Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!
Myrtes Mathias☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
○●Ellen●○Estava parada quase na calçada da construtora esperando Giacomo, ainda estava sem carro, o meu havia dado perda total, eu ainda não entendia como tinha ultrapassando um sinal, pelo que contaram não estava muito longe da construtora então não tinha como estar correndo muito
- você esta bem? - olhei para cima e vi Giacomo na minha frente
-oi, não vi você chegando - sorri um pouco
- percebi, esta distraida - ele olhava em meus olhos
- estava pensando no acidente, eu queria lembrar
- calma, talvez volte - Ele passou os dedos por meu rosto - Martin ligou e pediu para almoçarmos com eles
- é uma boa ideia - concordei
Eu adorava todo aquele cavalheirismo de Giacomo, ele abriu a porta para que eu entrasse e foi para seu lado, estávamos saindo da construtora quando senti uma dor quase sufocante em minha cabeça, coloquei as mãos nela com força
- Ellen o que houve? - ouvia a voz dele longe
- minha cabeça - gemi, senti ele parar o carro
Parecia que nunca tinha ido, me senti dentro daquele carro, as lembranças que se apagaram voltaram de uma única vez me deixando zonza, sentia tudo girando
- Ellen - Giacomo estava com suas mãos sobre a minha - o que houve?
Não conseguia falar, minha cabeça dois, me sentia tonta e enjoada, procurei minha voz, precisava falar algo
- eu lembrei - falei baixo
- Giacomo soltou meu cinto e me abraçou, estava chorando agora, eu havia lembrado de tudo, da minha conversa com Giacomo pela manhã, a saudade dele, eu falando que estava apaixonada, depois o acidente, eu não conseguia frear, eu tentei, respirei fundo tentando acalmar minha dor na cabeça
- eu lembrei do acidente - olhei para ele
- não pensa nisso - ele enxugou minhas lagrimas
- eu tentei frear e não consegui - contei
- como assim - ele segurou meu rosto entre suas mãos
- o freio não funcionou- falei sentindo meu rosto espremido
- Ellen isso e muito sério - ele tinha um olhar raivoso
- por que?
- nao e normal perder o freio assim
- deve ter acontecido algo - falei
- se sente melhor? - ele perguntou
- sim, estou melhor
- vamos
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
○●Giacomo●○Não sei se era só minha mente pensando bobagens, mas eu estava desconfiado de que não havia sido só falha no freio do carro de Ellen, queria esta enganado, mas achava que alguém havia feito algo em seu carro, Estela estava com Ellen na cozinha, ela tentava acalmar Ellen
- o que está pensando? - Martin me olhou serio
- no acidente da Ellen, eu acho que foi planejado
- isso e algo muito sério Giacomo- Martin me olhou com um olhar apavorado, mas que tinha ficado em dúvida
- eu sei, por isso não falei mais nada pra Ellen, mas vou atrás de descobrir
- acha que vai ser fácil?
- fácil não, mas também não vai ser impossível- falei
- desconfia de alguém? - ele sabia que sim
- não sei, não vou pensar nisso até a hora que for realmente preciso
- é quando vão casar?
- isso e algo que nao tem presa, estamos bem, e apesar de querer acordar todos os dias com ela, ainda nao e a hora
- certo, você que sabe - ele bateu em meu braço
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
○●Ellen●○Agora Giacomo viajava uma vez por mês, por no mínimo 3 dias, eu realmente não gostava disso, nos dias que ele viajava jazz sempre ficava comigo, eu usava esse dias para visitar o abrigo para crianças, era cuidado por freiras, eu o descobri quando uma delas foi me visitar enquanto ainda estava no hospital, ela falou do que faziam ali, e que havia muitas crianças que viviam na rua e acabavam indo parar lá, não sei por que não contei para Giacomo, era só uma bobagem, mas me parecia algo tão particular
- bom dia - entrei no abrigo com duas sacolas cheia de brinquedos, ali haviam pelo menos 100 crianças, a cada mês que ia ali conhecia mais alguma, mas havia um em especial que desde o primeiro dia me ganhou, já era a 7 ou 8 vez que ia ali, sempre que Giacomo viajava ou passava o dia ocupado
segundo uma das freiras ele havia sofrido abusos, sua mãe era uma prostituta e um dos caras que sempre ia ver ela, gritava com ele e o mandava calar a boca, batia nele, ele acabou indo parar na rua depois que sua mãe morrer de overdoseOlhei para Luigi e sorri ele era lindo, cabelos loirinhos, ele nao falava comigo nem sorria, mas quando eu chegava ele vinha para perto de mim e segurava minha mão, com apenas 7 anos e já tinha tantos traumas, eu o entendia
- te trouxe um presente especial - me abaixei na frente dele e mostrei a bola - um passarinho me contou que queria uma, ele assentiu com a cabeça - Posso ganhar um abraço? - pedi, ele me olhou desconfiado depois me abraçou, eu nunca tinha sentido aquilo, eu amava meus sobrinhos, mas quando Luigi me abraçou parecia que algo tinha se encaixando, eu havia acabado de conhecer meu filho, senti as lagrimas cairem sem permissão, meu peito se aqueceu, eu senti que tinha me tornando mãe naquele segundo, naquele abraço.
Ele me olhou confuso, não fazia sentindo estar chorando daquele jeito, não para ele, mas para mim sim
- obrigado pelo abraço - sorri mais para ele
Passei algumas horas ali com as crianças, Luigi nao saia do meu lado, já estava anoitecendo quando falei que ia embora, Luigi segurou minha mão, mesmo sendo criança senti ele a segurar com força
- prometo voltar amanhã - me abaixei na frente dele - quer algo especial? - eu só queria ouvir a voz dele - pode pedir qualquer coisa
- Ellen - eu congelei, ele havia acabado de falar meu nome a freira que segurava o portão aberto para mim olhava surpresa, aquela devia ser a primeira vez que ele falava desde que chegou ao abrigo
- eu prometo voltar amanhã - falei passando a mão em seus cabelos, ele se agarrou ao meu pescoço em um abraço quase sufocante, e lá estava eu chorando novamente, acho que era hora de contar para Giacomo.
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where are you? RECOMEÇANDO
RomanceEllen Pompeo e uma mulher incrivel, uma carreira bem sucedida como arquiteta, ela tem a vida sonhada por muitas mulheres, ate verem do outro lado, um casamento de 10 anos fracassado com Chris Ivery um engenheiro... apesar se por anos terem sido a du...