Capítulo 1

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Parte 1

"Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida."
(John Ruskin)




Capítulo 1

Megan chegou quinze minutos após o que normalmente chegaria, como costume levava dez minutos no máximo, espiou pela vitrine do estabelecimento e surpreendeu-se ao não encontrar tia Mary, escolheu uma mesa perto da vitrine que era bem iluminada e continha plantas ornamentais por perto, ela amava plantas, em especial flores, estava lutando contra si mesma para não pegar o celular e tirar fotos de todas aquelas mudinhas perto da mesa, e deu graças a Deus pelo garçom ter chegado interrompendo esses pensamentos um tanto excêntricos, estava pensando o quê pedir quando a tia chegou e solicitou dois cafés com leite, Megan levantou-se e a abraçou animadamente.

-Desculpe a demora, minha princesa. O trânsito estava um caos.

-Tudo bem, cheguei a pouco tempo.

-Mas você já estava saindo de casa, o que aconteceu?

Megan bufou e decidiu contar sobre o ocorrido.

-Tia...meio que aconteceu um mini acidente enquanto eu estava vindo, mas não se preocupe, estou ótima, só estou sentindo um desconforto no braço esquerdo. -falou levando a xícara até a boca.

-Não sei não, Megan. Acho melhor irmos ao hospital, você pode não estar sentindo dores fortes mas não custa nada fazer um Check-up.-insistiu a tia.

-Não é nada importante, foi pelo impacto da queda, sem preocupações, por favor. -tentou acalentar a tia.

-Querida, você sabe muito bem a minha colocação no assunto, mas tudo bem, depois não fala que não avisei.

Megan não gostava quando a tia lhe chamava de "querida", nunca sabia se era ironia ou forma carinhosa de tratamento.

Pediram a conta e logo saíram de lá, depois de uma fotinha rápida das plantas da vitrine, claro. Meg amava a tia, mas tinha uns momentos que fala sério, compreendia que era preocupação e cuidado com ela, mas a tratavam como criança, é óbvio que se ela estivesse sentindo algo iria se cuidar, ou não?

Seguiu para casa, afinal aquela foi uma manhã de emoções muito fortes para ela, não que fosse "anti-emoções", muito pelo contrário, gostava bastante, era aventureira de carteirinha, porém só queria reorganizar seu novo modo de viver, no momento tudo que queria e precisava era paz, tranquilidade, calmaria e Deus, o kit perfeito que levaria na sua necesséire ao lugar que fosse.

Chegando em casa decidiu fazer um brigadeiro para animar o humor, afinal de contas, um chocolate é capaz de arrancar os melhores sorrisos de uma mulher ou um chocólatra, ou os dois juntos, enfim, um simples docinho muda pra melhor o dia de todos, vivam os docinhos!

Foi até a despensa e pegou os ingredientes, sentiu o celular vibrando no bolso de trás, e pegou, tinha deixado no silencioso enquanto esteve na cafeteria, estavam ligando, e era um número desconhecido.

-Olô? Quem fala?

-Oi dona Grazi, queria saber quando vou poder ir terminar a pintura.-uma voz masculina ecoou profissionalmente.

-Desculpe, acho que houve um erro, não me chamo Grazi e nem contratei pintura alguma.-riu no final.

-Eu que devo desculpas, acho que anotei o contato errado, nesse caso, esqueça a parte da "dona", mas você se interessa em uma pintura?-Sugeriu o anônimo.

-Tudo bem,acontece.

-Pior que é mesmo,ainda mais comigo,mas...ainda quer a pintura?

-acho que não, digamos que eu aprecie mas não costumo comprar, eu te conheço?- Perguntou rindo de novo.

-Quem sabe?Talvez você já me viu na tv, sou muito famoso, sabe.

-Hum rum, sei, talvez eu seja sua fiel fã, Sr.famosinho.

-Por favor, sem formalidades, só me chame de Gregory, ou Greg Famosinho ou como a Madame Inartística preferir.

-Certo , Celebridade, não costumo conversar com estranhos no telefone, perdão, corrigindo... eu mera mortal, não sou digna de conversar com alguém tão conhecido e altamente ocupado, mas tenho coisas a fazer, te vejo nas revistas de fofocas.- Ironizou.

Achou a ligação divertida, aquele cara com certeza era um baita de um convencido, mas não poderia negar que era engraçado e que lhe fizera rir, não conhecia o Famosinho, mas seria bom ter um amigo assim por perto.

Terminou o brigadeiro de colher e escolheu um filme para assistir, sabia na metade iria dormir e despertar já nos créditos, mas era bom adormecer com as vozes dos atores no fundo, isso lhe dava a sensação de estar acompanhada, quando na verdade não buscava interagir com pessoas, mas mesmo assim era bom, e como predito, dormiu no início do filme, desta vez não acordou nos créditos, estava cansada o bastante para seguir alguma rotina, não era sempre previsível, ou pelo menos gostava de pensar que não. Levantou-se e foi fazer algo para lanchar, o que era pra ser um almoço, se continuasse com esses hábitos qualquer brisa lhe faria voar, ou ficaria com o colesterol elevado antes do fim do mês, um lanche era mais rápido, convenhamos.

-É o que temos pra hoje, eu. Sem frescura, por favor, não vou fazer almoço só pra você, quer dizer, eu.

Não gostava das próprias comidas, era essa a verdadeira razão de não fazer o almoço, é compreensível, cozinhar e deixar a cozinha inteira sem nenhum estrago não fazia parte dos seus dotes culinários, mas se tinha uma coisa em que amava fazer era doces, todos que a conheciam sabiam do seu lado formiguinha, era convicta que mandava muito bem na ala de doces, e chegou até a alimentar o sonho de ter uma confeitaria por um tempo, mas pensando melhor, preferiu investir em paisagismo, esse seu lado com toda a certeza era mais talentoso.




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Gente...amei escrever esse capítulo kkkk Megan é meio doidinha né? Mas fazer o quê?Nossa personagem é...na sincera opinião de vocês, qual adjetivo melhor classifica Megan Thompson?🤔

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