Singularity

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Eae povinho, tudo sussa?

Eu demorei um pouquinho, mas apareci com mais um capítulo e sinceramente to com medo, mas espero mesmo que vcs gostem...

Avisos:

- Esse capítulo pode apresentar um conteúdo levemente sensível;

- Mundo alternativo, coisa da minha cabeça;

- Hyunjin é inspirado em uma pessoa, então se algo não se assemelhar ao Hyunjin, ignora e segue o bonde;

- Escrevi esse capítulo ouvindo 3rd Eye;

- Perdoem qualquer erro e aceito qualquer crítica, desde que seja construtiva.

Boa leitura ^^

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— Filho, fala comigo, por favor! — Ouvi a voz abafada da minha mãe do outro lado da porta, mas mais uma vez não a respondi. Desde o dia da minha formatura eu estava assim. O choque de realidade conseguiu me destruir, pois até então eu me recusava a cruzar o mesmo caminho que o dos dois na escola, porém aquele momento fora inevitável, afinal Jeongin o beijou na frente de todos na colação de grau... Da mesma forma que me beijava.

Fiquei por dias trancado em meu quarto após o ocorrido, chorando copiosamente, na tentativa de me livrar da dor que sentia em meu coração. Tinha momentos em que eu me revirava na cama, quase gritando em desespero por não aguentar mais ouvir minha mente me culpar por tudo que aconteceu e outros em que eu simplesmente não sentia nada, deixando meu olhar em um ponto qualquer, apático. Não sentia fome ou sede, dificilmente saía do meu quarto, ou melhor, da minha cama e ao poucos, conforme o tempo passava, sentia-me sem forças para responder meus pais, que constantemente batiam na minha porta tentando falar comigo, ou para sequer tomar alguma atitude perante a isso. Minha vontade de viver também havia se perdido.

Meu estado chegou em um ponto tão crítico que em um certo dia, minha visão começou a embaçar enquanto eu olhava para o teto, deixando-a limitada apenas para perceber uma movimentação no meu quarto após ouvir um estrondo vindo da porta. A voz da minha mãe novamente se fez presente, porém eu não conseguia assimilar nada do que ela dizia. Passos apressados e a sensação de um abraço, percebendo que era o dela. Tentei falar alguma coisa quando a senti erguer meu tronco rapidamente para me abraçar como um bebê, mas nada saiu da minha boca.

Minha mente lutava para se manter acordada, porém eu sabia que era uma luta vencida. Meus olhos foram se fechando automaticamente, mas antes de tudo se escurecer, tive a "visão" da minha mãe e várias luzes. Seria o meu fim?

~💚~

Abri os olhos com muita dificuldade, tapando-os por instantes para me acostumar com a claridade excessiva presente naquele lugar, que percebi ser um quarto de hospital - tanto pelo cheiro de álcool quanto por quase tudo ser da cor branca -, e notei alguns fios de máquinas ligados em mim, além de uma agulha espetada no meu braço, constatando ser soro.

— Querido, ele acordou! Vá chamar o médico! Virei devagar minha cabeça em direção da onde viera a voz, vendo minha mãe se aproximar da cama com certa rapidez. Que susto você nos deu, filho... falou com a voz pouco embargada, acariciando meu cabelo. Mas pelo menos acordou... Ela pegou minha mão, beijando-a carinhosamente, e eu a olhei de forma perdida, porém ciente do que ela dissera.

Mas mãe... O que aconteceu?... perguntei com a voz um pouco rouca por falta de uso, vendo-a secar uma lágrima que deslizava em sua bochecha com a mão livre.

Os Casos de HyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora