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Pov Manoela

Eu e S/n tínhamos acabado de começar a fazer a feijoada. No caso ela estava fazendo a feijoada e eu o arroz.

-Nunca pensei que sua idéia de vim pra cá daria certo. - S/a admite cortando a linguiça.

-Eu sempre faço algo pra dar certo! - digo sorrindo convencida e fazendo uma pose, que a fez rir. A risada da é tão gostosa...

-Ainda faltam 27 dias aqui... Será que eu sobrevivo? - ela pergunta fazendo uma cara engraçada me fazendo rir.

-Eu estou aqui, então sim, você sobrevive! - digo convencida. Ela ri e continua fazendo a feijoada.

Uma coisa que eu percebi desde que ela entrou pra fazer o almoço comigo, foi que Rafa não tirou os olhos dela um segundo. É como se ela quisesse se certificar que ela ficaria bem comigo. Lógico que ela vai bem comigo, eu sou eu.

-Manoela? - S/a me chama e eu me viro pra ela. -O que foi? Você desligou. - fala estalando os dedos. Apenas neguei suspirando.

-Não foi nada, só parei pra pensar um instante. - ela me olhou de cima a baixo e concordou por fim. -S/a? - chamo e ela me responde com um som nasal. -Você não me trocaria por ninguém, não é? - pergunto fitando suas costas, e ela se vira pra mim com uma expressão confusa.

-Não, Não trocaria mas, por que isso? - ergueu uma de suas sobrancelhas.

-Por nada, só curiosidade. - sorri sem mostrar os dentes e voltei minha atenção pro arroz.

*
*
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Já tínhamos terminado de almoçar, e foi tranquilo. Tirando a parte de que Rafa e Bianca não me deixaram sentar perto da S/n, tá tudo de boa. Oh ódio.

-Pequena, deixa a louca que eu lavo, vai se deitar um pouco! - Bruna falou vindo até mim. Sorri em agradecimento e subi as escadas, mas decidi ir para o quarto de S/n. Bato duas vezes e abro a porta.

-Olá! - aceno de leve entrando. Ela estava deitada mexendo no seu notbook.

-Oi bolinho. - sorrio. Mais é incrível como o sorriso dela é perfeito, o jeito que os olhinhos se fe-

Ok, chega Maria Manoela.

-O que tá fazendo? - me jogo na cama ao seu lado.

-Tava organizando algumas coisas da festa do Lucas, ele me disse que mesmo se a quarentena não acabar até o aniversário dele, vai dar um festa online e precisa que tudo esteja "linfeito". - disse a última palavra imitando a voz e o jeito de Lucas. Ri com a cena.

-O Lucas é doido de gastar dinheiro com isso agora. - comento e ela assente de leve, encarando a tela do notbook.

-Eu concordo, mas sabe como ele é, quando bota algo na cabeça é difícil fazer ele tirar! - concordei com um som nasal. -Mas enfim, quer assistir algum filme? - ela perguntou fechando a aba do site.

-Ah, pode ser. Qual?

-Pode escolher! - me olhou sorrindo. S/a, não asa a cobra.

Acabamos em uma discussão se seria terror ou romance, e claro, eu venci, então foi romance. O nome era A Cinco Passos De Você, e eu já tava chorando em menos da metade do filme.

-Cara, mas que sofrimento. - S/n comenta. Ela não ia admitir, mas também queria chorar ou pelo menos estava aflita com tudo aquilo.

-Eles m-mereciam f-ficar j-juntos! - meus soluços impediam que eu falasse normalmente. S/a me fitou e passou seu braço ao redor do meu corpo, e eu me aconcheguei em seu peito.

-Você já tá chorando muito, e não tá nem na metade do filme! - ela comenta rindo levemente.

-Não tenho culpa se sou emotiva! - falo e me afasto dela, cruzando os braços e fazendo bico. Ela me encara por um tempo antes de abrir um sorriso.

-Você é MUITO fofa emburrada, sabia? - pergunta apertando minhas duas bochechas de leve e meu bico fica maior.

-Saii! - bati em suas mãos no meu rosto e ela tentou pôr de novo. Fizemos uma briguinha com isso. Eu havia pegado seus pulsos mas quando ia a empurrar, perdi o equilíbrio e cai de costas na cama, e como ela estava de joelhos na cama, caiu por cima de mim.

Nossos rostos ficaram a poucos centímetros de distância, nossas respirações estavam misturadas e ofegantes. Eu não sei por que, mas meu coração estava batendo mais forte do que deveria, eu tenho medo de que ela possa ouvir. Nossos olhos estavam se encarando intensamente e sua pupila estava dilata. Essa é uma visão perfeita.

Ela piscou várias vezes antes de voltar a si. Sua pupila e respiração voltaram ao normal e ela saiu de cima de mim, voltando para frente do computador. Confesso que fiquei um pouco frustrada, mas não entendo por que. Acho que minha prioridade agora deveria ser acalmar meu maldito coração.

-Você vai continuar assistindo? - ela perguntou nervosa, encarando a tela do computador.

-Não eu... Eu acho que vou descer pra tomar uma água. - disse já saindo da cama. Ela apenas assentiu sem me encarar. Sai do quarto e fechei a porta atrás de mim, encostando minhas costas nela.

Que porra foi que aconteceu aqui?

E por que meu coração batendo tão descontroladamente?

Mais que porra.

Pov S/n

QUE. PORRA. FOI. ESSA?

Eu quase beijei a Manu sem querer mano. Mas por que eu fiquei frustrada de ter me afastado? Eu deveria ficar alivia não era?

AAAAAAH QUE PORRAAA

Meu coração tá mais que acelerado, não duvido nada ela ter ouvido ele bater tão forte assim, parece que tá dando soco. Meu Deus, preciso me recompor.

Ela vai voltar

Não sei se vou conseguir ficar no mesmo quarto com ela depois de uma situação dessa. Meu pai.

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Bom dia, o sol nasceu na fazendinha...

Talvez, talvez, essa fic seja um belo cliché... amo kkk

Ainda vai demorar pra elas se darem conta de que gostam uma da outra, tem tanta coisa pra acontecer ainda mds

Enfim, mais tarde apareço por aqui. Desculpem os erros. Bjos leves e tênis😊

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