Prólogo

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"Sem amor, eu já teria afundado várias vezes."
(Jojo Moyes)



Prólogo

A solidão intimidava Megan naquela manhã, mais um dia sozinha, de fato não era algo fácil, já ficara assim várias vezes mas aquela era diferente, era real, não apenas uma sensação, à exatamente cinco semanas ela se encontrava assim, a alegria que antes era inabalável lhe foi tirada rapidamente, como num passe de mágica, como num flash de uma câmera fotográfica ou até mesmo em um piscar de olhos.

Megan sabia que tinha Alguém a lhe guardar, mas no momento imaginava se O mesmo não estava de braços cruzados com aquela situação toda, ela logo se repreendeu por aquele pensamento tão absurdo, não tencionava altercar os planos de Deus , e muito menos culpá-lo, mas por segundos se pegava pensando essas tolices.

Uma coisa era certa, ficar todo aquele tempo se martirizando não faria bem, podia e devia sofrer, afinal, o seu pai não voltaria mais, mas sabia que não era isso que Sr. Jacob gostaria que ela fizesse, ele era um pai amoroso que não se contentava em ver sua filha carinhosamente chamada de Meg, triste, essa lembrança lhe fez soltar um sorriso um tanto melancólico, era essa a palavra que no momento lhe definia perfeitamente: melancolia.

Nesse momento chorar era a sua única opção, mas até mesmo isso ela não conseguia mais, parecia que o estoque de lágrimas já tinha sido esgotado (se é que temos um), sua aparência não devia estar nada boa e foi pensando assim que ela juntou toda a sua força e finalmente levantou.

Piii- toca a campainha

-Perfeito! Vieram me visitar.- disse sarcasticamente.

-Ou então... Continuo indo para o banheiro, isso! Se perguntarem falo que estava banhando, o que não irá ser mentira.

Megan deu uma risada sem humor quando percebeu que estava falando sozinha, ela sempre agia assim quando estava só e pelo visto agiria muitas vezes desse modo daqui pra frente, depois de entrar no banheiro Megan se arrependeu de não ter atendido a porta.

-Deus, sou uma criatura horrível! Eu deveria pelo menos ter visto quem era. - mas logo abandonou os pensamentos quando a ducha de água morna desceu pelo o seu corpo, sentiu os músculos, que antes tensos, relaxarem, e depois de um tempo terminou o banho.

Saiu apressadamente para o quarto e se trocou, quando avistou no celular sete chamadas perdidas de sua tia, não estava em condições de falar com ninguém sabia que precisava mas não queria, a verdade era que ela já estava de saco cheio das demonstrações de pena destinadas a ela, Megan não queria que sentissem, não agiam assim antes, mas agora nada fazia mais sentido, a única pessoa que ela tinha se foi, e o peso voltou aos seus ombros novamente, aquela era uma sensação péssima, não desejava o que estava sentindo a ninguém, ela se sentia exausta como se tivesse corrido uma maratona mas sabia que nos últimos dias não tinha feito nenhum tipo de exercício.

Aquilo tudo era intimidador, um peso enorme estava em seus ombros, sentia como se a cruz estivesse pesando duas vezes mais, e ela também sabia que não aguentaria continuar carregando sozinha, lembrou-se Daquele que sempre a ajudou, e sentiu-se uma traidora, nesses dias não tinha falado com Ele, nos momentos em que se lembrava era para queixar-se, dobrou os joelhos ali mesmo e fez, talvez, a oração mais rápida de sua vida, mas a mais sincera possível, imediatamente sentiu uma paz, que a muitos dias não sentia, Ele estava ali, e a estava consolando, percebendo isso se sentiu ainda mais ingrata e chorou arrependidamente, logo se sentiu aliviada, chorar com toda a certeza alivia, ainda mais em um momento em que sorrir lhe parecia impossível, e se sentindo mais leve decidiu sair de casa.

Estava trancando a porta quando o celular tocou, o visor mostrava "Tia Mary", ela precisava atender, tia Mary era a parente em que Megan tinha mais contato, por ser irmã da mãe, Megan se sentia protegida e nutria um carinho enorme pela mesma.

-ah, oi tia.-falou derrubando as chaves.

-Oi meu amor! Está melhor?

-Estou melhorando...no momento estou indo na cafeteria ali na esquina, ainda está na cidade?

-Sim, quero mesmo falar com você, vou em vinte minutos.

-Ok, beijos.-terminou a ligação e começou a atravessar a rua.

Megan se animou por um instante ao lembrar da tia, que tinha cabelos castanhos assim como as fotografias da mãe, elas de fato eram muito parecidas, já Megan era uma mistura dos pais, mas herdara os olhos verdes esmeralda da mãe, estava distraída com esses pensamentos quando ouviu uma alta buzina na sua frente e uma luz muito forte seguida por uma voz ríspida de um homem.

-Olha por onde anda, pirralha!

Ela queria ter respondido algo mas não conseguiu, simplesmente levantou e seguiu rumo a cafeteria.





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Prólogo concluído! Achei que poderia ficar melhor mas foi o máximo que consegui. Deixem suas "⭐️" e aceito sugestões e críticas.
Beijos!

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