6 de janeiro

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     Terça-feira

     Despertador, meu querido e amado despertador, porque é que tu insistes em acordar-me de manhã  com esse teu som super irritante, que mais parecem panelas a bater umas nas outras! Eu desisto, a partir de hoje vou passar a utilizar o despertador do telemóvel, assim pode ser que não acorde tão sobressaltada.

     Levantei-me e fui comer, de seguida fui fazer a minha higiene e vestir-me, como sempre, demorei, por volta de uns vinte minutos a arranjar-me o que fez com que eu quase não conseguisse apanhar o metrô que era suposto para ir para a escola...

     De manhã as aulas passaram vagarosamente, tive aula de português e a seguir de matemática, eu até gosto das disciplinas, mas as aulas de hoje, foram horríveis, era quase impossível não adormecer.

     Ainda faltavam dez minutos para a aula acabar, mas a professor deixou-nos sair, porque se nós saissemos à hora que era suposto, íamos ficar uma hora na fila, sem exageros e além do mais acho que a professora estava farta de nos aturar, digamos que nós não somos nenhuns santinhos.

     Quando chegamos ao refeitório, a cantina já estava aberta então pusemo-nos na fila, e ao nosso lado estavam os alunos sentados a almoçar, olhei para os pratos de comida deles e fiquei ainda com mais fome do que já tinha, a comida tinha tão bom aspetos, era arroz de pato, pelo menos fui o que eu e a maioria dos alunos escolheram para almoçar hoje.

     Deixem-me que vos diga que a comida da minha escola é fantástica e excelente o contrário das outras escolas que normalmente têm mau aspeto e sabem super mal, como na minha antiga escola. Uma vez ia para almoçar arroz com carne, e o arroz  era verde e tinha bocados de peixe e camarão e poucos de carne, muito esquisito.

     "Estou a morrer de fome! Só quero ir comer." Desabafei com a Inês.

     "Já somos duas!" Ela estava a olhar para mim com um ar de desespero, dava para ver à distância que ela estava com tanta fome quanto eu.

     "Sinto que tenho um buraco no estômago. Era capaz de comer sozinha um boi." Respondi-lhe com uma firmeza como se o que tinha acabado de dizer fosse a maior verdade.

     "Mesmo parvinha." Ouvi uma voz que me parecia vir da mesa que estava ao nosso lado e nesse momento senti uns olhos postos em mim.

     Olhei para o lado esquerdo e vi um rapaz a olhar para mim, notava-se na cara dele, que tinha sido ele a acabar de falar e presumi que tivesse sido para mim o comentário. Como eu sou uma pessoa bastante normal, não aguentei e comecei-me a rir na cara dele, o que eu acho que é fantástico (ironia), porque quando um rapaz fala para ti o que tu deves fazer é rir-te na cara dele, e como se nada podesse piorar aquela situação, eu tenho um riso super esquisito, a Francisca diz que eu pareço uma foca a parir, e eu tenho que admitir que em certa medida ela tem razão.

     Ele permaneceu a olhar para mim e sorriu, e não pude deixar de reparar que ele tem um sorriso super fofo. Este rapaz é de outra turma de décimo ano, geralmente a turma dele tem aulas na sala à frente da nossa sala. Ele não é daqueles rapazes super lindos, tem uns olhos castanhos-esverdeados, um cabelo castanho muito clarinho, já o tinha visto mais vezes antes e já tinha reparado que ele não é entroncado ou musculado, também não é magro, é normal.

     De repente apercebi-me que ainda estava olhar para ele, e como ele não tinha dito mais nada apressei-me a olhar para a frente, mas continuei a pensar no que se tinha acabado de suceder, as pessoas que estavam a almoçar com ele, algumas pessoas que eram da turma dele, acho, não se tinham apercebido da situação ou simplesmente aperceberam-se mas não ligaram. Outra coisa que reparei, isto já podem ser filmes da minha cabeça, ele no período anterior, quando às vezes ele estava a sair da sala e eu também parecia-me que ele sorria, um sorriso leve, que mal se notava, no entanto eu reparava, mas isto já devem ser coisas da minha cabeça, é o que dá ter a manhã da perseguição.

     Ainda tivemos que esperar mais uma meia-hora para podermos almoçar, e quando nos sentamos à mesa, eu devorei a sopa, o arroz de pato e a fruta, claro que logo de seguida me arrependi de ter comido tão rápido, mas naquele momento soube-me mesmo bem.

     A Inês,  a Francisca e a Madalena, eu almoço e estou sempre com elas, salvo várias exceções, também se despacharam rápido e como já só faltavam dez minutos para a aula seguinte fomos andando, porque ainda teríamos que subir muitas escadas e sinceramente eu não sei bem como é que eu o ia fazer, porque neste momento eu quase que não consigo andar vou tipo mais a rebolar, brincadeira, consigo andar mas, como estou super cheia, ando muito devagarinho.

     As aulas da tarde até que  passaram rápido, no intervalo entre as duas aulas estava com as pessoas de sempre, o quarteto maravilha, e admito que andava a ver se via o outro que tinha falado comigo à hora de almoço, ele despontou uma certa curiosidade em mim, não percebo porque é que ele se meteu na nossa conversa, às tantas estava só aborrecido e começou ouvir a nossa conversa, às vezes eu também faço isso, dou por mim a ouvir a conversa dos outros, eu sei que é falta de educação, mas também quem é que nunca o fez?

     Depois de todas as aulas fui para o treino, e quando terminei fui para casa, cheguei a casa morta, apressei-me a jantar para depois poder ir para o vale dos lençóis.

Olá!
Espero que tenham gostado deste capítulo, se gostaram comentem e votem que é para eu ir tendo algum feedback da vossa parte, agradeço às pessoas que votam na minha histórias comentem, porque isso dá-me motivação para continuar a escrever.

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