2.| terrorists.

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Evelyn

A meia hora seguinte, correu como uma flecha. Igual ao escorpião que repetia incansavelmente o mesmo caminho; desde os meus dedos finos até ao plano de mira. Nunca falhava o seu percurso, certo no centro, certo na precisão, certo na velocidade. Parecia querer igualar-se à perfeição, aquela que o tempo recolhe e o ser tanto ansia. A meia hora de treino dedicado ao alvo acabara e como tal, Jack se fez pronunciar.

- Pausa de 3 minutos, miúdas. Defesa pessoal a seguir. - dirigiu-se à planilha para recolher os papéis de alvo. - Bom trabalho. - ele verificava a pontaria adquirida em cada um dos planos.

- Podemos começar já? - não me sentia cansada, esforçar-me-ei até ao máximo para adquirir todas as qualidades de um bom agente e, como tal, todas as etapas são cruciais.

- Wow, calma contigo. - Jack contrapõe. - Descansa um pouco. - O seu excelente trabalho, de acompanhamento e aconselhemento, faz-nos melhorar a cada segundo. No entanto, o meu processo físico era inferior ao mental, o que me fez falhar nas avaliações de outubro.

- Vamos descansar um pouco. - Hillary sentou-se no banco de madeira, suspirando visivelmente cansada. O suor corria pela sua testa e fazia caminho pelo pescoço incomodando-a, tal como mim, o que me fez retirar de um dos armários toalhas pequenas. Atirei-lhe uma para que ela pudesse limpar-se e enrolei a outra em volta do pescoço.

- Eu percebo que queiras destacar-te nas provas de maio, mas precisas de fazer intervalos entre os treinos. Não é bom de todo, dares o máximo sem qualquer descanso. - a sua voz desperta-me e faz-me interiorizar o seu conselho. O seu caso para além de diferente, foi inesperado. Os seus resultados foram impressionantes nas avaliações o que causou grande orgulho tanto a Trisha como a mim e a Jack, mas a sua negação perante o concelho admistração quando lhe fora proposto uma primeira missão, fora deveras inesperado.

- Certo. - bebo alguma água. A minha barriga ronca por ainda não ter comido nada. - Quanto tempo é agora?

- 20 minutos. Depois pequeno almoço. - ela bufa. A sua expressão natural muda rapidamente para uma sofredora e ela massaja a cabeça, expirando e inspirando.

- Vamos começar? - o porte atlético de Jack aparece no espaço em que nos encontramos. - Está tudo bem, Hill?

- Sim, isto já passa... Podem começar sem mim? - a sua voz fraca faz-me olhá-la preocupada. Quando me aproximo dela, ela apenas se afasta sorrindo levemente, como a não querer preocupar-me.

Jack deixando-a abandonar a sala, amarra os meus ombros nas suas mãos acolhedoras e guia-me até ao ginásio. Percorro o meu olhar sobre os passos de Hillary e pelo pequenos ruídos dos sapatos nos degraus a arrastarem-se, percebo que subir as escadas está a custar-lhe.

- Estás preparada? Ou preferes aquecer enquanto esperas por ela? - ele olha-me enquanto desenrola o grande tapete esponjoso. Olho para o saco de socos ao meu lado e isso parece responder à sua pergunta.
Entre quatro impactos com os punhos, o meu cotovelo embate no saco, fechado num gancho, a minha mão forma-o segurando o meu ombro firmemente. Trabalho as pernas circulando o objeto pendurado e dando pequenos pulos. Os meus ténis chiam no chão de madeira escura e o olhar incentivador de Jack faz um sorriso dançar nos meus lábios.

- Dobra os joelhos. Ligeiramente. - aconselha quando os dobro em demasia. - Saltita para os lados, mantém a posição lateral.

Passados alguns minutos, o barulho de tacões faz-me desconcentrar do meu treino, segurando o saco que baloiça de um lado para o outro. O seu olhar acolhedor e simpático obriga-me a fitá-la atenciosamente esperando pelo motivo da sua presença.

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