🌸 ─── 𝐭𝐡𝐫𝐞𝐞

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Yael Lins

Tinha acordado cedo hoje pra ficar no lugar de uma das vendedoras da loja dos meus pais.
Estava atrás do balcão mexendo no meu notebook atualizando minhas redes sociais de fotografia. Eu sempre fui apaixonada por fotografia, escrita criativa e marketing. Me formei nessas duas últimas e sim, eu fui a louca que faz dois cursos de uma vez só. 

Fotografia sempre foi minha paixão e meus pais me ajudaram a pagar um curso com duração menor que as outras e com isso, logo depois, comecei a fazer ensaios fotográficos e o dinheiro que ganhava, eu pagava a metade dos cursos que estava fazendo. Minha vida era uma loucura mas dava conta.

— Ei Yael. — uma das vendedoras chega perto do balcão, dou um pulinho de susto e olho pra ela. — Pode atender aquela garota? Eu estou fazendo algumas coisas que seus pais pediram pra fazer lá no estoque.

— Claro, sem problema. — fecho o notebook, saio de trás do balcão e indo até a garota que estava olhando algumas blusas. — Oi, posso ajudar?

A garota me olha e abre um sorriso. — Você é a garota daquele dia. — Ashley fala.


— Sou eu sim. — sorrio.

— Você trabalha aqui? — pergunta pegando duas blusas.

— Meus pais são os donos. — pego uma daquelas bolsas pra colocar as roupas e entrego pra ela.

— Obrigada. — ela coloca as blusas na bolsa. — Essa loja é ótima. — sorri.

— Obrigada. — sorrio.

Saio andando e conversando com ela enquanto ela pega algumas roupas, Ashley olha meu cordão com um pingente de câmera e me olha.

— Você é fotógrafa? — deixa a sacola no balcão.

— Sou sim. — vou pra trás do balcão.

— O destino te colocou no meu caminho, com certeza. — sorri.

— Como assim? — tiro as roupas da bolsa.

— Eu preciso fazer algumas fotos para mandar para uma marca e estou procurando uma fotógrafa faz dias e não achei uma que apresentasse uma coisa de qualidade — fala meio desanimada.

— Seria um prazer ser a fotógrafa — passo aquela maquininha nos preços das roupas.

— Pode me passar seu número? — pega o celular.

— Eu tenho um cartão. — pego meu cartão debaixo do notebook e entrego para Ashley.

— Eu vou dá uma olhada e qualquer coisa eu posso te ligar hoje mesmo. — fala olhando o cartão.

— Sem problemas. — dobro as roupas colocando na sacola da loja.

Ashley fica pagando as roupas com um dos vendedores, deixo as sacolas dela num canto, abro o notebook, fico mexendo no mesmo.

— Até qualquer dia Yael. — pega as sacolas. — Adorei seu nome. — sorri.

Olho pra Ashley. — Até, obrigada. — sorrio e dou aceno.

Ashley acena, sai andando, acompanho ela com os olhos, ela sai da loja, dou um gritinho, o garoto que trabalha ali também me olha assustado.

— Desculpe. — seguro o riso.

Fiquei até o finalzinho da tarde na loja dos meus pais e já estava em casa com um merecido banho e alimentada.

— Seu celular está tocando. — minha mãe fala alto da sala.

Vou correndo pra sala, pego meu celular no sofá, saio da sala, subo a escada e entro no meu quarto atendendo a ligação.

Yael Lins? — Ahsley fala com receio.

— Sou eu. — falo.

Fico conversando com Ashley sobre as fotos que seria para sexta, ouço algumas risadas e conversas altas na rua, respiro fundo, encerro a ligação, vou pra perto da janela vendo dois garotos, um andando de skate falando alto com o outro que estava sentado na calçada.

Saio do quarto, desço a escada, meu pai me olha.

— Vai sair? — pergunta.

— Só vou ver quem são os garotos que estão berrando na rua — falo abrindo a porta.

Saio andando pra perto da calçada, olho para os garotos tentando ver os rostos deles mas sem sucesso já que estava de noite.

— Ei! — falo alto chamando a atenção dos dois que me olharam.

Olho para os meninos os reconhecendo, arregalo os olhos, pisco algumas vezes, os meninos se aproximam, fico tentando manter a calma.

— Ei, você é a garota da padaria. — Daniel me olha sorrindo.

— Eu mesma. — falo sem graça.

— Sou o Daniel e esse é o Corbyn. — aponta para o loiro.

— Cara... — Corbyn vai falando e aponta pro meu moletom.

Balanço meu moletom de leve e seguro o riso. — Acho que sei quem vocês são. — brinco.

— Corbyn, acho que preciso usar óculos. — Daniel olha pra ele. — Enfim, porque está brava?

— Eu? Brava? — balanço a cabeça.

— Parecia. — Corbyn me olha.

Seria errado eu pular nele e nunca mais soltar?

— É que...eu estava numa ligação importante e vocês começaram a rir e conversar alto. — cruzo os braços.

— Não fizemos por mal, desculpa. — Daniel fala.

— Tudo bem. — sorrio.

— Você mora aqui? — Daniel aponta pra minha casa.

— Sim. — olho pra ele. — E o que vocês fazem aqui?

— Moramos dois quarterões daqui. — Corbyn fala.

— É o que? — falo meio alto. — Desculpa. — falo baixo e sorrio um pouco nervosa.

— Sem prolemas. — Corbyn fala.

— Então meninos, prazer em conhecer vocês. Não vou mentir que eu possa estar surtando por dentro sabendo que são meus quase vizinhos. — falo rindo.

— Sabe fingir muito bem que está mantendo a calma. — Daniel brinca, os dois ficam rindo e semicerro os olhos.

— Preciso entrar, até qualquer dia. — me afasto.

— Ei, espera. — Corbyn dá um passo pra frente. — Como é seu nome?

— É Yael. — sorrio.

— Ariel? — Daniel me olha.

— Ariel não, é Yael. — solto uma risada baixa.

— Meio diferente e bonito. — Corbyn fala.

— Gostei. — Daniel faz um biquinho.

— Obrigada. — sorrio.

— Até mais, Ariel. — Daniel divertido.

— Ok, Seavey. — mostro língua.

— Tchau, Yael. — Corbyn acena.

Aceno pra eles, os mesmos saem andando, saio andando, entro em casa fechando a porta, me encosto na mesma e fico sorrindo.

— Querida, Yael está sorrindo que nem boba. — meu pai fala parado na porta da cozinha.

Minha mãe fica do lado dele, me olha e começa a rir.

— Pode explicar? — minha mãe fala e olho pra ela indo até os dois.

— Conheci o amor da minha vida. — me jogo nos braços da minha mãe e ela me segura.

— Você tem vinte e dois anos mesmo? — meu pai fala rindo.

— Quem filha? — ri.

Saio dos braços dela. — Corbyn. — sorrio. — E estava junto com o Daniel.

— Isso é incrível. — minha mãe sorri.

— Estou realizada. — faço bico.

— Quem são esses? — meu pai pergunta.

— Aqueles meninos da banda que ela gosta. — minha mãe olha pra ele.

— Ah sim. — ele fala pensando um pouco.

Um tempinho depois, já estava no meu quarto novamente e tentando ligar para Jade.

Sorte sua que ainda estou acordada. — Jade resmunga.

— Para de agir que nem velha e continua deitada. — mostro língua.

Lá vem bomba. — fala se ajeitando.

— Conversei com Ashley hoje e dois cidadãos ficaram conversando e rindo alto enfrente a minha casa e quando fui lá falar com eles, advinha quem era? — me sento na cama.

Fala de uma vez, Linsy. — Jade mostra o dedo do meio.

— Que coisa feia, Becker. — resmungo. — Lá vai. Era Corbyn e Daniel.

Jade abre a boca e não sai nenhuma palavra de sua boca.

Como você não está surtando? — Jade me olha depois do seu estado de choque.

— Estou me perguntando a mesma coisa. — solto um suspiro e sorrio. — Eles são tão lindos, quero chorar. — bufo.

O que vocês conversaram? — Jade pergunta.

— Daniel me reconheceu do outro dia, falaram que mora dois quarterões daqui, sabem que sou fã deles e Daniel brincou com meu nome me chamando de Ariel — balanço a cabeça.

Cara, você é tão sortuda. Fico tão feliz por você. — sorri.

— Não vem me fazer chorar. — suspiro.

Ok, desculpa. — faz bico.

Ficamos conversando até Jade dormir e encerrei o vídeo chamada.

Ajeito minha cama, me deito, ligo a televisão, fico assistindo um programa de culinária que estava passando, senti meus olhos pesarem e depois de alguns minutinhos, já estava dormindo.







Desculpem a demora pra postar mas espero que gostem.

Votem e comentem, por favor.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘, 𝐜𝐨𝐫𝐛𝐲𝐧 𝐛𝐞𝐬𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora