Carnaval

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Se aproximava o carnaval na cidade. E naquele ano seria comemorado com atraso, ao fim do mês de março.

Branca e a turma de amigos não frequentavam mais o parque marinho, agora iam à algumas baladas da cidade.

Andrews não mandava notícias, desde a última vez que a viu naquela maldita noite de lágrimas. Mas, ela sabia onde o encontrar. - Sabia que, se voltasse a frequentar o lugar deles, o encontraria por lá.

O namoro dele com Amara havia chegado ao fim.

E a história de amor se repetia. - Como coisa de novela, ou algum romance escrito por qualquer autor famoso.

Todas às vezes em que Branca estava com alguém, Andrews estava sozinho. E todas às vezes em que ele estava com alguém, era ela quem estava sozinha.

Branca seguiu sua vida com o sorriso dele dentro dos seus pensamentos. E, cruzava os dedos para que ele lembrasse dela em algum momento que uma música de amor fosse tocada.

(......)

Todos os últimos domingos de carnaval, um bloco famoso saia do meio do maior bairro da cidade, e seguia rumo ao calçadão da praia.

Naquela manhã, Branca e os amigos acordaram na casa do Rafael. Depois da noite de bebedeira, ficaram todos por lá.
Tomaram café da manhã e algumas doses de tequila, para seguirem até o ponto de encontro, às nove da manhã.

Ao chegar, encostaram em um enorme muro branco, de uma casa abandonada. Colocaram suas bebidas dentro do isopor e aguardavam o resto da turma.

- Pegou minha tequila da mesa? - Ela perguntou.

- Sim, está dentro do isopor. - Rafael apontou.

- Tequila no gelo? Deixa eu tirar do isopor.

Ao virar-se para pegar a garrafa, olhou o movimento das pessoas perto do trio elétrico e, no meio da multidão, enxergou a pessoa menos provável de estar ali.

Sim, Andrews estava em um bloco de Carnaval! E ao mesmo tempo que queria morrer de dar risada, ela quis correr para os braços dele.

Ele estava com um grupo de amigos diferente dos que ela conhecia. - Vestia uma bermuda jeans, blusa branca, boné na cabeça para proteger do sol, e um copo gigante de vodka na mão esquerda. - Na direita, segurava a garrafa.

O coração de Branca acelerou, e o sorriso apareceu. Aquele sorriso que faziam meses que não aparecia.

Ela sorriu porque, mais uma vez, o destino estava colocando ele em seu caminho.

Isso era incrível.

- Preciso ir até ali falar com uma pessoa. Faz tempo que não a vejo. Pega uma cerveja, por favor?! - Apontando para o isopor.

- Toma. - Rafael estendeu a mão para lhe entregar a lata.

Branca tomou fôlego, respirou o mais fundo que podia, e virou de vez os 350 ml de cerveja. - Olhou seu reflexo no vidro fumê do carro estacionado, e foi em direção à Andrews.

- Está perdido por aqui?! - Chegando por trás e colocando suas mãos sob o ombro esquerdo dele, que estava de costas para ela.

- Você aqui? Não acredito nisso! - Andrews se virou com cara de surpresa e lhe deu o abraço mais forte que já havia dado.

- Você aqui? Não acredito nisso! - Andrews se virou com cara de surpresa e lhe deu o abraço mais forte que já havia dado

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