você me ganhou no primeiro "olá"

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Branca saiu do banheiro e foi ao encontro das amigas. E enquanto o 'rock' rolava, ela procurava um espaço para passar.

Quando se aproximou do local onde as meninas estavam, cruzou seu olhar com um garoto no palco, que tocava guitarra e usava uma touca preta naquele calor intenso.

Os olhos deles se cruzaram em meio à multidão como coisa de filme, destino ou qualquer outra coisa do tipo. Pareciam não querer soltar um do outro.

Por um momento, a música parecia ter sumido daquele lugar e apenas os dois estavam ali.

Andrews olhava ao redor, olhava o público e voltava seu olhar para Branca.

As pessoas que prestavam atenção percebiam o que acontecia, e então... Ele sorriu, jogando seu cabelo para o lado, enquanto segurava uma palheta nos lábios.

Amanda sorriu ao perceber que Andrews estava olhando para a amiga.

- Sabia que você ia gostar do guitarrista. - dizendo ao pé do ouvido da amiga.

- Qual é o nome dele? - Branca gritava no ouvido da amiga.

- O nome dele é Andrews.

- Acho que era dele que duas meninas falavam no banheiro.

- Dizem que ele sofre até hoje pela ex namorada. Porém, algumas meninas dizem que ele não tem coração e só engana as que se apaixonam.

A cada música e papo que surgia com o grupo de amigos, era em Andrews que os olhos de Branca faziam morada naquela noite.

Ela realmente não conseguia parar de olhar.

O seu coração acelerava e apertava como se já fosse íntima daquela pupila dilatada que a observava no palco.

Ela sempre se lembraria daquela noite e de todo aquele sentimento que a dominava do coração até a ponta dos pés.

Ele era lindo.

Branca sorria com o olhar, e Andrews a retribuía com um sorriso de canto, que só ele sabia fazer.

E a risada... Que risada gostosa!

Ela ousava sentir tudo isso em apenas quinze minutos de olhos nos olhos.

No meio da bagunça, uma garota gritou na troca de música. Andrews gargalhou e Branca sorriu para ele.

Enquanto tocava, ele virou um copo de algo que ninguém sabia o que era, jogou a touca no canto do palco, enquanto passava a mão nos cabelos molhados de suor, e voltou a tocar.

E mais uma vez, olhou para ela, como se cantasse para ser guardado no coração.

Branca nunca foi de acreditar em destino, mas as histórias de sua avó pareciam fazer sentido naquele momento.


Cada vez que os olhos dela encontravam os dele na multidão, era como se um 'flash' de lembranças, que nunca existiram, estivesse passando por sua mente.
E ela não sabia se acontecia o mesmo do lado de lá.

 E ela não sabia se acontecia o mesmo do lado de lá

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