. Era quatro da tarde pelo calor que estava fazendo.

- Hm, acho que sim. Lembra daquela casa perto do posto de gasolina fechado? - Sana disse, e aquele local fazia Tzuyu se arrepiar. Aquele tinha sido o mesmo lugar que as duas se viram a primeira vez, que tinha conhecido seu amigo. Boas e péssimas memórias.

- Claro... como esquecer?

- Exatamente. Vamos nos encontrar lá, vai ser ótimo recordar nossa bela e conturbada adolescência. - E bota conturbada nisso. Tzuyu algumas vezes tinha pena de Sana.

- Sem armas, você entendeu?

- Já disse que não irei te matar. Não vou sujar minhas mãos, você vai fazer isso por mim.

- Eu nunca vou fazer isso, Sana. Acorda, garota.

- Certo, certo. Não enrola. Cinco horas quero te ver lá.

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17:00PM

Tzuyu precisava resolver essa situação o mais rápido que podia, recuperar sua dignidade e moral era necessário. Tinha muitas mentiras e histórias aumentadas, precisava limpar isso tudo.
Pegou seu celular, colocando no gravador de voz. Guardou em seu bolso e respirou fundo. Era bom aquilo funcionar.

- Chou Tzuyu, sempre pontual. - Sana, que estava sentada em um sofá que havia no local, disse assim que a mais nova abriu a porta. Aquela casa era escura e não tinha um dono, então todo tipo de pessoa se encontravam la.

- Só quero resolver isso rápido. - Tzuyu olhou em volta, vendo a mesinha no meio da sala, em cima havia uma faca. - Mentirosa! Disse que não ia haver armas.

- Você tira conclusões muito precipitadas. Que tipo de pessoa você acha que sou? - Sana se levantou, andando lentamente até a mesa.

- Uma retirada direto do reator quatro de Chernobyl. - Tzuyu fez a mesma coisa, as duas ficaram próximas. Sana riu fraco, revirando os olhos.

- Essa faca aqui é para caso você tente me dar um soco de novo. Se tocar em mim, eu acabo com a sua cara. Mas... se eu fizer alguma coisa, você pode ter todo direito de me matar. Eu sei que você quer. - Tzuyu queria, mesmo. Sua maior vontade nesse momento era acabar com a linda face de Minatozaki sem dó.

Eu prometo, Nayeon - 2YEONOnde histórias criam vida. Descubra agora