1 de janeiro (parte2)

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     Quinta-feira

     Acordei, por volta das dez da manhã, após ter dormido o meu sono de beleza.

     Como não ouvia barulho em casa supos que ainda estava toda a gente a dormir, por isso não me levantei da cama, além do mais estava imenso frio no meu quarto e a minha cama estava super quentinha na realidade parecia um forno e juntando o agradável à preguiça continuei deitada na cama, mas com a cabeça na lua.

     Por momentos fiquei completamente a leste pus-me a pensar no quanto a minha vida tinha mudado, no quanto eu tinha mudado, no quanto toda a gente tinha mudado.

     Mudei de escola, o que significa uma turma completamente nova, onde não conhecia ninguém, admito que na primeira semana me senti completamente perdida como se não pertencesse àquele mudo, mas na segunda semana já sentia que vivia naquele ambiente à anos, falava com as pessoas como se as conhecesse desde pequena. Acho que até me habituei bem àquele sítio estranho e diferente que agora aos meus olhos me parece super acolhedor, divertido, louco (de uma maneira positiva) e sinceramente não me imagino noutro sítio sem ser ali.

     Estava completamente divertida nos meus pensamentos a lembrar-me dos primeiros dias deste ano escolar, da primeira vez que entrei na escola, estava toda entretida a relembrar-me do que senti quando vi pela primeira vez a minha turma, e do medo e do receio com que estava, a lembrar-me de que estava tão assustada como se fosse uma criança de cinco anos que acabará de acordar após ter tido um pesadelo horrível e que só queria chamar a mãezinha e só queria estar no braços dela, é uma comparação horrível eu sei, mas era exatamente isto que eu sentia naquele momento.

     Estava tão envolvida nos meus pensamentos, estava tão preocupada em reviver cada minuto e cada segundo que nem dei pelo tempo passar.

     "Miriam, vem almoçar! Já estás a dormir à imenso tempo" - a minha mãe chamou-me e interrompeu os meus fantásticos pensamentos. Obrigadinha mãe.

     "Já vou" - respondi-lhe num tom de resmungo.

     "Não é já vou, é vens agora! Eu e as tuas irmãs vamos começar a comer, depois se ficares sem almoço a culpa é tua"

    O quê!? Ficar sem comida nem pensar, estou a morrer de fome... Enchi-me de coragem e saí da cama, mal toquei com os pés no chão senti logo um arrepiou a percorrer-me a espinha apressei-me a procurar as minha meias e calcei-as. Cobri-me com uma manta rosa- choque e foi almoçar.

     Depois do almoço eu, mais a minha mãe e as minhas irmãs fomos dar um passeio à beira rio.

     Apesar de estar frio e por causa disso, eu tenho que estar super agasalhada, coisa que não gosto, o tempo até está bastante bom. Enquanto passeamos sinto uma brisa leve mas fria a ir contra a minha cara o que sabe estranhamente bem, além do mais faz com que os meus cabelos voem ao vento, como naqueles filmes em que a rapariga super linda e sexy anda em câmara lenta e os cabelos esvoaçam fazendo-a parecer ainda mais bonita. A única diferença é que eu não sou sexy, além do mais, devo de estar com uma cara de cavalo e ao mesmo tempo o meu nariz deve parecer uma bola de natal para enfeitar as árvores, porque está super hiper mega vermelho.

     A tarde passou e eu e a minha família fomos para casa descansar, mal cheguei a casa fui a correr ver do meu telemóvel, porque estupidamente esqueci-me dele no meu quarto e além do mais de manhã nem olhei para ele a ver se tinha alguma mensagem ou não, porque tive demasiada preguiça para o ir tirar do carregador. Pois, o meu telemóvel ontem decidiu ficar sem bateria e eu não pode mandar ou ver se tinha alguma mensagem de alguém a desejar um feliz ano novo.

     Então, foi logo ver as mensagens e tinha umas 9 mensagens, sou tão social, começei a ver de quem é que eram e o meu coração cause saltou uma batida quando vi que tinha uma mensagem do Rui.

     Como eu já tinha dito, eu já não gosto nele, mas o que se há-de fazer ele será sempre a minha crush. O Rui é dos rapazes mais perfeitos que eu já conheci, ele tem um corpo  que é capaz de derreter qualquer rapariga, ele é entroncado, tem abdominais, basicamente ele tem todos os músculos do corpo trabalhados, e deixei-me que vos diga ele tem um rabinho mesmo perfeitinho, um daqueles que dá vontade de chegar lá e apalpa-lo (desculpem já estou a divagar). O Rui tem uma cara  super fofinha, uns olhos lindos e um sorriso absolutamente lindo, não é daqueles sorrisos super fofos e amorosos, é um daqueles de engate, que quando sorri tu apenas sentes o teu coração a acelerar.

     Como se o físico já não fosse perfeito, ele tem uma das personalidades mais queridas, o Rui é super querido, amigável, simpático, um fantástico ouvinte...

     Um dos únicos problemas dele é que adora comer gajas!

     Apressei-me a abrir a mensagem, era uma mensagem simples a dessejar um feliz ano novo, mas mesmo assim esse sms conseguiu tocar-me, não por ser uma mensagem super comovente, mas, porque passado tanto tempo, ele finalmente lembrou-se de mim.

     O mais provável era ele ter mandado aquela mensagem para todos os contatos que tinha na lista, é verdade, mas eu prefiro acreditar que ele a mandou especialmente para mim, prefiro viver no meu mundo de unicórnios felizes e achar que ele ainda se lembra da nossa amizade. 

     Respondi-lhe à mensagem, a desejar-lhe também um feliz ano novo e a agradecer-lhe e no final coloquei um smile. E esperei pela resposta, esperei e esperei. Mas passado 5 minutos ele não respondeu e eu fartei-me de olhar para o telemóvel e como não sou uma pessoa muito paciente deixei o meu telemóvel em cima da cama e fui ter com a minha mãe para ajudá-la a fazer o jantar, além do mais eu sei que ele normalmente é capaz de demorar um dia para responder a uma simples mensagem.

Olá! Espero que tenham gostado deste capítulo.
Eu alterei o nome do livro para "querido diário," porque achei que como este título era mais curto que o anterior era mais fácil de memorizar. Desculpem algum incômodo.
Desculpem, também, caso tenha algum erro.
Já agora um feliz ano novo :)
Beijinhos.

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