a amizade colorida

31 3 0
                                    

Branca e Andrews se encontraram novamente em uma sexta-feira na praça da cidade.

- Oi, minha linda. Como você está?

- Hoje não estou muito bem, passei o dia mal, com muita dor de cabeça. Não vou ficar aqui até tarde.

- Queria que você fosse comigo até o aniversário do meu irmão mais novo. Eu não posso deixar de ir.

- Hoje não consigo, meu amor. Não fique bravo comigo. Fora que não avisei minha mãe.

- Meu amor, é? Bom escutar isso. - pegando na cintura dela. - Não ficarei bravo, mas parece que nunca vamos ter um momento nosso. Você sempre está com as suas amigas...

- E você sempre está com os seus amigos.

Ele chegou perto dela, a segurou pela cintura, tão forte que parecia não querer soltar. Deu um beijo na sua testa e se foi.

 Deu um beijo na sua testa e se foi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Naquela noite, Bruna havia brigado com o seu caso de amor e queria encher a cara para esquecer toda a dor que estava sentindo.

- Hoje, quero beber vinho para afogar as mágoas... Me acompanha nessa, por favor?

- Bruna, estou mal. Passei mal o dia todo.

- Eu também não vou beber. - Gabriela bebia apenas água.

- Eu vou beber. E, inclusive, estou vendo um gatinho na conveniência do posto de gasolina. Vou arrumar uma companhia para nós.

- Uma companhia para você.

- Não se esqueça de que a sua companhia foi embora, nem se importou em ficar até às onze horas com você.

Aquelas palavras entraram como faca em seu peito.

Será que o encanto estava acabando? Ele tinha visto o quanto seria difícil conquistá-la, e estava 'tirando seu time de campo'?

Eram tantas perguntas sem respostas.

Ela olhava para o meio da praça, para aquela árvore que fazia sombra sobre o refletor. E encostada em um velho banco de madeira, lembrou-se do dia em que dançaram ali.

Lembrou-se dos refletores sobre eles e dos amigos dele tocando a trilha sonora.

Lembrou do quase beijo e do outro dia em que dançaram sem música tocando.

Branca lembrou de tudo o que aconteceu até ali, e então começaram a cair lágrimas de seus olhos.

Era a primeira vez que Branca chorava por Andrews.

- Moça, por que choras? Está sozinha? Nunca te vi por aqui. Aliás, mentira... Sempre vejo junto ao Andrews e aos amigos dele.

- Sim, sou nova por aqui. Conheço apenas uns meninos que moram perto da praia e...

A Música Que Não Tocou Onde histórias criam vida. Descubra agora